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2008-12-30
Gaivotecnolampad'ecológica
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2008-12-20
Um Feliz Natal
Que os leitores do Ditos celebrem a Quadra Festiva em companhia de quem amam, com saúde, harmonia e poesia!!
Neste caso, os versos votivos são gentilmente emprestados por quem sabe a poesia dos afectos!!!
Por tudo, um Feliz Natal ao Amigo Salvador, extensivo a tutti quanti ;->>>
«É neste pequeno intervalo
Das nossas vidas apressadas
Tão ocupadas com o inadiável.
É nesta curta pausa
Das nossas vidas comprimidas
Entre a agitação e o supérfluo.
É na espuma destes dias
Quando o dever reclama
Que se cumpra o ritual.
É na urgência de um gesto
No balbuciar de uma palavra
No gotejar de um aceno
Que se cumpre o Natal.
Mas que se cumpra, ainda assim
Que se saúde, ainda assim
Mais este Natal.
Seja o que for que represente
Signifique o que signifique
Um Feliz Natal.»
Salvador Peres
observações são bem vindas
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2008-12-10
a la Titanic
o que faz falta
mas Jaime Game, o Presidente da Assembleia da República e pessoa de bem, discorda, felizmente
ora, pode ser desmotivante o ambiente parlamentar em geral ou especialmente no PSD mas suprimir as obrigações como expediente para obviar à tentação de as incumprir é algo que só lembra ao diabo, salvo seja...
quem diria? _ ainda ouviremos a direita a cantar saudosamente "o que faz falta é animar a malta", podia bem ser o hino das sextas-feiras do proletariado deputacional...
«O incidente do prolongado fim-de-semana dos 48 deputados dá que pensar. Pensar que a dignidade das funções, quaisquer que elas sejam, depende do carácter e da integridade de quem as exerce. E em torno destes princípios devemo-nos unir ou separar», diz Baptista-Bastos, no Diário de Notícias de hoje, em registo com o seu quê de moralista
então, deu-se o caso: o salvo seja separou-se!!!
observações são bem vindas
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2008-12-04
estacionar
alguns dos senhores passageiros trocam olhares, assentindo leve e tacitamente na cumplicidade de participar numa nova era, com todos os pros e contras das novidades, como seja a de se fazerem transportar em aeronave pilotada por uma mulher, mais uma barreira vencida na corrida de obstáculos da igualdade (de oportunidades!) de género, talvez um brinde interior, uma estranheza e outras sensações para o somatório que as grandes viagens sempre trazem
um dos senhores passageiros comenta abertamente para o comissário de bordo: com que então uma mulher, hein...? mas estamos bem entregues, não é verdade?
a confirmação veio sorridente e apaziguadora, que sim, com certeza, já voámos muitas milhas com esta comandante e de todas as vezes o voo é sempre impecável
para desfecho, a perplexidade chegou pelo jametinhasdito sexista, machista e automobilista: claro, imagino, o voo não há problema mas o que me preocupa é depois para estacionar o avião!!!
he he ...
;-)))
observações são bem vindas, obrigado
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2008-11-24
de Estado
face a pressões reais, irreais e antecipadas, como tem que ser em política, o Presidente Cavaco Silva manifestou ao País que nada ter a ver com as trapalhadas em que está envolvido o BPN, recentemente nacionalizado numa inusitada vaga pós-PREC e à boleia da mega crise financeira globalizada
porém, os lobos do costume não desarmam e querem sangue pouco importa de onde - Cavaco não se demarcou do seu ex-Ministro Dias Loureiro (lembram-se: «Pai, sou Ministro!») que actualmente é também membro do Conselho de Estado, aliás como outras figuras conhecidas do vai-vem das órbitas partidárias
ao que Sua Excelência mandou que estudassem a lei, coisa pouco habitual em jornalismo e politiquês, pelo que o recado é bem dado
e razões tem Cavaco para a nervoseira: o Presidente da República não pode destituir membros do Conselho de Estado, é que sempre há umas diferençazinhas para com alguns regimes africanos e sul-americanos mais ortodoxos quanto à plenitude dos poderes instituídos, em muitos casos há bem mais do que os (ironicamente, pois claro) almejados 6 meses
então fica tudo sobre a consciência do próprio/visado/interessado?
sim ! apesar da esfarrapada remissão, jametinhasdito, para o entendimento do amigo de longa data actualmente inquilino em Belém
num caso algo parecido parecido com um concurso «a ver quem é que não sabe nada de nada», é também curiosa uma norma sobre a eventual, hipotética e académica perseguição criminal de um membro do Conselho de Estado, susceptível de operar uma certa partilha de responsabilidade quanto ao seguimento ou não do processo
mas é só mera curiosidade, ninguém me convence que era esse, afinal,o Cavacal recado...
«Artigo 14.º(Inviolabilidade)
1 . Nenhum membro do Conselho de Estado pode ser detido ou preso sem autorização do Conselho, salvo por crime punível com pena maior e em flagrante delito.2. Movido procedimento criminal contra algum membro do Conselho de Estado e indiciado este definitivamente por despacho de pronúncia ou equivalente, salvo no caso de crime punível com pena maior, o Conselho decidirá se aquele deve ou não ser suspenso para efeito de seguimento do processo.»
observações são bem vindas
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2008-11-22
anúncio
com sorte, apanha-se o jornal Público e a sua particularidade de ter uma edição local, diferente em algumas páginas da edição de Lisboa - já houve uma edição Centro mas Coimbra, Viseu e Leiria não se aguentaram na paisagem da bipolaridade que marca o pequeno território do nosso grande País
as diferenças são curiosas, mas isso fica para outro jametinhasdito - mais uma corrida, mais uma viagem e o Porto aqui tão perto, diria Sérgio Godinho
os motivos porque alguém se dispõe ao ridículo são os mesmos das cartas de amor de Fernando Pessoa, talvez apenas fé e descaramento ou outros por explicar, sem razão
mas se alguém crê, jametinhasdito, que interessam explicações, consequências ou seja o que for ?
há momentos que tornam azul o mundo, ainda mais azul, e também por isso o azul fica tão bem no anúncio
serão momentos que paralisam?
tudo a sorver, sentidos demasiado preenchidos para elaborar seja o que for, uma calma que não deixa ver claro, nem escuro, não deixa ver - mais nada ?
e depois? depois haverá todo um processo, de consciência e dúvida, em alternância introspectiva, interrogativa e interpelativa ?
em que a imagem volta, torna a voltar, se não é a imagem é a sensação que aparece e reaparece ou então é só o coração a trepitar, à procura de nova calibração, de novo equilíbrio ?
um não sei quê que se sucede ?
será que depois tudo desemboca num gesto ? numa procura ? num grito ?
depois passa ? esquece ? e enquanto não passa e não esquece é quando algo acontece ?
no caso deu em anúncio de jornal mas em Nova Iorque, o ano passado, passou por correio electrónico mensagem idêntica, olhares cruzados no metro, a possibilidade ínfima de reencontro é testada de lista de contactos em lista de contactos, todos conhecemos alguém que conhece alguém que conhece alguém e as correntes&redes, a electrónica&comunicações, as multivias&informais, tornam o mundo pequenino, aldeia global, não importa a escala
essa história de Nova Iorque, hoje de antologia sociológica, deu em reencontro e namoro, a coisa durou uns meses, deu uma certa vivência, entrevistas e depoimentos, histórias para contar, talvez bagagem... e nada mais, ou seja, pouco
mas, ainda a la Sérgio Godinho que tão bem encanta os aforismos populares, a vida é feita de pequenos nadas
oxalá o anúncio azuleje o dia ao mais belo sorriso e, em geral, a quem sorri
bom dia!
