2013-10-15

a hora da voz


Ficção e fotografia ou... «Uma outra voz»!

Parabéns a Gabriela Ruivo Trindade e aos seus leitores!!

Jametinhamdito: Precisamos de outras vozes ;_)))


Nota: assim como em relação à obra da contista canadiana vencedora do Nobel de 2013, o ditos ainda não deitou o dente à outra voz escrita pela jovem psicóloga de Estremoz; a seu tempo... mas fica já nota de admiração pela dedicação, investimento e um grande amor ao que tem para nos contar, ao respeito pela memória de uma Família, de uma cidade e de um País em bolandas pelo mundo, como agora lhe acontece em terras britânicas, como outras e outros jovens valorosos que arregaçam as mangas e fazem o que há a fazer: dizer alto e bom som que há lugar para quem acredita e faz acreditar, que vale a pena lutar e passar a mensagem, que vale a pena Ser, intensamente!!!



Gabriela Ruivo Trindade numa foto publicada no Facebook

Nota2: o Ditos considera fundamental creditar devidamente o Autor, por enquanto desconhecido mas merecedor de pleno direito dos seus créditos pela foto publicada no jornal Público - ressalve-se, da legenda do Público, a infeliz expressão "retirada", desde logo revelando má consciência - a foto partilha-se, não se retira... 



observações são bem vindas obrigado ;_)))

a hora do vazio


«Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência, porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.»

jametinhadito Fernando Pessoa!

ora, sábio e sagaz, FP deduziu de ciência ou empiricamente a inexistência de romance instantâneo ou indolor e bem o exprimiu em verso à beira ensaio...

mas se o estático e descolorido ensombrado que empresta à virtude pode resultar em instantâneo e em dor, ainda há sobra de ânimo e taxonomia para a esperança de um romance ou tempo de brincar aos impossíveis?

e quanto ao ampliar do vazio, expressão do outro mundo que acorda este: há vários nadas e talvez o que não ilumina, inspira ou acalma seja outro que não a consciência da ausência de que falam Santo Agostinho ou Sophia, em grau diverso de aflição, e porventura a lei da subsistência - ou prevalência!! - da matéria sobre a forma (a que explica a água mole em pedra dura...) ou o deus do éter e de quem procura o quinto elemento possam deter a detenção, a poética abulia ou mesmo o risco sério de implosão!!!

;_)))  



observações são bem vindas obrigado ;_)))

2013-10-13

a hora do conto


Contista e canadiana, portanto mulher, Alice Munro esteve presente em anteriores listas de candidatos nobelizáveis, mas atentas as jametinhamditas características, o Prémio Nobel da Literatura em 2013 é triplamente inesperado!

Ao Canadá faltava este reconhecimento, raramente atribuído a contistas e poucas vezes a mulheres. Apenas 13 mulheres ganharam o Prémio Nobel da Literatura desde 1901. A última a merecer a distinção Nobel também mereceu uma breve nota aqui no Ditos: Herta Muller ;_)))

Oxalá ambas sejam mais lidas, também entre nós!!

Mas são os contos, enquanto género literário nem sempre bem considerado, os principais vencedores... e bem assim os seus leitores!!!

;_)))






observações são bem vindas, obrigado ;_)))