2005-03-22

xeque ao ditador

o actual campeão mundial de xadrez, Garry Kimovich Kasparov, nasceu em 1963, em Baku, Azerbeijão, na então União das Repúblicas Soviéticas Socialistas

chamava-se Garry Weinstein, aprendeu a jogar xadrez aos quatro anos, aos sete perdeu o pai num acidente de viação e ficou com o nome da mãe, Kasparian, sovietizado para Kasparov

jovem genial, aos dez anos entrou para uma escola de elite, de Botvinnik, antigo campeão do mundo, aos doze anos venceu o campeonato de juniores da URSS, aos dezasseis foi campeão mundial de júniores, aos dezassete conquistou o título de Grande Mestre, aos vinte e dois tornou-se o mais jovem campeão do mundo, aos quarenta e um anos culminou a sua carreira de xadrezista precoce com ... a reforma ! ! !

no início deste mês, venceu (pela nona vez...) um dos mais fortes torneios do mundo, já clássico, realizado em Linares, em Espanha e anunciou que se retira do xadrez enquanto jogador profissional, cada vez mais dedicado à política, integrando um notável grupo de liberais opositores ao Presidente Putin

ao jogar o lance de mudança de actividade principal, Kasaparov jametinhadito que “todos não somos demais para afastar o ditador”, xeque !!!


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2005-03-20

Ramos ao Domingo

ao aparecer à janela, perante os fiéis, acenando um ramo de oliveira, João Paulo II janostinhadito que a prece, a esperança e a paz podem oferecer à humanidade o bem precioso de uma vida sã, digna e solidária, por que vale a pena lutar ainda que em circunstâncias difíceis como a delicada saúde do Papa

para o cristãos, hoje finda a Quaresma e começa a Semana Santa, Jesus Cristo chegou a Jerusalém

no próximo Domingo, em plena lua cheia, a primeira após o equinócio da Primavera, celebra-se o mistério da ressurreição, é o Domingo de Páscoa

esta forma de agendar a Páscoa foi oficializada no ano 325 depois de Cristo, no Concílio ecuménico convocado pelo Imperador Romano Constantino e realizado em Niceia, no antigo reino da Bitínia, então pertencente a Bizancio, que integrava o Império Romano e entretanto foi conquistado pela Turquia

a religião cristã quis assim assimilar, como noutras datas e celebrações, os ritos, cultos e cerimoniais pagãos ligados à Primavera, ao reabrir e renascimento da vida, afinal um ciclo natural que muitas comunidades humanas se dedicaram a assinalar e celebrar

ainda hoje, o cerimonial da Páscoa celebra-se com folar, bola ou pão-de-ló, amêndoas e ovos, sinal ou voto de vida, alimento e abundância, o que os ramos também sinalizam

também na religião judaica a Páscoa é celebrada com pão, ázimo, sem fermento, mas sempre alimento

os povos do mundo inteiro precisam hoje de alimento, tanto físico como espiritual – e é admirável o esforço, o alento e o significado ecuménico do gesto de João Paulo II, acenando mais do que uma fé, um rebate de esperança para a necessidade de renascimento da fraternidade humana, em todas as comunidades e religiões

longa vida ao ânimo e fé de João Paulo II


créditos: Domingo de Ramos, publico-online
Pela primeira vez em 26 anos de Pontificado, João Paulo II não presidiu à missa do Domingo de Ramos. Em silêncio, no final da oração do Angelus, o Papa abençoou com um ramo de oliveira, a partir da janela do seu quarto, os milhares de fiéis que o aguardavam na Praça de São Pedro, no Vaticano. (Foto: Pier Paolo Cito/EPA)



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2005-03-18

geraçao delirante

o novo Diário de Notícias, a páginas 9, dita “Geração de 70”, ao bordão da Geração de 70, tem hoje, 18 de Março de 2005, os comentários de João Miguel Tavares aos comentários de Pacheco Pereira sobre “Rostos do comentário não mudam há 20 anos”, artigo há dias em que no DN se comentava a relação entre os comentadores e os media

tanto comentário e comentador só pode ser naco para o Ditos, arriscando a actualidade

o jovem comentador de 70 desanca em Pacheco, acusado de tudo e mais alguma coisa, de estudar o comunismo, de ter opiniões, de observar os astros, de ler Chomsky, de divulgar pinturas, de publicar um blog, e por fim, de estar com visões a propósito da eventual tentação de manipulação dos órgãos de comunicação social por parte da nova equipa governamental

à partida, há que dar razão à juventude: faz lá algum sentido imaginar que o poder tentará manipular a comunicação social ...

