2008-05-31

reforçar o quê?

águas torrenciais, como as deste Inverno de Maio, correrão debaixo das pontes de tantos e tantos abalizados comentadores a propósito da feira do PPD/PSD e do seu recente frenesim eleitoral

ainda assim, algumas achegas espreitam ao Ditos e merecem umas poucas linhas

Manuela Ferreira Leite afirma que as "directas já" reforçaram o PSD

jametinhadito!

os candidatos repartiram equilibradamente os votos, trinta e picos por cento para cada, Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho e Pedro Santana Lopes

Patinha Antão, debilitado com apenas dois nomes, praticante de outra modalidade que entrou (ou não saiu, para referenciar, por contraposição, o gesto auto-misericordioso de Neto da Silva, outro descalço de terceiro nome) por equívoco em águas para que não tem escamas, nunca teve qualquer chance mas também não consegue causar pena, eles são mesmo assim uns para os outros, pelos que os cerca de zero por cento que averbou nem tão pouco constituem castigo, nada, nada vezes nada, mesmo

portanto, contas feitas, das directas ninguém se reforçou, nem o PSD

mas caso se possa interpretar como hipotética esperança de reforço o gesto inteligente de Pedro Passos Coelho, que se declarou sem reserva mental para colaborar com o Partido sob a nova liderança (o que poderia conduzir a unir dois terços do PSD em torno da nova Direcção, oxalá, ao menos para adiar um pouco novas peripécias internas pouco edificantes para a imagem dos partidos políticos e da própria democracia) a bem dizer o que é que se está afinal a reforçar? algo de positivo? é que se o saldo for negativo, o respectivo reforço pode redundar em mais negativo ainda

bom sinal não é...





observacões são bem-vindas

1 comentário:

Anónimo disse...

Como partido que é, o PSD honrou o nome, mas por excesso. Mostrou-se equilibradamente re-partido. É um facto que três terços perfazem a unidade em termos aritméticos, mas farão a união quando são pessoas que estão em jogo?
jmco