no Diário de Notícias de hoje, Vicente Jorge Silva jametinhadito que, ao fim e ao cabo, Manuel Alegre assegurou já uma espécie de vitória moral no combate da sua candidatura presidencial ... contra Mário Soares (!??)
ora, o colunista atribui honrosamente a Manuel Alegre o papel de D. Quixote e desenvolve a encenação quixotesca que reveste a figura do Poeta nesta peleja eleitoral, acreditando na sua causa contra tudo e contra todos, exprimindo ainda que o próprio considera viável alcançar o cargo de Presidente da República - o que só seria concebível por artes e a poder da magia poética de que é portador
e as suas armas são o voluntarismo generoso, a utopia e a poesia, bem como o capital de queixa pela forma como foi tratado na sua própria esfera política e partidária
no entanto, independentemente e para além de promissoras sondagens que caprichosamente oferecem a Manuel Alegre algum conforto moral ou estatístico, senão mesmo incentivo a ir à liça, certo é que a candidatura do Poeta pode bem afigurar-se como assente muito mais em valor intrínseco do que em mera militância anti-sistema
desde logo por, através de um homem de bem, representar uma sensibilidade interessante e interessada, por ser inspirada em valores de coerência e ética republicana – que o País tanto necessita semear urgentemente – e por se constituir num precioso e benfazejo projecto de integração de política e cultura
e há muito deveríamos ter aprendido que só a via da cultura é capaz de transformar positiva, duradoura e sustentavelmente as pessoas, as mentalidades e as comunidades
mas é de absoluta relevância refutar a ideia que perigosamente se tenta insidiar quando se afirma o pretenso capital de ressentimento ou supostos motivos inconfessáveis
esta é claramente uma candidatura que só fará sentido, só é defensável e só poderá ser vencedora sem contas a ajustar e sem nada a cobrar, antes reivindicando o registo puro e luminoso da verdade, da ascensão dos valores democráticos do Estado Social de Direito, do sentido e sentimento universal de justiça, de humanidade e de fraterna solidariedade !
aceitando partir da noção quixotesca de aspiração diligente a muitas vitórias sobre gigantes aparentes, reais e dissimulados, importa reconhecer a validade, mérito e coragem de apostar na eleição da voz poética para ilustrar o brasão da mais alta magistratura da nação
e, quem sabe, apoiá-la e incentivá-la ... !
tal como a natureza da poesia é ser construção, síntese e expressão de sabedoria e beleza, a sua contribuição para a elevação e dignificação da política não pode, não quer e não tem que ser contra ninguém ...
antes a favor de Portugal !!!
observacoes sao bem vindas
2005-09-30
2005-09-27
isto
jametinhamdito que a campanha eleitoral autárquica, velha de barbas, foi hoje inaugurada ...
leva balanço, é o que é !
mas o que é isto ?
um cartaz arregaça as mangas e diz: vamos a isto, Lisboa
outro, nega: Lisboa não é isto
outro ainda, pergunta: foi para isto ?
ora, a escolha é múltipla, vejamos:
há candidatos com partidos e sem partidos, coligados, arregimentados, isolados, contrariados, efectivos, substitutos, putativos, presumidos, por conta de outrem, alheios, candidatos resistentes, poetas, candidatos a candidatos, não candidatos, quase candidatos, candidatos a tudo e nada, ex-candidatos dispostos debater também, candidatos à reforma, candidatos de esquerda, de direita ou nem por isso, já agora, por isto e por aquilo, por tudo e por nada, recandidatos, dinossauros, candidatos arguidos, acusados, fugidos, regressados, candidatos mediáticos, candidatos tabú, condenados a candidatarem-se no município ao lado ou mais adiante, adiante...
adiante !
observacoes sao bem vindas
leva balanço, é o que é !
mas o que é isto ?
um cartaz arregaça as mangas e diz: vamos a isto, Lisboa
outro, nega: Lisboa não é isto
outro ainda, pergunta: foi para isto ?