é que nem há memória disso e então no actual Diário de Notícias nada pode autorizar tal delírio – qualificativo usado na peça para a miragem que afluiu a Pacheco Pereira – e nem é bom lembrar as recentes atribulações deste periódico, a bem dizer por se bater bravamente contra estranhas nomeações da cor do governo do momento ...

mas o jametinhasdito vai para a sanção (!) determinada pelo ... acusador, nada mais nada menos que – qual dono do jornal – arranjar-lhe “um lugarzito aqui no Diário de Notícias”, certamente em castigo de tal crime e para martirizar Pacheco Pereira ! ! !


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2005-03-17

silabário chave

porque jametinhamdito que a leitura é a chave do acesso a todo o outro saber, as psicólogas educacionais Paula Teles e Leonor Machado conceberam o método distema e editaram "Silabário", para as crianças disléxicas aprenderem a ler

com um sentido alerta para o carácter decisivo da intervenção precoce, as Autoras afirmam : "a linguagem oral faz parte do nosso património genético, mas a leitura e a escrita são uma invenção, têm que ser ensinadas" !

e, pode acrescentar-se, o ser humano, menor dotado de instintos, precisa de aprender para sobreviver

a leitura é a melhor fisioterapia para se aprender a ler, sobremaneira no caso das crianças com dislexia, hoje definida como incapacidade do foro neurológico, susceptível de superação e recuperação, com técnicas apropriadas

serviço público, portanto


pelo meio, umas ferroadas no "método global" adoptado em Portugal após 1974 e, ao contrário de outros países, ainda hoje persistente em muitas das nossas escolas

daí a falta de preparação de gerações inteiras que interiorizaram a péssima ortografia, a aversão à leitura, à escrita e ... pior, à capacidade de aprender

convivem melhor com o "slide", duas palavras se não puder ser uma só, um diagrama, umas setas, novo "slide" - já não é sequer "acetato" ...



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2005-03-13

noite de Reis

Zé Reis, índio da Meia-Praia, foi encontrado morto na esquadra de Lagos, na madrugada de 6 de Março

a autópsia saiu logo e de pronto confirmou a versão que a polícia jametinhadito: suicídio por enforcamento, as calças de ganga enroladas ao pescoço ...

pois custa a crer como é que não há advogados nas esquadras

mais depressa a ex-sede da PIDE, na Rua António Maria Cardoso, em Lisboa, transforma em luxo o condomínio de memórias das barbaridades, torturas e mortes, algumas disfarçadas de suicídios dos detidos

Zeca Afonso cantava a gota rubra na calçada em tempos que importa lembrar, contra o esquecimento, o branqueamento, o apagamento ...

cantava também contra o apagamento da nobreza dos índios da Meia-Praia

mas resta viva uma enorme pobreza !?


José Afonso

Aldeia da Meia Praia
Ali mesmo ao pé de Lagos
Vou fazer-te uma cantiga
Da melhor que sei e faço

De Montegordo vieram
Alguns por seu próprio pé
Um chegou de bicicleta
Outro foi de marcha à ré

Quando os teus olhos tropeçam
No voo de uma gaivota
Em vez de peixe vê peças de oiro
Caindo na lota

Quem aqui vier morar
Não traga mesa nem cama
Com sete palmos de terra
Se constrói uma cabana

Tu trabalhas todo o ano
Na lota deixam-te nudo
Chupam-te até ao tutano
Levam-te o couro cabeludo

Quem dera que a gente tenha
De Agostinho a valentia
Para alimentar a sanha
De enganar a burguesia

Adeus disse a Montegordo
Nada o prende ao mal passado
Mas nada o prende ao presente
Se só ele é o enganado