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2008-11-21
tecnicamente
a afamada Reuters também tem o gene comum do "24 horas" e do "Jornal do Crime", se é que ainda existem
na espuma dos dias e por entre as sucessivas vagas em que nos é oferecida, dose após dose, a incomensurável magnitude da crise, descobriu-se um sobrevivente da chacina de Pinochet
certo dissidente, de seu nome German Cofre embora até agora anónimo, preso pela ditadura há 35 anos, afinal regressou das trevas e apresentou-se vivo, ilibando o facínora quanto a uma identificação da calamitosa lista de atrocidades - o tipo de lista que nunca é suficientemente exaustiva mas afinal também pode ter algo a descontar
mas o regressado enfrenta várias perplexidades, humanas e administrativas
ninguém se lembra dele, não o reconhecem, há que investigar - o que se compreende, até pelo efeito resistente de um quadro mental consolidado em décadas, pensão aos familiares e homenagens memoriais
e como lidar com a situação ?
bem, uma hipótese é pesquisar a ficção, mais a realidade, afinal a literatura tem exemplos vários de ressuscitação, mesmo se não há paralelo com Lázaro ou Cristo
já a Justiça tem que se fundamentar nos elementos disponíveis à apreciação do julgador, sejam certidões e relatórios, sejam perícias e testemunhos: o ponto de partida é claro: "Technically he is dead," investigating judge Carlos Gajardo told reporters. "We have to determine his true identity ... I don't know of another case (like this)."
tecnicamente morto?
jametinhasdito!
há uma autópsia por escrever, no Tribunal do Chile!!
quanto ao reaparecido, paz à sua vida!!!
he he ...
observações são bem vindas
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2008-11-19
narrativa
ora por via axiomática, segundo teoremas, proposições, leis...
ora mediante story telling...
narrativa, portanto!
jametinhamdito, por aqui mais perto, que começamos a aprender pelo que ouvimos e vemos fazer, pelo que nos vão contando
o estudo vem depois
e o mais importante da vida, o que nos faz como gente, é o que sorvemos das histórias que vamos sabendo, o que nos contam as gentes: as nossas, primeiro; as que conhecemos, depois; as que procuramos conhecer, a todo o tempo
durante a vida inteira
ou uma narrativa mais
observações são bem vindas
2008-11-16
Sebastião sonha tudo
PELO SONHO É QUE VAMOS
«Pelo sonho é que vamos,
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
Basta que a alma demos,
2008-11-11
quentes&boas
também o Ditos celebra o São Martinho, ao sabor quente e bom do ideal da partilha, sobretudo no sentido de quem mais tem para com os mais necessitados, conforme nos legou o Santo homenageado a poder de castanhas
paredes meias com os decisores orçamentais - outro exercício de partilha, por vezes no sentido dos mais necessitados para com os que mais têm, mas isso é outro jametinhasdito! - estão expostos os sem abrigo que o Terreiro do Paço abriga
mas é bom que o contribuinte sinta que o esforço orçamental abriga também os desvalidos, que em nada contribuíram para o desaparecimento de tantos milhões que agora faltam ao sistema bancário, financeiro, imobiliário e outros (como o sector automóvel) que agora aparecem a ratear ajudas de Estado
2008-11-10
moldes
mas a vida continua e novos dias seguem com discordâncias no horizonte
soluções?
falta aqui uma perspectiva de apaziguamento, além de algo construtivo, como é próprio e se espera de quem tão mobilizadamente rejeita a mudança
segundo o mobilizador sindicato dos professores, muitos profissionais do ensino e diversos políticos de oposição, incluídos vários da oposição, até nem estão contra a avaliação de desempenho - o principal pomo da discórdia - mas, jametinhasdito, "não nestes moldes" !
bom, se de facto há boa fé de quem apresenta semelhante objecção impõe-se-lhe que apresente outros moldes, os verdadeiros, os melhores !!
ah... já agora, que ofereça as suas propostas em moldes que todos os demais intervenientes aceitem, designamente cada um dos professores, pais, alunos, responsáveis governativos e cidadãos em geral
até para aproveitar o privilégio único de poder discutir, perorar e contra-propor sobre o sistema de avaliação, a que a generalidade dos trabalhadores nunca teve naturalmente acesso, será muito bem vindo o apaziguamento construtivo do sindicato dos professores:
_ apresentem-se de bons moldes !!!
observacões são bem vindas
2008-11-07
enquadramento
«se puderes olhar, vê; se puderes ver, repara», diz Saramago, por suposto Livro dos Conselhos, in "Ensaio sobe a cegueira"
e além do mais, a percepção é selectiva - afinal, além de olharmos o mundo com os nossos olhos, vemos o mundo com o nosso ser
o que vemos depende, pois, de quem somos
sendo certo que o que somos é muito função do que vamos olhando, vendo, reparando - e das ilações que de tudo retiramos, enfim, as nossas circunstâncias
mas para podermos reparar no que é mais relevante, edificante, para sermos pessoas melhores, como poderemos ver "bem" o mundo?
bem, há que olhar melhor - e isso treina-se
por exemplo, os cineastas, pintores e fotógrafos, entre outros tipos de artistas, exercitam o enquadramento, para um melhor recorte, selecção e consciência do mundo - do que querem ver, do que querem trabalhar, do que querem mostrar
em tal exercício, aprendemos a ver melhor, a perceber que a visão da totalidade é inalcançável, a conviver com a escolha de perspectivas, a eleger uma perspectiva para a captação de um instante, bem sabendo que outras se lhe justapõem, como iguais pedacinhos de vida recortados pelo posicionamento, experiência e desejo de cada observador
melhor, de cada interveniente, pois o sujeito que observa interfere com a realidade observada e com as observações subsequentes, tanto mais se oferece a sua particular observação à apreciação e crítica de outros observadores, reconhecendo que cada observação se integra na realidade, observada ou, talvez, a observar
pois que os pedaços de mundo a que temos acesso dependam, ao menos em certa medida, do livre arbítrio, de tal modo que, ao menos nessa medida, vemos o mundo que somos e somos o mundo que vemos
a centelha de vida, o incomensurável inerte, a memória dos tempos idos e vindouros, fará também o seu recorte, sendo de admitir que tudo se completa, alguma vez
se for o caso, se vale a pena reparar, o melhor é tentar estar preparado e, em todos os sentidos, treinar o olhar, para poder ver/ser melhor
porque o que vemos e somos, é o que do mundo recortamos
observacões são bem vindas
2008-11-04
halloween santoral
festiva é a inocência e também a salvação ou o seu desejo feito carne por manifestação da alma
ancestralmente, abrimos ao Além uma fresta, para (re)visitação recíproca, porventura um tanto menos inocente
é bem verdade que as religiões, como o comércio, a vaidade ou apenas a pulsão gregária, tendem a capturar até (ou precisamente por isso) o íntimo mais íntimo de nós, a pretexto da sua exortação colectiva, exultação pública ou exaltação mística - e, bem assim, por qualquer que seja a forma em que se manifesta o Amor
mas ai de nós, mas ai de quem, mas ai dos deuses: valha-nos o fio invisível que tece o universo, universos, os sóis inumeráveis, as infinitas terras e as esferas infindas que servem o epiciclo, que vertem à equação inicial e, revolvidas todas as paralaxes, volvem à pedra primeira, à poeira primitiva de que somos feitos e a que tornaremos em cada grão e em todo o infinito, simultânea e sucessivamente
festejemos, pois, em cada estame, espiga e flor, em cada pão, abraço ou ilusão, semente e cimento da vida por inteiro, incluído o primordial infinito que antecedeu a vida, o infindo suceder que perdurará depois e o continuum instante que nos luz o olhar, que o cruza, acende e reluz, mágico segmento de vida, morte e eternidade - ao menos - caso ou para quem isso tenha importância alguma ...
