2008-05-14

é Natal, é Natal

quando um homem quiser, certo?

ou mulher!

Paula Teixeira da Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, fez publicar recentemente os anúncios públicos da praxe respeitantes ao 4º aditamento à convocatória da Sessão Ordinária iniciada a 22 de Abril de 2008, continuada a 29 e agendada novamente para 13 de Maio - ontem! - com a finalidade de apreciar e, certamente, "Aprovar a isenção de Taxas para as licenças municipais do Concurso Público para execução de trabalhos de concepção, como procedimento a adoptar com vista à selecção do melhor projecto de iluminação e animação da cidade de Lisboa no Natal de 2008, nos termos da proposta, ao abrigo da alínea e) do nº 2 do art.º 53º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro."

prevenida e atempadamente, a autarquia está, pois, e com as mui auguradas isenções, a tratar das festas do Natal que a passos largos se aproxima

sim, que já a feira do livro está aí a "rebentar", dentro em pouco marcham as festas populares, e seguem-se comemorações várias, mai-los tão bem administrados futebóis, de que nunca estamos de todo isentos, e após as subsequentes férias mais ou menos grandes entramos praticamente na Quadra Festiva Natalícia, que em termos de comércio e iluminação pública vai de antes do São Martinho - ou mesmo desde antes do 5 de Outubro, na versão santânica - até depois dos Reis

e se o primaveril fervor natalício já merecia um valente jametinhasdito, que dizer da notícia de um subsistente abraço e felicitações para 2007 ?



observacões são bem-vindas

6 comentários:

argumentonio disse...

apenas in rei memmoriam, eis transcrição completa da totalidade do conteúdo da secção de "notícias" da página da AML na internet, disponível no dia 14 de Maio de 2008:

PÁGINA INICIAL NOTÍCIAS
Mensagem da Presidente da AML
09-Jan-2007
A cada um desejamos um Feliz Ano de 2007 e formulamos votos de plena realização.

Continuaremos a contar com Lisboa e com os Lisboetas para aprofundar este espaço de Cidadania, naquela que se quer a casa do Cidadão e convidamos à participação neste espaço de intervenção.

Com um abraço da

Paula Teixeira da Cruz

Anónimo disse...

a propósito da feira do livro: e não é que "rebentou" ?

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1328766&idCanal=14

Anónimo disse...

Realmente o que se lê é que existem sérias probabilidades de a Feira do Livro de Lisboa não se realizar este ano. Portanto: António Costa -0 - Rui Rio -1, já que no Porto haverá a tradicional feira, com os descontos habituais e consequente aumento de vendas.
Quanto às iluminações natalícias, também já consta que vamos ter mecenato a cem por cento, ficando portanto as referidas iluminações a custo zero para a Câmara. Talvez por isso tenha havido necessidade de fazer aprovar oficialmente isenção de taxas e outras coisas do género tão atempadamente.
No que concerne o erro de data da PTCruz, isso sucede aos melhores. Recordo-me de uma vez ter encontrado uma amiga debulhada em lágrimas por causa de um erro que ela tinha cometido: ao dar ordem para publicação de um determinado livro com título em português e em espanhol não reparou - ela que tinha revisto toda a obra menos a capa - que a dispendiosa edição tinha no título espanhol "el mar" quando, na realidade, deveria estar "la mar". Só não erra quem não faz as coisas e, admita-se, no princípio de um novo ano, ainda há muita gente que escreve a seguir a 6 de Janeiro o número do ano anterior. Acho francamente, António, que não é razão para fazer chacota. E se sim, porquê só em meados de Maio?

argumentonio disse...

sobre os primeiros comentários, tão bem vindos como sempre, talvez valha a pena reflectir um pouco mais: a feira do livro em Lisboa de há muito carrega tensões, desde logo por o local ser fantástico para inúmeros fins mas nem tanto assim para ver livros, pois está sujeito a adversidades como a inclinação, a distância entre as alas do Parque e as condições climatéricas, já que o vento, o sol, a chuva, a temperatura de Junho podem não ser as mais confortáveis para o efeito

por outro lado, sempre se manifestaram, nem sempre cordatamente, as divergências de interesses entre editores, entre livreiros e entre editores e livreiros

sendo antigos tais conflitos, a ansiada mas ainda não garantida edição de 2008 poderá não beneficiar muito com as exigências de última hora e não clarificadas no momento próprio no acto de atribuição da responsabilidade da organização

de todo o modo, deverá de futuro haver modificações, talvez não tão drásticas como as que o público e a cidade de Lisboa merecem

inquietante é também o elevado nível de concentração do negócio editorial, nas mão de um só empresário caído de pára-quedas no sector e a cheirar não se sabe bem o quê, oxalá seja só dinheiro

sobre as iluminações festivas - já que o extraordinário desperdício de recursos tem mesmo que existir, independentemente de quem o irá pagar e pese embora se presuma que no fim sejam os mesmos de sempre - é certo que a antecedência procedimental é virtuosa mas ... foi proposta em aditamento posterior à realização da sessão "ordinária" da Assembleia Municipal, o que é uma curiosidade, susceptível de eleição para o quadro de honra do Ditos

acrescendo ainda (como as palavras, digo, como as cerejas) o aspecto poético e metafórico que serve de título ao post

sobre a data do voto da presidente da AML, talvez não haja qualquer erro - aparentemente, a data é de início de 2007 e o voto é para o ano de 2007, o que é consistente

a graça é que o 2007 já lá vai há muito, pelo que o voto tem mais valor histórico que noticioso ... e está na secção de "notícias"

poderá entretanto a presidente da AML ter formulado apropriados votos para o ano 2008 mas disso não nos dá conta a página em apreço

além de ter caducado como notícia, porque já o 2008 vai quase a meio, também é engraçado o facto de ser a única "notícia" nessa secção da página da AML na internet

assim, a dita página parece merecer um safanão, tal como a feira do livro e os seus responsáveis

para benefício de todos e - porque não? - através da sempre desafiante via do humor, da observação crítica e da sugestão construtiva, como é de bom costume

;->

argumentonio disse...

actualização - Feira do livro:

Acordo assinado, Feira do Livro de Lisboa ainda sem data
19.05.2008 - 23h04 Isabel Coutinho, Ana Henriques - Público

A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e a União de Editores Portugueses assinaram finalmente o acordo que vai permitir a realização da Feira do Livro de Lisboa. A Leya vai ter pavilhões diferenciados, a UEP prescinde de organizar a Feira do Livro de Lisboa para o ano e a data de abertura está só dependente de pormenores técnicos e da capacidade de montagem dos pavilhões.

Na reunião participaram Vasco Teixeira, da APEL e da Porto Editora; Carlos Veiga Ferreira, da UEP; e Isaías Gomes Teixeira, da Leya. O encontro estava a ser mediado pela vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, mas foi necessária a intervenção do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, para que a querela entre editores fosse desbloqueada. E mesmo assim a assinatura deste acordo só aconteceu cerca das 22h30 de hoje.

2008.05.19

PS - Saramago não gostou ("não sei se me agrada") das grandes esmagarem a arraia miúda...

Anónimo disse...

Nem todos os partos são fáceis. As mulheres que o digam. Este provou ser bastante difícil, mas embora tirado a ferros vamos ter bebé!
jmco