Oito mil horas contadas
Laboraram a preceito
Até que veio o primeiro
Documento autenticado

Eram mulheres e crianças
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
quem diz o contrário é tolo

E se a má língua não cessa
Eu daqui vivo não saia
Pois nada apaga a nobreza
Dos índios da Meia-Praia

Foi sempre tua figura
Tubarão de mil aparas
Deixas tudo à dependura
Quando na presa reparas

Das eleições acabadas
Do resultado previsto
Saiu o que tendes visto
Muitas obras embargadas

Mas não por vontade própria
Porque a luta continua
Pois é dele a sua história
E o povo saiu à rua

Mandadores de alta finança
Fazem tudo andar para trás
Dizem que o mundo só anda
Tendo à frente um capataz

Eram mulheres e crianças
Cada um com o seu tijolo
Isto aqui era uma orquestra
Que diz o contrário é tolo

E toca de papelada
No vaivém dos ministérios
Mas hão-de fugir aos berros
Inda a banda vai na estrada


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Marias parlamentares

questionada sobre a escassez de mulheres no Governo, Matilde Sousa Franco jametinhadito que no Parlamento são muitas

mas nem são: foram eleitos 230 deputados, dos quais 53 são mulheres, contas feitas dá cerca de 23 %

talvez a quota aumente com a chamada de alguns deputados ao Governo, com as subsequentes substituições que talvez incluam mais algumas mulheres, actualmente na lista de suplentes

para já, há 42 Marias, 39 mulheres e 3 homens, eh eh


vai a lista de parlamentares eleitos:


Abílio André Brandão de Almeida Teixeira PSD
Abílio Miguel Joaquim Dias Fernandes PCP
Adão José Fonseca Silva PSD
Agostinho Correia Branquinho PSD
Agostinho Nuno de Azevedo Ferreira Lopes PCP
Alberto Arons Braga de Carvalho PS
Alberto Bernardes Costa PS
Alberto de Sousa Martins PS
Alberto Marques Antunes PS
Alda Maria Gonçalves Pereira Macedo BE
Aldemira Maria Cabanita do Nascimento Brito Pinho PS
Álvaro António Magalhães Ferrão de Castello-Branco CDS-PP
Ana Isabel Drago Lobato BE
Ana Maria Ribeiro Gomes do Couto PS
Ana Maria Sequeira Mendes Pires Manso PSD
Ana Paula Mendes Vitorino PS
Ana Zita Barbas Marvão Alves Gomes PSD
António Alfredo Delgado da Silva Preto PSD
António Alves Marques Júnior PS
António Bento da Silva Galamba PS
António de Magalhães Pires de Lima CDS-PP
António Fernandes da Silva Braga PS
António Filipe Gaião Rodrigues PCP
António Joaquim Almeida Henriques PSD
António José Ceia da Silva PS
António José Martins Seguro PS
António Manuel de Carvalho Fereira Vitorino PS
António Ramos Preto PS
Armando França Rodrigues Alves PS
Arménio dos Santos PSD
Artur Jorge da Silva Machado PCP
Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho PS
Ascenso Luís Seixas Simões PS
Augusto Ernesto Santos Silva PS
Bernardino José Torrão Soares PCP
Bruno Jorge Viegas Vitorino PSD
Bruno Miguel Pedrosa Ventura PSD
Carlos Alberto Garcia Poço PSD
Carlos Alberto Pinto PSD
Carlos António Páscoa Gonçalves PSD
Carlos Cardoso Lage PS
Carlos Jorge Martins Pereira PSD
Carlos Manuel de Andrade Miranda PSD
Carlos Parente Antunes PSD
Cláudia Isabel Patrício do Couto Vieira PS
Daniel Jorge Martins Fangueiro PSD
Daniel Miguel Rebelo PSD
Delmar Ramiro Palas PSD
Deolinda Isabel da Costa Coutinho PS
Domingos Duarte Lima PSD
Duarte Rogério Matos Ventura Pacheco PSD
Eduardo Arménio do Nascimento Cabrita PS
Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues PS
Elísio da Costa Amorim PS
Emídio Guerreiro PSD
Eugénio Fernando de Sá Cerqueira Marinho PSD
Fernanda Maria Pereira Asseiceira PS
Fernando dos Santos Cabral PS
Fernando José Mendes Rosas BE
Fernando Manuel dos Santos Gomes PS
Fernando Pereira Serrasqueiro PS
Fernando Ribeiro Moniz PS
Fernando Santos Pereira PSD
Filipe Miguel da Cruz e Queiróz Nascimento PSD
Francisco Anacleto Louçã BE
Francisco José de Almeida Lopes PCP
Francisco Miguel Baudoin Madeira Lopes PEV
Gonçalo Dinis Quaresma Sousa Capitão PSD
Gonçalo Nuno Mendonça Perestrelo dos Santos PSD
Guilherme Henrique Valente Rodrigues da Silva PSD
Guilherme Valdemar Pereira de Oliveira Martins PS
Helena Maria Andrade Cardoso Machado de Oliveira PSD
Helena Maria Moura Pinto BE
Heloísa Augusta Baião de Brito Apolónia PEV
Henrique António de Oliveira Troncho PS
Horácio André Antunes PS
Hugo José Teixeira Velosa PSD
Humberto Delgado Ubach Chaves Rosa PS
Idália Maria Marques Salvador Serrão de Menezes Moniz PS
Isabel Maria de Sousa Gonçalves dos Santos CDS-PP
Isabel Maria Pinto Nunes Jorge PS
Jacinto Serrão de Freitas PS
Jaime Carlos Marta Soares PSD
Jaime José Matos da Gama PS
Jerónimo Carvalho de Sousa PCP
João Barroso Soares PS
João Bosco Soares Mota Amaral PSD
João Cardona Gomes Cravinho PS
João Guilherme Nobre Prata Fragoso Rebelo CDS-PP
João José Tita Maurício Melo Nunes CDS-PP
João Miguel de Melo Santos Taborda Serrano PS
João Miguel Trancoso Vaz Teixeira Lopes BE
João Nuno Lacerda Teixeira de Melo CDS-PP
João Raúl Moura Portugal PS
João Rodrigo Pinho de Almeida CDS-PP
Joaquim Augusto Nunes de Pina Moura PS
Joaquim Barbosa Ferreira Couto PS
Joaquim Virgílio Leite Almeida da Costa PSD
Joel Eduardo Neves Hasse Ferreira PS
Jorge José Varanda Pereira PSD
Jorge Lacão Costa PS
Jorge Manuel Capela Gonçalves Fão PS
Jorge Manuel Gouveia Strecht Ribeiro PS
Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho PS
Jorge Tadeu Correia Franco Morgado PSD
José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro PS
José Alberto Rebelo dos Reis Lamego PS
José António Fonseca Vieira da Silva PS
José António Freire Antunes PSD
José Apolinário Nunes Portada PS
José Augusto Clemente de Carvalho PS
José Batista Mestre Soeiro PCP
José Carlos Correia Mota de Andrade PS
José Carlos das Dores Zorrinho PS
José Eduardo Vera Cruz Jardim PS
José Honório Faria Gonçalves Novo PCP
José Manuel de Matos Correia PSD
José Manuel Ferreira Nunes Ribeiro PSD
José Manuel Lello Ribeiro de Almeida PS