de todo o modo, desde sempre há um começo e recomeço, nascer e renascer, fim-de-ano e ano-novo-vida-nova, a-vida-são-dois-dias-e-o Carnaval-são-três, cinza para a Fénix reviver, luz ao fundo do túnel, depois da tempestade a bonança, graal imaginário, pura fé e científica esperança
simplesmente, na flor da inocência, na inquietude da máscara, perante a incerteza do desconhecido, pedimos mesmo o impossível, o milagre: a ressurreição, o pão-por-deus, o doce-ou-travessura, a festa, a festa, a festa, a que por ora chamamos Novembro mas certo é que, numa altura ou noutra, foi sempre assim
e porque não halloween?
jametinhasdito!
carpe diem
observacões são bem vindas
2008-11-03
de que
Luís Filipe Meneses, muitas vezes citado por variada imprensa em secções primas do Ditos, é hoje retomado no Público.pt, a partir de excerto de um fabuloso artigo de verrina partidária entre correlegionários momentaneamente desavindos, publicado no Jornal de Notícias
o texto é toda uma antologia, embora também lhe assente bem a classificação de tempo puramente perdido
o "que" é a correcção efectuada pelo editor de citações do (periódico?) on line «publico.pt», que intercala um preciso [de], como acima sublinhado
jametinhasdito!
parafraseando outra eminência nortista & elitista, penso eu de que !!
observacões são bem vindas
PS - a merecer idêntico reparo, a designação de diversos estabelecimentos "Coisas que eu gosto", como restaurantes e lojas de prendas, nem sempre citando Elis Regina ... !!!
2008-10-31
Eolos
trata-se mesmo de fabricar vento ?
jametinhasdito !
ora, as ditas "fábricas" são afinal centrais eléctricas, que produzem electricidade a partir da energia do vento, ou seja, a energia eólica é que é aproveitada para "fabricar" electricidade, transformando uma forma de energia noutra
de facto, também o vento é o resultado de transformações de energia
e, bem assim, a utilidade que se retira da electricidade é a sua transformação noutras formas de energia, sucessivamente
no caso da energia eléctrica produzida a partir das "ventoinhas" dá-se mesmo o caso de poder ser usada para ligar o motor de outras "ventoinhas", ou seja, aproveitar o vento para produzir vento, paradoxo da era moderna e do ar condicionado !!!
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observacões são bem vindas
PS - o blog está pronto mas ...
no período ínfimo da vida do Homem sobre a Terra, a era da extracção em massa dos combustíveis fósseis corresponde a uma modestíssima fracção, pois o recurso massivo ao petróleo e carvão - como antes a lenha, que levava as legiões romanas a produzir guerras em todo o mundo ... onde é que já ouvimos isto? o Bush anda a ler história da antiguidade ... - é insustentável e totalizará apenas 200 anos ou pouco mais
o que justifica naturalmente a premência de procurar novas formas de obter energia, conservando a que existe (o uso mais racional de energia é evitar o respectivo consumo) e investir no estudo de novas fontes de produção, de preferência renováveis, incluindo o bom do senhor vento - a energia eólica
Eolos é um dos (cem?) nomes de Deus, em veneranda homenagem a insondáveis forças anímicas capazes movimentar o ar, ou seja, fabricar vento
na realidade, Eolos é tributário de Rá, outro dos Seus nomes, porque a matéria que constitui o ar é sujeita a outras insondáveis forças, como a especial energia do sol, que aquece de forma desigual – assimétrica, em linguagem power point – as massas de ar do nosso belo planeta azul, corzinha que também deve algo à luz do sol e às suas frequências de onda, mas isso é outra história
íamos então no aquecimento desigual do ar, causa de diversidade da expansão e densidade, criando diferentes massas de ar, que então se deslocam, gerando o vento – o ar em movimento
aliás, a própria existência e composição do ar deve muito ao sol, pois a sua energia, em ondas radiantes, luminosas e outras, é transformada e aproveitada de várias formas, para o que agora interessa incluindo a fotossíntese, uma extraordinária e poderosa forma de alquimia, que faz da luz … ar
enfim, produzindo reacções químicas e libertando componentes essenciais para a atmosfera e para a vida tal como a conhecemos à superfície da Terra
neste ponto, um parêntesis: o astrofísico espanhol Juan Pérez Mercader, baseado nos estudos científicos, afirma-se convicto na existência de vida para lá da que existe na Terra, ou seja, para «além do mundo» – tudo leva a crer que não se pronunciou quanto à possibilidade da existência de vida no «mundo do além» – ou seja, para lá da que conhecemos, mas isso são ainda outras histórias
por tudo, o ar move-se
ora esse movimento é susceptível de aproveitamento para as actividades humanas, maxime, económicas, dinamizando veleiros e moinhos, a partir da aplicação de princípios de transmissão mecânica vectorial que as civilizações conhecem e desenvolvem desde há milénios
mas a vida em geral já aproveita o vento desde há milhões de anos: por exemplo, talvez desde que os dinossauros iniciaram longinquamente o percurso de evolução que os fez pássaros, estes amiúde pairando sobre as correntes ascendentes de ar quente, para melhor verem e alcançarem alimento, abrigo e companhia
mais recentemente, o homem usa os mesmos princípios através de planadores variados e ainda para outros fins menos lineares
certo é que a carência de energia – aspectozinho que tem historicamente justificado a passagem de uma era para outra – e as exigências de conforto, bem como as perspectivas de lucro, exponenciaram o engenho de indivíduos e comunidades
e assim a força motriz do vento é hoje responsável pela geração de importantes quantidades de electricidade – conceito chave para a industrialização, para a optimização partilhada dos recursos e para os níveis actuais da qualidade de vida
chegamos então à aposta intensiva em meios de produção de electricidade a partir da força do vento, algo a que se poderia chamar “produção eoloeléctrica”, por paralelismo com “produção termoeléctrica” – a partir do calor, resultante da queima de combustíveis, na maioria fósseis – e com “produção hidroeléctrica” – a partir da água, mediante armazenamento em albufeira ou fluxo fluvial, mas centrais «a fio de água»
mas tal possível palavra – eoloeléctrica é perfeitamente plausível segundo as regras usuais – apresenta dificuldades de fonética ou dicção, em várias línguas, e bem sabemos que se a linguagem cria expressões adaptadas ou apropriadas aos conceitos, também a sua formulação prática é inibida ou potenciada pela dificuldade ou facilidade de uso, entre outras explicações menos ortodoxas
por exemplo, “Web log” deu “blog” e “telefone móvel” deu “telemóvel” *
PS2 - * noutros contextos, o conceito prevalecente que foi assimilado e incorporado na linguagem é algo mais simples – em geral, resume-se ao elemento “móvel”
por cá não foi assim, princípio ainda se ensaiou ”portátil” mas depressa o termo se anichou aos computadores, que passaram a ser também portáteis
curiosamente, “celular” tem bastantes adeptos, em várias línguas, incluindo a portuguesa no Brasil, para designar o telefone portátil, por referência ao processo tecnológico envolvido, mesmo para quem não faz ideia dos processos a que a tecnologia recorre para realizar as comunicações “móveis”, ou melhor, sem base em rede fixa
mas como em tantos outros temas na vida, nem sempre estamos todos de acordo - e nem temos que estar, pois é ?
