2010-02-28

abrigada





















pode não parecer, obrigada, mas é Natural !!!



;_)))



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2010-02-24

Madeeeeeeeiraaaaaa!


naturalmente, desde o início da Humanidade (como aliás é comum à generalidade das espécies!!) que o Homem explora, ocupa e habita locais de risco, sujeitando-se ao resultado desproporcionado de uma medição de forças com a natureza

na calamidade que a Madeira sofreu e cuja extensão se encontra ainda por determinar, verificamos precisamente o rolo compressor dos elementos naturais com efeitos devastadores e lamentáveis perdas de vidas e bens

é certo que a intensidade da presença e pressão humana sobre o território da Ilha da Madeira representa bem um expoente da temeridade, uma vez que basta olhar para o alto dos cerros e para os instáveis morros e precipícios, onde cada milímetro quadrado, quer dizer, cada milímetro cúbico de espaço é aproveitado para alguma utilidade humana, seja construções habitacionais ou instalações produtivas, vias de comunicação rasgadas nas íngremes vertentes ou nos profundos e extensos túneis que percorrem a Madeira

trata-se de uma luta permanete entre as necessidades do Homem e as condições do território, sendo o domínio dos riscos algo susceptível de consideração em grau variável, nem sempre respeitoso e prudente, nem sempre observando as boas regras técnicas e o estado da arte e do conhecimento, nem sempre seguindo os avisos que se oferecem

é também certo que o primeiro sentimento é a comoção, resultante da perplexidade perante a dimensão da tragédia que se abateu sobre o povo da Madeira, dimensão ainda maior que as sofridas por outros portugueses no continente e no mar ao longo deste rigoroso Inverno

em segundo lugar impõe-se a solidariedade e a pronta actuação, o que se tem verificado a nível nacional e local, multiplicando-se as expressões de apoio quer em alento quer em arregaçar de mangas quer em contribuição de muitas outras formas, incluindo os donativos monetários e organização de iniciativas e eventos com essa finalidade, afigurando-se que tanto em termos institucionais como em actos avulsos nos podemos orgulhar de uma reacção activa, imediata e generosa de todos - governantes incluídos

com efeito, autoridades várias intervieram de imediato, em acção coordenada, com o Primeiro Ministro e outros membros do Governo a deslocarem-se prontamente à Ilha da Madeira para articulação com o Governo Regional, seguindo o Presidente da República já hoje com a mesma intenção de todos os portugueses - ser madeirense!!! - e provavelmente encontrar outros vestígios para além dos de destruição: a reconstrução tem animado os espíritos e os braços de todos

são já visíveis os sinais de regresso, ainda que doloroso, à normalidade, à vida real, à restauração da beleza de que todos nos orgulhamos que é a Pérola do Atlântico

um jametinhasdito de ouro para os bravos madeirenses e para todos os portugueses e estrangeiros que se solidarizaram perante a manifestação excepcional da natureza, que a todos apanhou desprevenidos, embora seja responsabilidade de governantes e governados estar o menos desprevenidos possível - e da próxima vez, bem melhor preparados

uma das melhores ajudas é tratar de voltar a visitar a Madeira em próxima oportunidade e beneficiar da verdadeira pérola das pérolas, a magnífica hospitalidade madeirense

;_)))



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2010-02-22

Nobre


mais uma conversa, mais uma minhoca: domingo passado, Marcelo Rebelo de Sousa (who else?) analisou a candidatura de Fernando Nobre à Presidência da República e com a clarividência e o interesse político (-partidário/facção MRS) habituais, confirmou a óbvia ingenuidade da iniciativa em divisão da esquerda e favorecimento de Cavaco Silva

omitiu, porém, a hipótese mais relevante: o objectivo de Fernando Nobre pode bem ser (é a única utilidade da candidatura para quem a queira interpretar adulta e de boa fé) a preparação da disputa presidencial após Cavaco - momento em que Marcelo Rebelo de Sousa será uma vez mais potencial candidato concorrente

mas além da oportuna e só muito improvavelmente desleixada omissão, Marcelo Rebelo de Sousa analisou também o trajecto de Manuel Algre, aproveitando para desfazer tanto com habitualmente na primeira candidatura explícita, já que do implícito e nada explícito Cavaco Silva há muito nos habituámos a ter que gramar os tradicionais e hipócritas tabus

e no serviço à sua causa, o político-professor-comentador declarou que a candidatura de Manuel Alegre pecava por se ter colado ao Bloco de Esquerda, ao que Maria Flor Pedroso corrigiu, foi o BE que se colou a Manuel Alegre, e Marcelo repisou no molhado, mas então o candidato devia ter dito que não o apoiassem, e Flor intrigou-se, mas então é assim?, e Marcelo retumbou, pois claro, se quer que o apoiem tem que lhes dizer para não o apoiarem!

jametinhasdito, ó Marcelo!!

nem sei como se pode estranhar, provavelmente quase ninguém repara, é um mero pormenor, mas isto significa, com toda a naturalidade, que muitos aceitamos que se diga "apoio" para se exprimir que não se dá apoio e talvez alguns só compreendam assim

é para apoiar? tem que ir à TV dizer "não apoio"

quantas vezes afinal terão sido produzidas declarações de não apoio quando ouvimos "apoio"?

e quantas vezes vice-versa?

haverá chave para descodificar tão cifradas mensagens? dir-se-ia, ou melhor, jametinhamdito que esse nível de comunicação pode não ser acessível ao cidadão comum, Fernando Nobre incluído e, pelos vistos, também Manuel Alegre, para o efeito, parece um simples inocente, demasiadamente pessoa de bem...

na mesma linha, há dias, logo após a declaração do Padrão dos Descobrimentos, e tal como Carlos Encarnação, dirigente do PPD/PSD, António Pires de Lima, dirigente do CDS/PP, declarou a maior simpatia por Fernando Nobre, multiplicando-se convenientemente em exultados elogios à pessoa e obra do candidato, realçando no entanto que lhe faltava a hipocrisia indispensável ao exercício do cargo!!!

nem mais - triplo jametinhasditos presidencial ... :(





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2010-02-16

terça-feira

pois o Entrudo é rei da folia e animação mas também da expiação, viva o galo, morte ao galo, portogallo, oxalá haja sempre um mau da fita a nosso alcance, mas antes de matar o galo há tempo festivo de todas as feiras e lugares, recônditos da alma, máscaras de desmascarar o ano inteiro ou de uma vez, e porque não de julgar o galo culpado de toda a injustiça, do que nos assusta, do temos e não queremos, do que queremos e não temos, porque a brincar se fala verdade e por vezes só assim, já agora que seja em festa e por três dias que esta vida são apenas dois e o de hoje passou já de meio... carpe diem!



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