José Manuel Marques de Matos Rosa PSD
José Manuel Pereira da Costa PSD
José Manuel Santos de Magalhães PS
José Mendes Bota PSD
José Miguel Abreu de Figueiredo Medeiros PS
José Miguel Nunes Anacoreta Correia CDS-PP
José Raul Guerreiro Mendes dos Santos PSD
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa PS
Jovita de Fátima Romano Ladeira PS
Júlio Francisco Miranda Calha PS
Júlio Manuel da Silva Magalhães e Vasconcelos CDS-PP
Laurentino José Monteiro Castro Dias PS
Leonor Coutinho Pereira dos Santos PS
Luís Afonso Cerqueira Natividade Candal PS
Luís Álvaro Barbosa de Campos Ferreira PSD
Luis António Pita Ameixa PS
Luís Emídio Lopes Mateus Fazenda BE
Luís Filipe Alexandre Rodrigues PSD
Luís Filipe Carloto Marques PSD
Luís Filipe Marques Amado PS
Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves PSD
Luís Garcia Braga da Cruz PS
Luis Manuel de Carvalho Carito PS
Luís Manuel Gonçalves Marques Mendes PSD
Luís Maria de Barros Serra Marques Guedes PSD
Luís Miguel Morgado Laranjeiro PS
Luis Pedro Russo da Mota Soares CDS-PP
Luisa Maria Neves Salgueiro PS
Luiz Manuel Fagundes Duarte PS
Manuel Alegre de Melo Duarte PS
Manuel António Gomes de Almeida de Pinho PS
Manuel da Conceição Pereira CDS-PP
Manuel Filipe Correia de Jesus PSD
Manuel Francisco Pizarro de Sampaio e Castro PS
Manuel Joaquim Dias Loureiro PSD
Manuel Joaquim dos Santos Ferreira PSD
Manuel Luís Gomes Vaz PS
Manuel Maria Ferreira Carrilho PS
Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira PS
Manuel Ricardo Dias dos Santos Fonseca de Almeida PSD
Marcos da Cunha e Lorena Perestrello de Vasconcelos PS
Maria Antónia Moreno Areias de Almeida Santos PS
Maria Celeste Lopes da Silva Correia PS
Maria Cristina Vicente Pires Granada PS
Maria Custódia Barbosa Fernandes Costa PS
Maria de Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina PS
Maria de Lurdes Ruivo PS
Maria do Rosário Lopes Amaro da Costa da Luz Carneiro PS
Maria Germana Sousa Rocha Pimentel Rosete PSD
Maria Helena Terra de Oliveira Ferreira Dinis PS
Maria Irene Martins Baptista Silva PSD
Maria Isabel Coelho Santos PS
Maria Isabel da Silva Pires de Lima PS
Maria Jesuína Carrilho Bernardo PS
Maria João Vaz Osório Rodrigues da Fonseca PSD
Maria José Guerra Gamboa Campos PS
Maria Júlia Gomes Henriques Caré PS
Maria Luísa Raimundo Mesquita PCP
Maria Manuela de Macedo Pinho e Melo PS
Maria Natália Guterres V. Carrascalão da Conceição Antunes PSD
Maria Odete da Conceição João PS
Maria Odete dos Santos PCP
Maria Ofélia Fernandes dos Santos Moleiro PSD
Maria Teresa Alegre de Melo Portugal PS
Maria Teresa Filipe de Moraes Sarmento Diniz PS
Mariana Rosa Aiveca Ferreira BE
Mário Rui Figueira Campos Fontemanha PSD
Matilde Sousa Franco PS
Maximiano Alberto Rodrigues Martins PS
Melchior Ribeiro Pereira Moreira PSD
Miguel Bernardo Ginestal Machado Monteiro Albuquerque PS
Miguel Fernando Alves Ramos Coleta PSD
Miguel Fernando Cassola de Miranda Relvas PSD
Miguel João Pisoeiro de Freitas PS
Miguel Jorge Pignatelli de Ataíde Queiroz PSD
Miguel Jorge Reis Antunes Frasquilho PSD
Miguel Tiago Crispim Rosado PCP
Nelson Madeira Baltazar PS
Nuno Maria de Figueiredo Cabral da Câmara Pereira PSD
Osvaldo Alberto Rosário Sarmento e Castro PS
Paula Cristina Barros Teixeira Santos PS
Paula Cristina Ferreira Guimarães Duarte PS
Paulo Alexandre Homem de Oliveira Fonseca PS
Paulo Jorge Frazão Batista dos Santos PSD
Paulo Manuel Matos Soares PSD
Paulo Miguel da Silva Santos PSD
Pedro Dias de Sousa Pestana Bastos CDS-PP
Pedro Manuel Farmhouse Simões Alberto PS
Pedro Nuno de Oliveira Santos PS
Pedro Quartin Graça Simão José PSD
Renato Luís de Araújo Forte Sampaio PS
Renato Luís Pereira Leal PS
Ricardo Jorge Olímpio Martins PSD
Ricardo Manuel Amaral Rodrigues PS
Rosa Maria da Silva Bastos da Horta Albernaz PS
Rosalina Maria Barbosa Martins PS
Rui António Ferreira da Cunha PS
Rui David Fernandes Morais PSD
Rui do Nascimento Rabaça Vieira PS
Sandra Marisa dos Santos Martins Catarino Costa PS
Sérgio André da Costa Vieira PSD
Sérgio Lipari Garcia Pinto PSD
Susana de Fátima Carvalho Amador PS
Teresa Maria Neto Venda PS
Valter Victorino Lemos PS
Vasco Manuel Henriques Cunha PSD
Victor do Couto Cruz PSD
Victor Manuel Bento Baptista PS
Vitalino José Ferreira Prova Canas PS
Vitor Manuel Sampaio Caetano Ramalho PS
Zita Maria de Seabra Roseiro PSD