2008-10-30
MagalhãeZito
eis o amiguinho Magalhães, de que já tanto se falou e disse
resistente, a brincadeiras, a distracções e - jametinhasdito! - a muitos disparates de gente grande, é um computador português - palavras para quê?
poucas, então: só para dizer que é catita de aspecto e jeito, com programas lúdicos e educativos, como a Guida e o Zito, que ajudam a descobrir e a querer aprender
em boa hora vestido de azul, como o planeta que habitamos, oxalá dê a volta ao mundo a aposta na sua distribuição generalizada em condições acessíveis!
observacões são bem vindas
2008-10-28
2008-10-27
monte
_ atira, que matas um homem! - direito a mim de gadanho...
nem me lembra disparar, mas vi-o lá caído e logo dei conta ao acontecido..."
ah, pois, compadre, vocemecê jametinhadito!!!
observacões são bem vindas
2008-10-23
super homem
jametinhasdito!
pois então não é que se descobre agora que frequantava bares gay e que mantinha uma relação amorosa com um seu correligionário partidário?
cada um é livre de ser hipócrita mas este super nazi andava a vender a máxima do 'bem prega frei Tomás' ... e ninguém via que não bate a bota com a perdigota?
faz lembrar o Hitler, a quem o aparatchik nazi tratou de ultimar a lenda um suposto casamento a bunker fechado... à frente de muitos nazis, fascistas, direitistas, conservadores, moralistas e outros sacristas, que se apregoavam e apregoam muito superiores e afinal ...
a propósito, como é nenhum dos insuperáveis investigadores, romancistas ou comentadores da nossa praça se lembrou ainda de arrancar alguns insondáveis do Salazar por debaixo das saias do íntimo cardeal Cerejeira ?
era a cereja que faltava ao botas!!!
observacões são bem vindas
2008-10-16
2008-10-14
coração árabe
jametinhamdito que o nosso coração é árabe e oxalá o insígne arabista português prossiga a verdadeira viagem ao mundo das rosas que é a cooperação entre os povos, em especial no âmbito das relações luso-árabes e do seu dicionário, em curso de elaboração, de vocábulos portugueses de origem árabe
observacões são bem vindas
2008-10-03
nosso
a transmissão televisiva de jogos internacionais de futebol do emblema com mais adeptos na lusofonia pode ser um bom negócio em termos imediatos mas provavelmente obedecerá à mesma lógica do desenvolvimento sustentável
para poucos ganharem no momento inicial, com prejuízo de muitos, a prazo todos perderão!
ao adjudicar a um canal pago o exclusivo da transmissão de um jogo da UEFA, a empresa que detém os direitos de exploração da imagem do Benfica aposta no curto prazo e consegue realizar interessantes proveitos financeiros mas compromete o estatuto de reconhecimento que muitas ilustres personalidades dirigentes, muitos praticantes exemplares e muitos adeptos anónimos souberam construir ao longo de gerações
troca-se o benefício de alguns milhares pelo descontentamento de muitos milhões
sempre que se escolheu tais caminhos acabou-se com péssimos resultados
desta vez seria diferente ? jametinhasdito!
PS - há uma vantagem imediata adicional, por ventura igualmente precária: a Luz de casa cheia !
observacões são bem vindas
2008-10-01
chumbo
é a globalização da crise - se os mercados são globais, o seu colapso é um perigoso dominó, repique de sinetas nas aldeias do mundo
nem de propósito, há dias a Cavacal figura presenteou-nos com mais uma alegria e deu de sineta a abrir a bolsa em Wall Street, gesto mítico até para um catedrático da finança, como para um estadista, mesmo para um Presidente de República
mas a inexorável lombriga corroeu por dentro o império dos mercados, o exemplo capitatalista, a suma liberal
o dólar andou tempos e tempos a fazer as delícias a turistas europeus, a magnatas japónicos, a novos-ricos soviétchicos
ajudou à escalada do petróleo nos mercados internacionais, muitas das transacções deslocaram-se para o euro ou para outras praças, regra geral mais próximas da fome de combustíveis para acalentar crescimentos económicos, populacionais e, sobretudo, de níveis de conforto, consumo e ostentação
mais as guerras aqui, ali e por toda a parte, geralmente onde haja, passe ou cheire a petróleo, agravando o problema dos incontroláveis cartéis, a crescente consciência da escassez dos recursos, mais que a sua finitude
boicotes a infraestruturas de petróleo e gás, problemas nucleares, restrições ambientalistas a projectos renováveis, custos acrescidos para novas energias, défice de investigação e longo prazo, longa espera para novas tecnologias
regulações e desregulações sucessivas e sempre legitimadas pelos mais capazes teóricos, hábeis políticos e sequazes comentadores
prevenidos, todos estamos
mas o frenesim eleitoral que o mundo vive por interpostos EUA pode baralhar as contas, se os incontáveis zeros (coisa de 250.000.000.000 US$ era a primeira tranche para os primeiros socorros aos mercados, aos bancos em estado convalescente, aos accionistas crentes, aos empregados descrentes e a outros súbditos do vil metal) não corromperam já as sinapses que conferem legalidade - e, quiça, legitimidade - a bancarrotas adiadas
há que acreditar: todos terão o momento certo de juízo para o sistema encarrilar
a Europa já nem se limita a acreditar, exige!
ficam, jametinhasdito, as perguntas esquecidas:
- há quanto e quanto tempo os EUA alimentam um escandaloso défice, deixam desvalorizar as verdinhas para ajudar às exportações e exageram no consumo interno, vivendo acima das reais e mui liberais possibilidades?
- durante quanto mais tempo a enorme "dona branca" americana soma e segue, ora deixando falir umas instituições (o centenário Lehman Brothers ) mas nacionalizando outras (públicas ou semi-públicas, inclusive, como as entidades federais de garantia de créditos na origem de muitos dos produtos tóxicos agora pulverizados) e salva outras (AIG...) ficando por saber se o Congresso finalmente e aos solavancos libertará os tais 700 biliões (americanos) de dólares - seja lá o que isto for em dinheiro - para resgatar ao sacrosssanto mercado parte do colossal défice bancário e amainar a respectiva crise (por agora) in extremis e sob a esconjurada benemerência do ... Estado?
