2005-09-16

vivos !

juz a inicial definição, o que o Ditos tem comentado mais é comentadores e políticos…

desta feita, porém, por via de raro acesso de humildade e porque António Vilhena acertou na “mouche”, o jametinhasdito vai agora inteirinho para um poeta … vivo !

em coluna simpática do Público de hoje, 16 de Setembro, António Vilhena conclui que “Somos um país que trata melhor os mortos que os vivos” ! ! !

é bem verdade, excepção feita à enérgica acção atribuída ao Marquês de Pombal, vai para 250 anos

talvez nos outros países seja também assim…

mas é bem verdade que muitos estranham justas homenagens a almas vivas!

é o caso da estátua erguida a Manuel Alegre, em Coimbra

pese embora a coincidência temporal do tema envolvendo o processo das eleições presidenciais ou mesmo a venerável e meritória acção política, antes e depois da instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, é mais do que legítimo e dignificante uma cidade honrar os seus, os ilustres, os homens de bem, os poetas

como diz António Vilhena, é a exaltação da vida, da poesia, da liberdade e da tolerância !

ou da luta em busca da afirmação de tais bens e valores !!

vivam, pois, os poetas !!!



PS - se é que um post aguenta outro post, apetece referenciar outras estátuas:

a) no Marquês de Pombal, a estátua do próprio encima um soberbo Sebastião José de Carvalho e Melo no alto de imponente pedestal, central, leonino e sobranceiro às largas vias de Lisboa que desembocam – cadê as colunas ? – no templo do estuário do Tejo; já a de Camilo Castelo Branco, um simples e mortal literato, é figura pequenina como ele e nós, num jardinzinho, rasteira e quase desapercebida, confundindo-se humildemente com os pedestres transeuntes de sempre; um contraste

b) em Oeiras, no Parque dos Poetas, como em Algés, em movimentada rua comercial e de acesso a terminais (multimodais, ficará bem dizer???) de transportes, um conjunto de estátuas de que munícipes e visitantes se podem orgulhar, a benefício de todos; um exemplo

c) e em Lisboa, onde estão as estátuas dos nossos tempos ? a Sophia ? Eugénio de Andrade ? os vivos - António Ramos Rosa ? Pomar ? um deserto



observacoes sao benvindas

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