ora, a escolha é múltipla, vejamos:
há candidatos com partidos e sem partidos, coligados, arregimentados, isolados, contrariados, efectivos, substitutos, putativos, presumidos, por conta de outrem, alheios, candidatos resistentes, poetas, candidatos a candidatos, não candidatos, quase candidatos, candidatos a tudo e nada, ex-candidatos dispostos debater também, candidatos à reforma, candidatos de esquerda, de direita ou nem por isso, já agora, por isto e por aquilo, por tudo e por nada, recandidatos, dinossauros, candidatos arguidos, acusados, fugidos, regressados, candidatos mediáticos, candidatos tabú, condenados a candidatarem-se no município ao lado ou mais adiante, adiante...
adiante !
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arquiblogs
jornalista e escritor de best-sellers, o estado-unidense Dan Burstein - autor do cibernético "Road Warriors: Dreams and Nightmars along the Information Highway" e do neotemplário "Os segredos do código, o que ainda não foi dito sobre o Código Da Vinci" - jametinhadito que as pinturas das cavernas eram uma espécie de blogues... !!!
cá p'ra mim, os blogues só têm a aprender com a obra, abnegação e mestria dos primitivos humanos
mas não deixa de ser notável reparar que a necessidade de exprimir é pré-histórica e os primeiros bloggers nasceram antes da escrita !!!
cá p'ra mim, os blogues só têm a aprender com a obra, abnegação e mestria dos primitivos humanos
mas não deixa de ser notável reparar que a necessidade de exprimir é pré-histórica e os primeiros bloggers nasceram antes da escrita !!!
2005-09-24
orgasmo delas
por norma, a sexta-feira é fonte plena de belas leituras, em quantidade e qualidade, parte das quais é saboreada ao sábado de manhã, antes de jornais fim-de-semanais, de exercícios que tais, de compras matinais e outros etc-e-tais...
ontem, primeiro de outono, dominava a Fátima Felgueiras e o bem acompanhado António José Teixeira, nóvel director do Diário de Notícias – pé direito para mais este desafio – incomodava-se e procurava incomodar muita gente, conseguindo a frase do dia ao multiperguntar, se “pode uma foragida da justiça ver intocáveis os seus direitos políticos ? (...) e ninguém se incomoda ? deputados, partidos, não têm nada a dizer ? ninguém quer marcar a diferença ?”
lúcido, certeiro e brilhante, o editorial não deverá porém fazer-nos esquecer que, apesar do excessivo tempo decorrido desde os factos que lhe são imputados, a ex-Presidente e actual candidata à Câmara Municipal de Felgueiras não foi condenada, não foi julgada segundo os trâmites processuais da Lei e a Constituição a todos assegura o legítimo benefício da presunção de inocência – o que é muito importante e no caso dos políticos permite-lhes justamente prosseguirem a sua carreira imunes a eventuais acusações injustas movidas por opositores interessados em prejudicar ou inibir a actividade política de adversários
ou seja, a Constituição e a Lei contrapõem a tolerância, a sensatez e a ponderação que amiúde falta à análise política, à acção partidária e ao volátil sentimento popular, fenómenos humanos de que não estão isentos analistas, comentadores e editorialistas...
enquanto isso, prossegue o engraçado mas algo entediante catastrofismo de Vasco Pulido Valente, diariamente clamando por Salazar (ou Pombal?) na última página do Público – e não há como evitá-la, está lá Calvin, o magnífico, e é difícil fugir-lhe às aventuras, à ilusão contagiante e ao traço que nos devolve a infância, nossa e da que vivemos através do crescimento dos nossos miúdos
e, delícia, o DNA presenteia-nos com mãos de barro, barro nas mãos e mãos no barro, conciliando-nos com a natureza ou, ao menos mas benfazejamente, abrindo-nos a vontade de aliança do design ao artesanato, da criatividade à natureza, dos materiais às ideias, recomendavelmente à vista em Montemor-o-Novo
e o Ditos subscreve o espanto do charmoso Pedro Rolo Duarte, contra certos estudos com o seu quê de laboratoriais - ah...! o que fazem lembrar o benchmarking impingido por meneantes consultores a quem escapa a realidade...