- por quanto mais tempo continuarão os EUA a disfarçar o maior défice público do mundo à custa do financiamento de guerras um pouco por todo o mapa mundi ?
observacões são bem vindas
2008-09-17
Setembral e mais além
2008-09-11
2008-09-09
pedra & luar
2008-09-07
they can't
e que trunfos sairam da universillyada laranja ?
denúncias disto, queixumes daquilo, um que outro reconhecimento do que tem sido feito, o imperioso alerta para a conveniência de mudança de políticas - tresandando a pedido instante de mudança de partido... - e a habitual promessa de enriquecimento para todos com o PSD no poder
é pouco
sem entusiasmo, sem fé, sem mensagem, sem alternativas concretas, sem descredibilizar ainda que parcialmente os actuais governantes, sem se prevalecer de qualquer crédito indiscutível, assim também não é por esta via que a oposição se constitui em verídica proposta de alternância - que até pode suceder, pese a aparente improbabilidade, mas sem que se vislumbre algo mais que a mera rotação partidária, alguma ideia, algum valor, qualquer centelha
há, todavia, um grito positivo: a passagem do discurso em que Manuela Ferreira Leite apela ao fim do sectarismo partidário, único ponto autocrítico desta antiga dirigente partidária, talvez sem margem de manobra para poder e querer (ou mesmo crer?) muito mais
incrivelmente, depois de criticar o esforço controleiro do partido do Governo, Manuela Ferreira Leite finda a sua tão aguardada intervenção sem abrir a porta às perguntas da comunicação social
em que ficamos ?
além de assim se enredar em manifesta incoerência, será possível conceber tabu mais apagado ?
acham mesmo que assim chegam lá?
observacões são bem vindas
2008-09-06
Cuba & Timor
A maior fatia da atenção mediática foi direitinha para Nova Orleães, onde medidas excepcionais apressaram o êxodo e forçaram a precaução, mesmo perante o enfraquecimento da força dos ventos ciclónicos e a diminuição da graduação da sua perigosidade, o que se justificava ainda assim face aos dramáticos efeitos de anterior catástrofe com idêntica origem, então o tufão Katrina, persistente na memória de muitas vítimas e familiares.
Desta feita, as coisas correram melhor, apesar de tudo. Mas o 'apesar de tudo' encerra graves perdas em diversos países, habitualmente fustigados nesta época do ano com este género de tempestades e para as quais é difícil ou mesmo impossível constituir defesa segura e perene.
São pois bem vindas as ajudas.
Dos Governos de cada país, naturalmente e em primeiro lugar, o que infelizmente nem sempre sucede a tempo e horas ou com a eficácia necessária.
Pelo que é sempre de assinalar quando a ajuda vem do exterior.
Em regra, a partir de países de maior capacidade económica ou com presença habitual nos cenários em que a ajuda humanitária acontece, como é o exemplo de muitos países da União Europeia, os nórdicos sobretudo.
Ou também a partir de países com afinidades políticas relevantes ou interesses nas regiões afectadas.
Portugal tem já uma tradição de veraneio em Cuba e em todos os anos, no fim do Verão, os noticiários lembram quantos turistas temos nas zonas afectadas, por vezes com pungentes entrevistas telefónicas ou no palco das chegadas do aeroporto de Lisboa.
Recentemente, também demandamos Cuba em busca de cirurgias, como é o caso de algumas especialidades de oftalmologia.
Neste contexto, o gesto altruísta de Timor Leste tem um merecido jametinhadito de júbilo: ai quem me a Cuba !!!
Oxalá o Haiti e outros países castigados pela época de temporal consigam também atrair a solidariedade necessária a apaziguar o sofrimento das populações e apoiar a reconstrução, material e emocional.
Timor é um pequeno país, também carente, mas ao procurar exprimir o imperativo de ajudar no momento da catástrofe, quando é preciso, mesmo lá de tão tão longe, vem demonstrar ao mundo que os hemisférios não são suficientes para afastar a boa vontade e a fraternidade humanas, dando o exemplo da possibilidade imensa que é o arquipélago da solidariedade universal
observacões são bem vindas
2008-09-03
tempo
é bom de ver, ou mesmo pouco vendo, a dúvida é legítima: é o tempo que faz o clima ou é o clima que faz o tempo ?
afinal o sol, o bronze, o toldo, a sombra, as horas benignas, o protector, os raios UVA e UVB, a primeira claridade do dia, o azul (ou será verde? cinza? prata? de espuma?) do mar ou do céu, qualquer céu que se veja, o infinito do horizonte, o aquecimento global, o arrefecimento local, a maré, ver onde se põe o pé, enfim, são conceitos muito relativos...
está visto (mesmo sem estar) e jametinhasdito, o estado do tempo não tem importância !
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observacões são bem vindas
2008-08-24
palmeiras
observacões são bem vindas
2008-08-19
verniz olímpico
- ou, para políticos, dirigentes e comentadores, altas fasquias...
depois, eclipsaram-se algumas estrelas, planetas e satélites...
após o eclipse lunar, a insónia trouxe a excelente medalha olímpica de Vanessa Fernandes - que orgulho, para ela, para a Família, para os portugueses !!
mas numa quinzena em que muitos estão a trabalhar para o bronze, uma medalha de prata é insuficiente - veja-se o exigente editorial, no Diário de Notícias, de João Tavares, um verdadeiro campeão das olimpíadas da basófia - pois querem ouro !!!
a comunicação social ajuda à festa, empolando o bem e o mal, torcendo e distorcendo (v.g. Vicente Moura não se demite coisa nenhuma, apenas lança atoarda inoportuna quanto a hipotética renovação do mandato, que ninguém lhe reconhece nem lhe garantiu) para um suposto record de audiência, desprezando olimpicamente a verdade e o essencial, na mira de confundir o leitor
mas muitos vão no engodo, vivem bem assim: ainda recentemente, as copiosas derrotas do râguebi foram heroicamente celebradas, as modestas fantasias da bola foram e continuam a ser ... fantasiadas ... muito para além dos resultados efectivos
só os atletas olímpicos é que terão que carregar com as consequências da falta de notícias, da falta de competência de dirigentes, da falta de planeamento nas organizações e nas políticas de desporto, competição incluída, na falta de Justiça, desportiva incluída (tristemente sentenciada em fruta variada e café com leite, para chacota geral e indiferença dos responsáveis, legitimamente crentes na eterna impunidade) e até, pelos vistos, jametinhamdito, com a falta de verniz ... olímpico!!!
assim, enquanto dirigentes, políticos e apressados comentadores melhor disputariam medalhas de verniz, há que ter a noção das realidades: à excepção de um ou outro génio eleito, casos raros e pontuais, os resultados desportivos dependem da sistematização e generalização de níveis elevados das condições propiciadas na qualidade e na extensão da prática desportiva geral e de elite, ou seja, de apostas políticas - com meios, objectivos, justiça, responsabilidades definidas e assacáveis, uma vez banida a corrupção que perpetua a mediocridade
isto como condição necessária mas não suficiente...
ora, no desporto - melhor, no que resta ou no que se transformou o desporto - há muitas contingências: o super-nadador Phelps, dotado de condições invulgares e apesar de ter sozinho mais medalhas que alguns países ao fim de sucessivas ou interpoladas olimpíadas... só com muita sorte venceu a prova individual de mariposa (os 100m) - curiosamente, no apuramento dos 200m estilos, que também venceu, concluiu a primeira piscina, mariposa, atrás do português!
que a caravana passe: boa sorte aos atletas da comitiva olímpica para as provas que ainda há a disputar, para o resto das suas carreiras e para as respectivas vidas, futuro desportivo e olímpico incluído
haja fé, paciência de chinês e, já agora, os mínimos olímpicos de verniz ;->>>
observacões são bem vindas
2008-08-14
Low cost
Aí consta, enunciadamente, um belo rol de razões para se poupar combustível na condução automóvel.
