quando um homem quiser, certo?
ou mulher!
Paula Teixeira da Cruz, presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, fez publicar recentemente os anúncios públicos da praxe respeitantes ao 4º aditamento à convocatória da Sessão Ordinária iniciada a 22 de Abril de 2008, continuada a 29 e agendada novamente para 13 de Maio - ontem! - com a finalidade de apreciar e, certamente, "Aprovar a isenção de Taxas para as licenças municipais do Concurso Público para execução de trabalhos de concepção, como procedimento a adoptar com vista à selecção do melhor projecto de iluminação e animação da cidade de Lisboa no Natal de 2008, nos termos da proposta, ao abrigo da alínea e) do nº 2 do art.º 53º, da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro."
prevenida e atempadamente, a autarquia está, pois, e com as mui auguradas isenções, a tratar das festas do Natal que a passos largos se aproxima
sim, que já a feira do livro está aí a "rebentar", dentro em pouco marcham as festas populares, e seguem-se comemorações várias, mai-los tão bem administrados futebóis, de que nunca estamos de todo isentos, e após as subsequentes férias mais ou menos grandes entramos praticamente na Quadra Festiva Natalícia, que em termos de comércio e iluminação pública vai de antes do São Martinho - ou mesmo desde antes do 5 de Outubro, na versão santânica - até depois dos Reis
e se o primaveril fervor natalício já merecia um valente jametinhasdito, que dizer da notícia de um subsistente abraço e felicitações para 2007 ?
observacões são bem-vindas
6 comentários:
apenas in rei memmoriam, eis transcrição completa da totalidade do conteúdo da secção de "notícias" da página da AML na internet, disponível no dia 14 de Maio de 2008:
PÁGINA INICIAL NOTÍCIAS
Mensagem da Presidente da AML
09-Jan-2007
A cada um desejamos um Feliz Ano de 2007 e formulamos votos de plena realização.
Continuaremos a contar com Lisboa e com os Lisboetas para aprofundar este espaço de Cidadania, naquela que se quer a casa do Cidadão e convidamos à participação neste espaço de intervenção.
Com um abraço da
Paula Teixeira da Cruz
a propósito da feira do livro: e não é que "rebentou" ?
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1328766&idCanal=14
Realmente o que se lê é que existem sérias probabilidades de a Feira do Livro de Lisboa não se realizar este ano. Portanto: António Costa -0 - Rui Rio -1, já que no Porto haverá a tradicional feira, com os descontos habituais e consequente aumento de vendas.
Quanto às iluminações natalícias, também já consta que vamos ter mecenato a cem por cento, ficando portanto as referidas iluminações a custo zero para a Câmara. Talvez por isso tenha havido necessidade de fazer aprovar oficialmente isenção de taxas e outras coisas do género tão atempadamente.
No que concerne o erro de data da PTCruz, isso sucede aos melhores. Recordo-me de uma vez ter encontrado uma amiga debulhada em lágrimas por causa de um erro que ela tinha cometido: ao dar ordem para publicação de um determinado livro com título em português e em espanhol não reparou - ela que tinha revisto toda a obra menos a capa - que a dispendiosa edição tinha no título espanhol "el mar" quando, na realidade, deveria estar "la mar". Só não erra quem não faz as coisas e, admita-se, no princípio de um novo ano, ainda há muita gente que escreve a seguir a 6 de Janeiro o número do ano anterior. Acho francamente, António, que não é razão para fazer chacota. E se sim, porquê só em meados de Maio?
sobre os primeiros comentários, tão bem vindos como sempre, talvez valha a pena reflectir um pouco mais: a feira do livro em Lisboa de há muito carrega tensões, desde logo por o local ser fantástico para inúmeros fins mas nem tanto assim para ver livros, pois está sujeito a adversidades como a inclinação, a distância entre as alas do Parque e as condições climatéricas, já que o vento, o sol, a chuva, a temperatura de Junho podem não ser as mais confortáveis para o efeito
por outro lado, sempre se manifestaram, nem sempre cordatamente, as divergências de interesses entre editores, entre livreiros e entre editores e livreiros
sendo antigos tais conflitos, a ansiada mas ainda não garantida edição de 2008 poderá não beneficiar muito com as exigências de última hora e não clarificadas no momento próprio no acto de atribuição da responsabilidade da organização
de todo o modo, deverá de futuro haver modificações, talvez não tão drásticas como as que o público e a cidade de Lisboa merecem
inquietante é também o elevado nível de concentração do negócio editorial, nas mão de um só empresário caído de pára-quedas no sector e a cheirar não se sabe bem o quê, oxalá seja só dinheiro
sobre as iluminações festivas - já que o extraordinário desperdício de recursos tem mesmo que existir, independentemente de quem o irá pagar e pese embora se presuma que no fim sejam os mesmos de sempre - é certo que a antecedência procedimental é virtuosa mas ... foi proposta em aditamento posterior à realização da sessão "ordinária" da Assembleia Municipal, o que é uma curiosidade, susceptível de eleição para o quadro de honra do Ditos
acrescendo ainda (como as palavras, digo, como as cerejas) o aspecto poético e metafórico que serve de título ao post
sobre a data do voto da presidente da AML, talvez não haja qualquer erro - aparentemente, a data é de início de 2007 e o voto é para o ano de 2007, o que é consistente
a graça é que o 2007 já lá vai há muito, pelo que o voto tem mais valor histórico que noticioso ... e está na secção de "notícias"
poderá entretanto a presidente da AML ter formulado apropriados votos para o ano 2008 mas disso não nos dá conta a página em apreço
além de ter caducado como notícia, porque já o 2008 vai quase a meio, também é engraçado o facto de ser a única "notícia" nessa secção da página da AML na internet
assim, a dita página parece merecer um safanão, tal como a feira do livro e os seus responsáveis
para benefício de todos e - porque não? - através da sempre desafiante via do humor, da observação crítica e da sugestão construtiva, como é de bom costume
;->
actualização - Feira do livro:
Acordo assinado, Feira do Livro de Lisboa ainda sem data
19.05.2008 - 23h04 Isabel Coutinho, Ana Henriques - Público
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros e a União de Editores Portugueses assinaram finalmente o acordo que vai permitir a realização da Feira do Livro de Lisboa. A Leya vai ter pavilhões diferenciados, a UEP prescinde de organizar a Feira do Livro de Lisboa para o ano e a data de abertura está só dependente de pormenores técnicos e da capacidade de montagem dos pavilhões.
Na reunião participaram Vasco Teixeira, da APEL e da Porto Editora; Carlos Veiga Ferreira, da UEP; e Isaías Gomes Teixeira, da Leya. O encontro estava a ser mediado pela vereadora da Cultura, Rosalia Vargas, mas foi necessária a intervenção do presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, para que a querela entre editores fosse desbloqueada. E mesmo assim a assinatura deste acordo só aconteceu cerca das 22h30 de hoje.
2008.05.19
PS - Saramago não gostou ("não sei se me agrada") das grandes esmagarem a arraia miúda...
Nem todos os partos são fáceis. As mulheres que o digam. Este provou ser bastante difícil, mas embora tirado a ferros vamos ter bebé!
jmco
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