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2005-03-10

fiel e bando


para compensar, a Ditosa de Março trouxe a Família em bando e um Fiel Amigo que se acautela...

é claro que o Renato Monteiro este mês não pode concorrer, que se saiba ainda não há atestados dispensadores das artes fotográficas ou do mar ! ! ! Posted by Hello

2005-03-08

dia especial da eleitora


dia especial da eleitora Posted by Hello



vemos hoje, 8 de Março de 2005, poucas mulheres nos Parlamentos, menos nos Governos, raramente na Direcção das empresas

é verdade que (já) (só) não é legalmente proibido propor, eleger ou nomear mulheres para cargos e funções de elevada responsabilidade

mas a amiga Jão jametinhadito “Porque é q AINDA – e por muito tempo, snif! – faz todo o sentido a existência deste dia” ...

o país especial

João Cidade nasceu e faleceu a 8 de Março, em Montemor-o-Novo, hoje Cidade

foi trabalhar para Espanha e notabilizou-se em Granada, pelo serviço abnegado aos desvalidos e loucos

fundou os Irmãos Hospitaleiros, demonstrando que a solidariedade começa pela fraternidade

e foi santificado pelos seus milagres, altruísmo e opção por uma vida extremamente dura para amenizar a também extrema dureza de muitas vidas

participou na construção da muralha de Ceuta e de lá veio uma pedra hoje utilizada, coincidindo com a efeméride, para a fundação da Casa e Oficinas da Comunidade Sócio-Terapêutica João Cidade

a presença de quem assistiu à bela cerimónia (desenrolada em oferendas de sal, pão - para que as pessoas se reunam em volta da mesa, dois candelabros - para iluminar a Casa, bem como uma romãzeira, uma bétula, um cedro-pomba, logo plantadas e regadas a preceito) não foi agradecida porque todos estavam a edificar a sua Casa

quem nela residir, trabalhar e percorrer o seu projecto de vida e de inserção social, verá certamente gratificadas as vontades reunidas para a concretização de um projecto dedicado a pessoas especiais, por vezes sobrevivendo em condições extremas

a dignificação da vida própria e alheia é a melhor forma de existir e - como e jametinhadito a canção de Mercedes Soza - honrar a vida






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estrada sinistra

o Forum Mulher, onde todos podemos falar, perguntava hoje a que razões se poderá atribuir a diminuição, em cerca de 17%, do número de vítimas mortais nas estradas portuguesas, entre 2003 e 2004

só por si, a pergunta contém algumas respostas preocupantes

é que não se sabem as razões

de facto, desconhecem-se as causas dos acidentes rodoviários

e quando se conhecem, tardam ou não chegam as conclusões

uns culpam tudo e todos, outros os condutores, outros a falta de educação e civismo, outros a falta de visão ou de visibilidade, muitos culpam o excesso de velocidade, as manobras perigosas, a má qualidade das estradas, a má sinalização, o mau tempo, o azar, todos cheios de razão

e continuamos sem saber porquê

falta o estudo imediato e sistemático das causas de cada acidente, com resultados públicos, identificando os indícios, as causas prováveis, as circunstâncias relevantes

no IP 4 aumentou o número de acidentes e mortos no mesmo período

são os condutores ? o civismo travou no IP 4 ? a educação escolar ultrapassou o IP 4 a grande velocidade ?