E é fácil entender, o bolso agradece, o ambiente também, a mecânica, o espírito de férias, a saúde por via do estado mais relaxado do condutor, maior ponderação na escolha do local para abastecer em busca de condições óptimas de preço e serviço, descontos, promoções, brindes, prémios e outras pontuações…
Enfim, nada de novo mas é sempre bom saber, recordar, insistir, experimentar, reviver. Afinal, é tempo de férias!
Sendo assim, o jametinhasdito vai para o … não dito – é um grandioso janãometinhasdito!!!
É verdade, o cronista entusiasta da condução moderada e ponderação praticamente não se refere a “velocidade”… conceito com o qual é difícil competir, mesmo recorrendo a tão ponderosos argumentos como os expendidos, todos de muito preço…
E, sobretudo, omitindo cuidada, inteligente e deliberadamente qualquer referência a … “acidentes”, “choques”, “sinistralidade rodoviária”, “danos”, “prejuízos”.
Pois o jametinhasdito omissivo é de ouro: mesmo em ocasião propícia a maior disponibilidade mental, o presumível leitor tende a desconsiderar tudo o que soe a problemas e, como bem se sabe, as complicações só acontecem aos outros.
A desgraça da sinistralidade tem sido invocada repetida e intensivamente mas com parcos resultados – positivos, é certo, mas diminutos face à importância e às consequências do tema na sociedade e nas vidas pessoais e familiares dos potenciais interessados: todos nós.
Também o argumento do ambiente percorre o seu trajecto bem devagar…
É pois justo reconhecer a excelente estratégia do cronista, ao ir directamente onde mais dói – o aspectozinho económico, sempre relevante mas com foros de podium em época de crise.
Embora esta, diga-se, custe a aparecer na forma agressiva que persiste na condução automóvel, em estrada ou na cidade, pois continua a ver-se extensas filas e verdadeiras corridas em contra-relógio ou pelo melhor lugar de estacionamento, em cima do passeio que seja - como lembrava o pouco liberal J. C. Espada no Expresso, face ao olímpico desprezo, de autoridades, responsáveis e cidadãos, por tudo e todos, quando o assunto é o automóvel de cada um.
Já o “Sol” vai a estatísticas devastadoras: olhando para os acidentes rodoviários do início de Agosto, um pouco por todos o País, a causa apontada é sempre a mesma, o “excesso de velocidade”. Apenas num dos casos é indicada a “falta de cinto de segurança”, mas é fácil entender que esta não é a razão do acidente mas apenas do tipo de danos e da gravidade das suas consequências.
É claro que em toda a condução automóvel, como em tantas actividades humanas, está presente o risco de acidente. E, infelizmente, há em geral mais factores para além da velocidade, concorrendo para a causa e ocorrência de muitos acidentes.
Mas é notório que os efeitos da velocidade são muitíssimo menosprezados. Bem vinda pois, ainda que a pretexto da poupança de euros, a análise e recomendação dos efeitos positivos de uma condução automóvel mais consciente, pausada e ponderada – há tempo!!!
Tempo de ter tempo ...
observacões são bem vindas
PS - e um honroso salve às propostas low cost do dito Fugas, viajando um pouco por todo o mundo, cá dentro incluído, faunas, floras e aventuras diversas, a nostalgia em Vieira de Leiria - onde se celebra a insuficiência de meios, mesmo voluntária, em busca da imaginação, da simplicidade e, afinal, da vida, em sensações e sentimentos simples e genuínos, experiências que perduram, na pele e por dentro, no coração e na alma, o que vale no fim e valeu desde o princípio - pois há lá melhor ?
2008-07-31
conta que Deus fez
A mulher só mais tarde se fez:
Foi duma vez
Em que eu e ela nos somámos
E ficámos três.
[...]
Polípio Gomes dos Santos
in Poemas
Colecção "Os olhos e a memória"
Edições Limiar
observacões são bem vindas
2008-07-14
rosé
tempo de férias, a amenizar a dureza dos dias, a elevar pensamentos, a relevar relacionamentos e informalidades desgravatadas, além de recarregar baterias, as mais delas espirituais mas também as do corpo, precisado de descansos, lazeres, doces remansos e prazeres
tudo a celebrar, por exemplo com um refrescante rosé
que não é vinho, jametinhamdito...
o circunspecto e arroseado Finantial Times vai por outras vias e em 30 de Junho, no sempre interessante Life & Arts, a crónica da enóloga Jancis Robinson acerta o passo com o Verão, mundo fora em busca do melhor ... rosé !!!
parece que o problema é haver muitos, conduzindo a grave inquietação e aprofundada investigação: como escolher um que se beba ?
em matérias sofisticadas como esta, convirá distinguir entre provençais e chiaretos, isto para começar, pelo que se recomenda indagar também a crítica da crítica
em tom menos duvidoso, talvez por ter menos por onde se enganar, o nosso Fernando Melo, na Pública de 29 de Junho – véspera da dita crónica do FT, é certo, mas não deve ter havido eno-espionagem, a indagação internacional pelo rosé de eleição já vem desde Maio, pelo menos...
só que o enólogo português também põe mundividência no caso e manda vir do México o chile necessário para incendiar umas quesadillas no cadinho culinário que justificará mais um brinde ao Verão, com o espumante Murganheira rosé bruto a provar que o que é nacional é bom !!!
mais prosaico, só o velhinho Mateus – e mesmo assim, as aparencias iludem pois o digníssimo campeão já vendeu para cima de dez dígitos da peculiar garrafa inspirada no cantil militar da 1ª Grande Guerra
mas outros eno-investidores merecem um brinde e o Ditos reconhece muita realeza ao Monte Seis Reis, mais conhecido pelo premiado Syrah mas com um rosé que certamente daria cor e rubor ao salmonado FT
já agora, nos Seis Reis está incluída uma Rainha, a Santa Isabel, que também em Estremoz deixou marca na história de Portugal
e a quem visite o Monte Seis Reis durante o Verão está reservado outro brinde, qual seja a magnífica exposição de aguarelas de Nuno David, que abrilhanta o lugar em pinceladas de luz e coração, os tons de mui sabedora e afectuosa exaltação da natureza
observacões são bem-vindas
2008-06-30
reforma da reforma
o Diário de Notícias de hoje, em duas informações que aparentemente não se relacionam, ilustra bem a perplexidade e reflexão que as imbrincadas linhas com que se tricota o mundo podem suscitar
Fernanda Ribeiro, uma superatleta de 39 anos, acalenta o sonho de representar Portugal nos próximos Jogos olímpicos - e tenta arduamente concretizar o sonho, treinando com afinco e disputando provas contra (e com... !) atletas mais jovens, contra o tempo - o contra-relógio dos tempos mínimos estabelecidos para o acesso à Olimpíada em várias distâncias - e contra si própria - e, também aqui, com: consigo mesma... !