no caso, jametinhamdito que a Av. da Liberdade é a mais poluída da Europa e a 9ª mais luxuosa do mundo ...!!? estranha-se e não se entranha !
que a poluição é excessiva, de acordo, pior para baixo onde os autocarros metem a primeira e furiosos condutores disputam um lugar de estacionamento legal e depois qualquer outro, menos talvez junto ao Marquês, praça arejada de confluentes artérias, ventos e verdejantes benefícios do lindíssimo Parque Eduardo VII
mas longe do smog e mau cheiro de certas avenidas de Madrid, Barcelona, Paris, Milão, Atenas, Londres, para já e assim de repente; vá lá, terão colocado os sensores junto ao escape de algum dos empedernidos taxistas e respectivas calamitosas viaturas, à espera de por tudo no seguro por via de um toque milagroso provindo de armadilha à má fila em que os mais ingénuos são sempre susceptíveis de cair...
e a classificação luxuosa confunde qualquer um que se lembre da efervescência limpa e elegante das mesmas citadas cidades, em suas invejáveis avenidas principais e acessórias, a que se acrescentariam diversos quarteirões de São Paulo e de tantas outras urbes ... ná, algo falha na tabela, sem prejuízo da nossa Liberdade ser avenida de eleição e justa predilecção
como não há duas sem três, logo a seguir o naco orgásmico que legitima o Ditos: este post pede o título a Rita Barata Silvério, em hora de inspirado clímax, extasia os leitores (o que apetecia era escrever “o leitor” e “a leitora”, no singular!) com inteligente e fundada refutação de mais um estudo, de que também se desconfiam mais virtudes de gabinete que de realíssimas vivências
é que a professora universitária Elizabeh Lloyd, de Indiana, EUA, estudou o orgasmo feminino em “The case of the Female Orgasm” e conclui que é acidental: não tem função específica que sirva a ciência e carece de propriedades organolépticas aptas à sobrevivência e propagação da espécie pois não faz falta ao processo reprodutivo
portanto, acontece por mera coincidência e acaso
no entanto, acontece, dizem, pelo menos os menos cépticos... ele há quem desconfie da real existência de tal fenómeno, há quem o recuse, o simule, enfim, tal como há quem o exalte em paroxismos de êxtase, simultaneidade ou multiplicidade...
de inegável delicadeza e complexidade, o assunto merece bem que se leia esta excelente crónica, inteligente e bem escrita, abordando de forma eficaz um tema social e individualmente relegado para margens da cultura e do conhecimento, mesmo nas franjas da sexualidade que aos poucos vai sendo enfrentada com mais naturalidade, a custo despontando de preconceitos que a esconderam e relegaram a pecados, vergonhas e, sobretudo, ignorância
ah! a banda sonora é Maricotinha Betânia, a quem importa dizer que o meu coração é seu, é pecado desprezar quem lhe quer bem e, cantando Sophia de Mello Breyner: ... A força dos meus sonhos é tão forte/ que de tudo renasce a exaltação/ e nunca as minhas mãos estão vazias”
observacoes sao bem vindas
ontem, primeiro de outono, dominava a Fátima Felgueiras e o bem acompanhado António José Teixeira, nóvel director do Diário de Notícias – pé direito para mais este desafio – incomodava-se e procurava incomodar muita gente, conseguindo a frase do dia ao multiperguntar, se “pode uma foragida da justiça ver intocáveis os seus direitos políticos ? (...) e ninguém se incomoda ? deputados, partidos, não têm nada a dizer ? ninguém quer marcar a diferença ?”