sabe-se que o tráfego aumentou e é muito superior aos pressupostos na concepção do projecto

terá separadores centrais ? curvas suaves e abertas ? declives moderados ? inclinações laterais em função das leis da inércia ? parte importante da sinalização está nos sucateiros de alumínio ?

um senhor do Governo abriu o Forum e jametinhadito bla bla bla bla, é prova da aposta certa do Governo (?) na educação (??), no reforço das multas e (???) na fiscalização

um palpite: a proliferação de rotundas, desde que sinalizadas, contribuem para menos acidentes e menos graves - evitam ou diminuem as situações de choque frontal, frequentes nos cruzamentos

outro, talvez mais significativo quanto à redução da gravidade dos danos: os automóveis estão cada vez mais seguros !

mas continuam a ser perigosos e o perigo que representam continua a ser desconsiderado - é hoje fácil instalar, de fábrica, tacógrafos em todos os veículos

uma espécie de caixa negra do automóvel, encarregando cada um da sua própria fiscalização, preventivamente mas também para apuramento tão inequívoco quanto possível de responsabilidades

contra o consumo desenfreado de combustível

contra a caça à multa que continua a entreter uns quantos à custa da vida muitos

contra o abuso imoderado da velocidade - apenas sujeito a controlo em situações de extrema singularidade: envergonhada e cobardemente, com os agentes escondidos ou dissimulados; quando não haja outros veículos em circulação para evitar a margem de erro; em locais propícios, como longas estradas sem trânsito; ou seja, o controlo acaba por ser feito quase só nas situações menos perigosas

esquecendo o controlo nos locais onde o perigo acontece e se desenlaça em acidente

mas está fora do alcance imediato !

quem iria impor o uso generalizado de tacógrafos, a fiscalização preventiva e pedagógica, a formação precoce, a educação para a acalmia do tráfego, a identificação dos responsáveis pela concepção, manutenção, monitorização e sinalização das vias, a alteração das técnicas e dos materiais da sinalização, a expertize dos técnicos envolvidos ? ? ?





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2005-03-04

mão livre

o Juiz Conselheiro José Moura Nunes da Cruz foi eleito Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, após falecimento do anterior titular, Aragão Seia

no primeiro uso dos dois votos de diferença que lhe conferiram o lugar, em detrimento de Noronha da Costa, jametinhaprometido mão firme para o sector da Justiça em Portugal, a começar pelos Juizes e incluindo Governos ineptos, Advogados complicativos e todos os intervenientes em geral responsáveis pelos atrasos conhecidos que perduram há séculos

ora, se a autocrítica é benvinda e a responsabilização de quantos ganham a vida no sector da Justiça é um imperativo ético, certo é que a excessiva generalização corre o risco de deixar tudo na mesma

é até ridículo afirmar-se que ... até os Juizes devem ser responsáveis ! ! !

de acordo quanto à reivindicação de meios e limites à sobrecarga dos Juizes e Tribunais – mas de nada vale haver tais meios e limites se não forem adequadamente administrados, sendo que a lógica de um Tribunal por concelho redunda em escassez de meios em muitos casos e redundância em muitos outros

impõe-se a modernização e simplificação do funcionamento da Justiça: as decisões deveriam ser tomadas de imediato após alegações, defesa e provas; a sentença laboriosamente fundamentada pode ser produzida apenas quando tal se afigure indispensável, como em caso de recurso, evitando-se tais delongas no momento em que é preciso decidir o caso

no essencial, o problema fundamental da inércia do sector reside numa mais do que identificada obsolescência do sistema administrativo da organização judiciária, que remonta a Napoleão e à inspiração na orgânica francesa de então, acrescendo talvez um processualismo excessivo e doentio que se sobrepõe à substância com que se realiza a Justiça: a verdade em tempo útil !

e um pendor corporativista fervoroso: senão vejamos, a quarta figura do Estado, o Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, é eleito ... por alguns Juizes, os do Supremo Tribunal

falta um mínimo de legitimidade democrática, com significativo défice de propostas fundamentadas para a acção do titular à frente do Supremo Tribunal

os Juizes e o respectivo representante máximo deveriam dar o primeiro passo para a transformação do sector da Justiça, para evoluir de mão firme a mão livre



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