Gonçalo Amaral, polícia que se tornou conhecido por ter sido afastado com fundamento em excesso de comunicação pública, por um director que manifestamente se excedia em comunicações públicas e que acabou afastado pelo mesmo motivo, vai passar à reforma antecipada, na sequência das atribulações em apreço e aos ... 48 anos !!
jametinhamdito !!!
numa idade em que tantos atletas já ditaram (ou viram ditado) o fim da sua carreira desportiva na modalidade que abraçaram, Fernanda Ribeiro vai buscar forças ao ânimo e ao corpo, num exemplo de determinação, coragem e preserverança, desafiando os limites em busca de uma especial sexta presença em Jogos Olímpicos: a superação em vez da reforma
noutro caso, em idade em que é perfeitamente exigível que cada um dê o seu contributo ao País, em que o País não se pode dar ao luxo de desperdiçar o contributo de cada um e numa área em que a experiência é precisamente o santo e a senha do sucesso profissional, Gonçalo Amaral passa à reforma, por algo absolutamente lateral à actividade que é suposto desempenhar e em que certamente ainda teria muito para dar
como é possível compatibilizar mensagens tão contraditórias ?
observacões são bem-vindas
Zimbabwe
hoje a calamidade abateu-se sobre o povo do Zimbawe - um povo sofrido, por muitas sucessões e ambições, que historicamente incluiu a ocupação portuguesa e a apropriação inglesa sob o ignominioso "ultimatum" do mapa cor de rosa... para além das atribulações de 2 independências, embargos, guerrilhas e, ultimamente, de uma devastadora ditadura
instalado no poder desde 1980, Robert Mugabe destruiu sistematica e incompetentemente as estruturas produtivas do Zimbabwe e, sobretudo, a confiança que as edificavam
o mais recente episódio é ameaçador, próprio da fase do estertor das ditaduras e dos seus ditadores
Mugabe perdeu as eleições legislativas, apesar das condições anómalas de vantagem de que dispôs; perdeu também a primeira volta das eleições presidenciais, mais uma vez apesar da vantagem da batota a que os ditadores sempre recorrem abusiva e violentamente
mas os resultados não foram publicados na sequência dos actos eleitorais
houve sarrabulho, atropelos inexplicáveis, demoras comprometedoras
Mugabe prosseguiu a violência e perseguição dos adversários, que conseguiu afastar a tempo de realizar mais uma farsa eleitoral - onde é que já vimos tudo isto? muitos dirigentes africanos, e alguns europeus, deram cobertura ao exercício da ignomínia, da violência e da barbárie - no casos dos dirigentes europeus, disseram, em nome do pragmatismo da aproximação entre a Europa e a África, talvez por cinismo, talvez por genuína crença de que tudo é superável por via do bom exemplo europeu, que os povos irmãos africanos algum dia aproveitarão...
de modos que a segunda volta das presidenciais tem o resultado forjado que o ditador conseguiu e, sem mais demoras, apresou-se a tomar posse imediatamente no dia seguinte
e, jametinhamdito, esteve quase a ser no próprio dia !!!
teme-se o pior ...
observacões são bem-vindas
2008-06-17
2008-05-31
reforçar o quê?
ainda assim, algumas achegas espreitam ao Ditos e merecem umas poucas linhas
Manuela Ferreira Leite afirma que as "directas já" reforçaram o PSD
jametinhadito!
os candidatos repartiram equilibradamente os votos, trinta e picos por cento para cada, Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes
Patinha Antão, debilitado com apenas dois nomes, praticante de outra modalidade que entrou (ou não saiu, para referenciar, por contraposição, o gesto auto-misericordioso de Neto da Silva, outro descalço de terceiro nome) por equívoco em águas para que não tem escamas, nunca teve qualquer chance mas também não consegue causar pena, eles são mesmo assim uns para os outros, pelos que os cerca de zero por cento que averbou nem tão pouco constituem castigo, nada, nada vezes nada, mesmo
portanto, contas feitas, das directas ninguém se reforçou, nem o PSD
mas caso se possa interpretar como hipotética esperança de reforço o gesto inteligente de Pedro Passos Coelho, que se declarou sem reserva mental para colaborar com o Partido sob a nova liderança (o que poderia conduzir a unir dois terços do PSD em torno da nova Direcção, oxalá, ao menos para adiar um pouco novas peripécias internas pouco edificantes para a imagem dos partidos políticos e da própria democracia) a bem dizer o que é que se está afinal a reforçar? algo de positivo? é que se o saldo for negativo, o respectivo reforço pode redundar em mais negativo ainda
bom sinal não é...
observacões são bem-vindas
2008-05-19
Tchiga Pertú
os cidadãos de Cabo Verde podiam hoje ser cidadãos da União Europeia - como os cidadãos da Martinica o são!
mas a vida foi por outras vias e agora a aproximação está sobre a mesa de negociações, com passos políticos adequados à vontade mútua de concretizar níveis de relacionamento e de associação cada vez mais favoráveis a uma verdadeira pertença, digamos que no trajecto de uma
utopia exequível
mais um exemplo: o presidente caboverdiano Pedro Pires reafirmou ontem (20080518) à AFP, o desejo de Cabo Verde trilhar o caminho da aproximação gradual à Europa
realista, inteligente e claro, na mesma entrevista Pedro Pires jametinhadito que prefere encarar a organização dos países africanos em torno de blocos com interesses congregáveis, como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, em vez do conceito de União dos Estados Africanos, como preconizam a Líbia e o Senegal
e sentencia: "é fundamental consolidar na África os Estados de direito". !
ora aí está um objectivo visionário mas assente em princípios e na experiência das nações, em particular da integração europeia, também inicialmente segmentada a alguns países e em torno da segurança e da economia
com efeito, a União Europeia nasceu da Comunidade Económica Europeia, que por sua vez teve como embrião a Comunidade Económica do Carvão e do Aço... e nos dinheiros do Plano Marshal americano para a reconstrução europeia
esse esforço agregador mas gradual trouxe à Europa os decisivos frutos do desenvolvimento económico, da democratização e da paz
também África poderá beneficiar de ajudas muito potenciadas por um vector organizador, germe de segurança, democracia e desenvolvimento !
num mundo sob inquietantes riscos de desagregação, secessão e guerras fraticidas, é bom que haja líderes africanos que afirmem com a clareza de Pedro Pires o objectivo de unidade em busca de segurança e desenvolvimento para os martirizados povos do continente primordial !!
à luz do primado do direito, das leis e da democracia !!!
observacões são bem-vindas
2008-05-14
é Natal, é Natal
ou mulher!