lúcido, certeiro e brilhante, o editorial não deverá porém fazer-nos esquecer que, apesar do excessivo tempo decorrido desde os factos que lhe são imputados, a ex-Presidente e actual candidata à Câmara Municipal de Felgueiras não foi condenada, não foi julgada segundo os trâmites processuais da Lei e a Constituição a todos assegura o legítimo benefício da presunção de inocência – o que é muito importante e no caso dos políticos permite-lhes justamente prosseguirem a sua carreira imunes a eventuais acusações injustas movidas por opositores interessados em prejudicar ou inibir a actividade política de adversários
ou seja, a Constituição e a Lei contrapõem a tolerância, a sensatez e a ponderação que amiúde falta à análise política, à acção partidária e ao volátil sentimento popular, fenómenos humanos de que não estão isentos analistas, comentadores e editorialistas...
enquanto isso, prossegue o engraçado mas algo entediante catastrofismo de Vasco Pulido Valente, diariamente clamando por Salazar (ou Pombal?) na última página do Público – e não há como evitá-la, está lá Calvin, o magnífico, e é difícil fugir-lhe às aventuras, à ilusão contagiante e ao traço que nos devolve a infância, nossa e da que vivemos através do crescimento dos nossos miúdos
e, delícia, o DNA presenteia-nos com mãos de barro, barro nas mãos e mãos no barro, conciliando-nos com a natureza ou, ao menos mas benfazejamente, abrindo-nos a vontade de aliança do design ao artesanato, da criatividade à natureza, dos materiais às ideias, recomendavelmente à vista em Montemor-o-Novo
e o Ditos subscreve o espanto do charmoso Pedro Rolo Duarte, contra certos estudos com o seu quê de laboratoriais - ah...! o que fazem lembrar o benchmarking impingido por meneantes consultores a quem escapa a realidade...
no caso, jametinhamdito que a Av. da Liberdade é a mais poluída da Europa e a 9ª mais luxuosa do mundo ...!!? estranha-se e não se entranha !
que a poluição é excessiva, de acordo, pior para baixo onde os autocarros metem a primeira e furiosos condutores disputam um lugar de estacionamento legal e depois qualquer outro, menos talvez junto ao Marquês, praça arejada de confluentes artérias, ventos e verdejantes benefícios do lindíssimo Parque Eduardo VII
mas longe do smog e mau cheiro de certas avenidas de Madrid, Barcelona, Paris, Milão, Atenas, Londres, para já e assim de repente; vá lá, terão colocado os sensores junto ao escape de algum dos empedernidos taxistas e respectivas calamitosas viaturas, à espera de por tudo no seguro por via de um toque milagroso provindo de armadilha à má fila em que os mais ingénuos são sempre susceptíveis de cair...
e a classificação luxuosa confunde qualquer um que se lembre da efervescência limpa e elegante das mesmas citadas cidades, em suas invejáveis avenidas principais e acessórias, a que se acrescentariam diversos quarteirões de São Paulo e de tantas outras urbes ... ná, algo falha na tabela, sem prejuízo da nossa Liberdade ser avenida de eleição e justa predilecção
como não há duas sem três, logo a seguir o naco orgásmico que legitima o Ditos: este post pede o título a Rita Barata Silvério, em hora de inspirado clímax, extasia os leitores (o que apetecia era escrever “o leitor” e “a leitora”, no singular!) com inteligente e fundada refutação de mais um estudo, de que também se desconfiam mais virtudes de gabinete que de realíssimas vivências
é que a professora universitária Elizabeh Lloyd, de Indiana, EUA, estudou o orgasmo feminino em “The case of the Female Orgasm” e conclui que é acidental: não tem função específica que sirva a ciência e carece de propriedades organolépticas aptas à sobrevivência e propagação da espécie pois não faz falta ao processo reprodutivo
portanto, acontece por mera coincidência e acaso
no entanto, acontece, dizem, pelo menos os menos cépticos... ele há quem desconfie da real existência de tal fenómeno, há quem o recuse, o simule, enfim, tal como há quem o exalte em paroxismos de êxtase, simultaneidade ou multiplicidade...
