2006-01-09

Notícias em mudança

à jornal, seria: DN aumenta

ou então: DN encolhe

mas efim, a ética rebloguicana exige outro comportamento: o DN mudou

aumentou de preço, encolheu o tamanho, alterou o grafismo, a aparência, a estética, a organização e o aprofundamento da informação, adoptou um subtítulo (eh lecas, o Diário de Portugal, nada menos) e renovou o contrato com os leitores

digamos que fica água na boca para a nova revista de sexta-feira, bem como para a NS e a NM (sábado e domingo) e para o site (www.dn.pt)

as mudanças vêm muito bem explicadas num encarte específico do jornal de hoje, 9 de Janeiro de 2006, bem elaborado com as setas indicativas do sentido e objectivos das mudanças, centrado em duas ideias chave – o leitor e a utilidade – adequadamente desenvolvidas e complementadas por conceitos típicos da comunicação social (credibilidade, distanciamento crítico dos poderes) e da gestão empresarial – rigor, fidelidade, exigência

o dito caderninho desenvolve mesmo o editorial do próprio jornal e acrescenta valor com sintéticos mas suculentos apontamentos de currículum vitae dos profissionais do DN e com depoimentos de personalidades da política, da cultura, da sociedade, da ciência, da economia, do empresariado, os mais deles encomiásticos mas alguns menos ou nada - v.g., curiosamente, o de Paulo Azevedo, dono do concorrente Público, que declara simplesmente que não tem hábito de ler o DN

mais uma prova de isenção de António José Teixeira, preconizando-se que continue profissionalmente em Altitude e a fazer jus aos pergaminhos do saudoso Diário de Lisboa

este post já vai longo mas ainda a tempo de comparar com a mudança anunciada na revista do Expresso, com um prévio editorial a desancar nas rubricas a eliminar na edição seguinte – lamentável, mas eficaz para quem preza a vindicta e esquece o leitor, entendido como massa abstracta, pagante e adquirida

o Ditos ainda não pode comprovar o alcance real das mudanças do Expresso, pelo que continua de quarentena como desde o ínvio afastamento de João Carreira Bom – e qual foi o crime ? porque jametinhadito umas verdades sobre a SIC que custaram a ouvir ao proprietário do ... Expresso!

agora mudou o Director que fez o frete, oxalá a nova equipa tenha a hombridade de homenagear ou ao menos fazer justiça a João Carreira Bom

e por falar em justiça, em hombridade e em jornalista, fica também aqui a devida vénia a Cáceres Monteiro, repórter inteiro que nos deixou e que deixa saudade, vai para treze anos depois de lhe ter visto o entusiasmo e a temperança no lançamento da hoje consagrada Visão




observacoes sao bem vindas

1 comentário:

Anónimo disse...

saudoso diário de lisboa?

qual?