Paula Teixeira da Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, fez publicar recentemente os anúncios públicos da praxe respeitantes ao 4º aditamento à convocatória da Sessão Ordinária iniciada a 22 de Abril de 2008, continuada a 29 e agendada novamente para 13 de Maio - ontem! - com a finalidade de apreciar e, certamente, "Aprovar a isenção de Taxas para as licenças municipais do Concurso Público para execução de trabalhos de concepção, como procedimento a adoptar com vista à selecção do melhor projecto de iluminação e animação da cidade de Lisboa no Natal de 2008, nos termos da proposta, ao abrigo da alínea e) do nº 2 do art.º 53º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro."
prevenida e atempadamente, a autarquia está, pois, e com as mui auguradas isenções, a tratar das festas do Natal que a passos largos se aproxima
sim, que já a feira do livro está aí a "rebentar", dentro em pouco marcham as festas populares, e seguem-se comemorações várias, mai-los tão bem administrados futebóis, de que nunca estamos de todo isentos, e após as subsequentes férias mais ou menos grandes entramos praticamente na Quadra Festiva Natalícia, que em termos de comércio e iluminação pública vai de antes do São Martinho - ou mesmo desde antes do 5 de Outubro, na versão santânica - até depois dos Reis
e se o primaveril fervor natalício já merecia um valente jametinhasdito, que dizer da notícia de um subsistente abraço e felicitações para 2007 ?
observacões são bem-vindas
2008-05-13
à sombra
2008-05-05
etudient
para as gerações então mais jovens, o amadurecimento trouxe outro Maio, a varar de amores
mas o de Paris de França também ficou em muito coração, onde ainda pulsa a utopia, mesmo a das oportunidades perdidas com as duras realidades do mundo que teima em não se deixar endireitar
desses tempos idos, ecoa uma anedota significativa, vá-se lá saber se verdadeira: no calor dos confrontos da estudantada com as forças policiais, estas representando o poder ultrapassado então em contradição na sociedade, os universitários gritavam sibilinos - CRS S S, ao que os iletrados para-militares respondiam - etudient ent ent !!!
observacões são bem-vindas
PS - volto à minha, com pena de não saber deixar aqui a bela melodia, que estive a ouvir e facilmente se evoca:
Maio maduro Maio/
Quem te pintou/
Quem te quebrou o encanto/
Nunca te amou/
Raiava o Sol já no Sul/
E uma falua vinha/
Lá de Istambul/
Sempre depois da sesta/
Chamando as flores/
Era o dia da festa/
Maio de amores/
Era o dia de cantar/
E uma falua andava/
Ao longe a varar
Maio com meu amigo/
Quem dera já/
Sempre depois do trigo/
Se cantará/
Qu'importa a fúria do mar/
Que a voz não te esmoreça/
Vamos lutar/
Numa rua comprida/
El-rei pastor/
Vende o soro da vida/
Que mata a dor/
Venham ver, Maio nasceu/
Que a voz não te esmoreça/
A turba rompeu
«Zeca Afonso»
2008-05-02
neste céu
Congresso de gaivotas neste céu/
Como uma tampa azul cobrindo o Tejo/
Querela de aves, pios, escarcéu./
Ainda palpitante voa um beijo./
Donde teria vindo! ( Não é meu...)/
De algum quarto perdido no desejo?/
De algum jovem amor que recebeu/
Mandato de captura ou de despejo?/
É uma ave estranha: colorida,/
Vai batendo como a própria vida,/
Um coração vermelho pelo ar./
E é a força sem fim de duas bocas,/
De duas bocas que se juntam, loucas!/
De inveja as gaivotas a gritar...
Alexandre O'Neill
in No Reino da Dinamarca
observacões são bem-vindas
2008-04-28
parabéns, Sr(a)
os parabéns são devidos para além de qualquer aniversário, pela oportuna, inteligente e bem disposta denúncia do abuso de confiança que muitas entidades promovem à custa de dados pessoais a que acederam para finalidade comerciais, profissionais ou institucionais
na sua crónica - como o texto não está em linha, vai para a caixa de comentários - de 22 de de Abril, são referenciados comportamentos já rotineiros de fornecedores, empregadores e outros puxa-sacos, que não se enxergam e atrevem-se mal-educadamente a endereçar "parabéns" aos seus eventuais clientes, colaboradores, associados ou quem quer que seja que algum dia tenha facultado, para outros fins, a respectiva data de nascimento
aos processos automáticos, acrescem verdadeiros figurões, entre os quais dirigentes analfabetos que nem sabem usar o computador mas mandam a secretária endereçar correio electrónico a dar os parabéns em cumprimento burocrático-religioso de tacanha ancestralidade administrativista
os praticantes de tais modalidades, as automáticas e as de puro exercício de hirarquia, acreditam que ficam bem vistos, é a única explicação para o investimento, geralmente sem proveito algum
e como em regra não levam resposta - ou nem a admitem, a caixa de correio electrónica é só de expedição - aqui fica por vingança, especialmente para todo o verdadeiro puxa-saco das mensagens de aniversário, o agradecimento que merecem: obrigado por nada !
observacões são bem-vindas
2008-04-24
por aqui, por ali e por aí
Berlusconi português, anda por aí
a dinâmica transalpina, o tour de force do bailinho da Madeira e a falta de candidaturas competentes para gerir o País, jametinhadito, animam o eterno enfant terrible a avançar para mais um combate político, pessoal, consigo próprio, contra ventos e marés, contra o lugar comum de não tentar voltar ao lugar onde foi ... infeliz !!!
só de quem sabe porque não fica em casa...
observacões são bem-vindas
2008-04-08
águas mil
por entre períodos de chuva, as andorinhas sobrevoam e volteiam, trocam olhares em geometrias de surpresa e alegria, de vida
já desde Fevereiro se não viam nos céus de Lisboa, a brincar...
pelo meio, um Março marçagão, de manhã Inverno, à tarde Verão
como sempre!!
as alterações climáticas - ? jametinhasdito! - são muito mais as mesmas do que se quer fazer crer
muitas alterações são mais do mesmo muito mais do que se quer fazer crer
mas deixemos isso, por ora, deixemos muito, deixemos quase tudo
é Abril
sempre!!!
observacões são bem-vindas
2008-03-31
revolução
desde que substituiu as suas altas funções de irmão de el comandante pelas de irmão de el ex-comandante, Raúl Castro tem feito uma revolução... por dia!
primeiro deu aos cidadãos cubanos a liberdade de comprar computadores
depois veio a liberdade de hospedagem em hotel
agora é a liberdade de usar telemóvel
a continuar a este vertiginoso ritmo, Cuba chegará em breve, talvez ainda na geração Castro - sim, eles jametinhamdito que estão para lavar e durar - à liberdade, igualdade fraternidade da revolução francesa de 1789, ou talvez mesmo à magna carta de 1215, quem sabe se à shengen de sair das cavernas que, na pré-história, constituiu assinalável liberdade!!
mais terra a terra, talvez a seguir sejam permitidos produtos de higiéne pessoal, jornais, rádios, televisões, incluindo a regularização dos já existentes "indirectos" (no Portugal da velha senhora chamavam-se clandestinos, certamente por mais razões que apenas outra terminologia), viajar, criar empresas, aprender e ensinar, sabe-se lá que mais, nem vale a pena tentar a hipótese de livre escolha cultural, religiosa, política... estar-se-ia talvez a exagerar... mas ao menos registe-se a caminhada (longa marcha?) para a chegada de tão ansiada liberalização de inúmeros bens de consumo
talvez os cépticos, como sempre, desvalorizem tais liberdades não apenas por serem a conta gotas mas por se confinarem à mera esfera patrimonial
atenção, porém...
com um computador, um cidadão fica livre de trabalhar, de arquivar informação, de a processar, de se viciar em jogatanas virtuais, enfim, um sem fim de liberdades
num hotel não será difícel imaginar exercícios de liberdades a bel recato de cada cidadão
por telemóvel chega a(lguma, bastante mesmo, quiçá demais) liberdade de comunicação
trata-se afinal de materialidades com imensas potencialidades imateriais, assim iniciando talvez a desmaterizalização histórica do socialismo cubano
e o que mais virá
se vier por bem!!!
observacões são bem-vindas