de inegável delicadeza e complexidade, o assunto merece bem que se leia esta excelente crónica, inteligente e bem escrita, abordando de forma eficaz um tema social e individualmente relegado para margens da cultura e do conhecimento, mesmo nas franjas da sexualidade que aos poucos vai sendo enfrentada com mais naturalidade, a custo despontando de preconceitos que a esconderam e relegaram a pecados, vergonhas e, sobretudo, ignorância
ah! a banda sonora é Maricotinha Betânia, a quem importa dizer que o meu coração é seu, é pecado desprezar quem lhe quer bem e, cantando Sophia de Mello Breyner: ... A força dos meus sonhos é tão forte/ que de tudo renasce a exaltação/ e nunca as minhas mãos estão vazias”
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2005-09-22
portuguesas
Marta Ferreira, Nicole Pacheco, Sílvia Saiote e Ana Simões jametinhamdito que pedem meças ao mundo inteiro em duplo minitrampolim !
além do brilharete da equipa, medalha de ouro nos campeonatos do mundo, na Holanda, Sílvia venceu indivdualmente, é campeã mundial !!
se fosse futebol, estava sempre a dar na televisão, a repetição duraria meses
noutro continente e noutra modalidade, já com mais algum eco, Portugal teve também uma brilhante representação feminina: Patrícia Penicheiro, vulgo Ticha, ajudou a equipa de Sacramento a vencer o campeonato americano de basquetebol, tendo marcado o cesto da vitória
há mais portuguesas assim, felizmente ! ! !
observacoes sao bem vindas
além do brilharete da equipa, medalha de ouro nos campeonatos do mundo, na Holanda, Sílvia venceu indivdualmente, é campeã mundial !!
se fosse futebol, estava sempre a dar na televisão, a repetição duraria meses
noutro continente e noutra modalidade, já com mais algum eco, Portugal teve também uma brilhante representação feminina: Patrícia Penicheiro, vulgo Ticha, ajudou a equipa de Sacramento a vencer o campeonato americano de basquetebol, tendo marcado o cesto da vitória
há mais portuguesas assim, felizmente ! ! !
observacoes sao bem vindas
ad paz
jametinhamdito que Pinto Balsemão e Ricardo Salgado fizeram as pazes, pelo que o BES - Banco Espírito Santo, volta a contratar publicidade no Expresso
ora, assim, sim !
a contenda era porque as notícias não vinham boas para o anunciante e este fugia com os anúncios de tal jornal
sobre o assunto pronuciou-se oportuna, tempestiva e oficiosamente a Alta Autoridade para a Comunicação Social, que se considerou entidade tutelar competente
como ninguém lhe encomendou o processo, pois os titulares dos eventuais direitos lesados não reclamaram protecção, as custas são pagas pelo erário, ou seja, por todos nós, num caso altruísta de apoio público em diferendo privado, a bem da administração da Justiça democrática, senão para o povo, ao menos para distintas elites
na douta decisão, os magistrados da comunicação social dividiram, melhor, repartiram razões: que o BES pressionava ou tentava pressionar a empresa proprietária e a linha editorial do periódico, que o Expresso não cumpriu os seus deveres da profissão de informar, desrespeitando as regras da arte e lesando interesses legítmos do grupo financeiro; os dois potentados tinham razão e não tinham !
agora, com o anúncio do apaziguamento, sempre desejável em todas as comunidades e em boa verdade exigível a quem serve de exemplo, como é o caso, tudo volta a ser como devia ser
ficamos para ver se as notícias melhoram muito, algo ou só um bocadinho; e observaremos a extensão do investimento publicitário, já firmada a promessa para Janeiro em diante
só a ver ? isso é que não !
o tema voltará ao Ditos !
observacoes sao bem vindas
ora, assim, sim !
a contenda era porque as notícias não vinham boas para o anunciante e este fugia com os anúncios de tal jornal
sobre o assunto pronuciou-se oportuna, tempestiva e oficiosamente a Alta Autoridade para a Comunicação Social, que se considerou entidade tutelar competente
como ninguém lhe encomendou o processo, pois os titulares dos eventuais direitos lesados não reclamaram protecção, as custas são pagas pelo erário, ou seja, por todos nós, num caso altruísta de apoio público em diferendo privado, a bem da administração da Justiça democrática, senão para o povo, ao menos para distintas elites
na douta decisão, os magistrados da comunicação social dividiram, melhor, repartiram razões: que o BES pressionava ou tentava pressionar a empresa proprietária e a linha editorial do periódico, que o Expresso não cumpriu os seus deveres da profissão de informar, desrespeitando as regras da arte e lesando interesses legítmos do grupo financeiro; os dois potentados tinham razão e não tinham !
agora, com o anúncio do apaziguamento, sempre desejável em todas as comunidades e em boa verdade exigível a quem serve de exemplo, como é o caso, tudo volta a ser como devia ser
ficamos para ver se as notícias melhoram muito, algo ou só um bocadinho; e observaremos a extensão do investimento publicitário, já firmada a promessa para Janeiro em diante
só a ver ? isso é que não !
o tema voltará ao Ditos !
observacoes sao bem vindas
2005-09-19
Setembral
2005-09-17
de volta a casa
ah !
pequeno almoço de pão e figos, iogurte natural e pêssego ...
é descascar a fruta, é o cheiro, jametinhamdito que alimentar barriga, olhos e alma... só cá no nosso Portugal ! !
a rematar, uma bela cafezana, como não há igual ...
a bela bica ! ! !
ah !
observacoes sao benvindas
pequeno almoço de pão e figos, iogurte natural e pêssego ...
é descascar a fruta, é o cheiro, jametinhamdito que alimentar barriga, olhos e alma... só cá no nosso Portugal ! !
a rematar, uma bela cafezana, como não há igual ...
a bela bica ! ! !
ah !
observacoes sao benvindas
2005-09-16
vivos !
juz a inicial definição, o que o Ditos tem comentado mais é comentadores e políticos…
desta feita, porém, por via de raro acesso de humildade e porque António Vilhena acertou na “mouche”, o jametinhasdito vai agora inteirinho para um poeta … vivo !
em coluna simpática do Público de hoje, 16 de Setembro, António Vilhena conclui que “Somos um país que trata melhor os mortos que os vivos” ! ! !
é bem verdade, excepção feita à enérgica acção atribuída ao Marquês de Pombal, vai para 250 anos
talvez nos outros países seja também assim…
mas é bem verdade que muitos estranham justas homenagens a almas vivas!
é o caso da estátua erguida a Manuel Alegre, em Coimbra
pese embora a coincidência temporal do tema envolvendo o processo das eleições presidenciais ou mesmo a venerável e meritória acção política, antes e depois da instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, é mais do que legítimo e dignificante uma cidade honrar os seus, os ilustres, os homens de bem, os poetas
como diz António Vilhena, é a exaltação da vida, da poesia, da liberdade e da tolerância !
ou da luta em busca da afirmação de tais bens e valores !!
vivam, pois, os poetas !!!
PS - se é que um post aguenta outro post, apetece referenciar outras estátuas:
a) no Marquês de Pombal, a estátua do próprio encima um soberbo Sebastião José de Carvalho e Melo no alto de imponente pedestal, central, leonino e sobranceiro às largas vias de Lisboa que desembocam – cadê as colunas ? – no templo do estuário do Tejo; já a de Camilo Castelo Branco, um simples e mortal literato, é figura pequenina como ele e nós, num jardinzinho, rasteira e quase desapercebida, confundindo-se humildemente com os pedestres transeuntes de sempre; um contraste
b) em Oeiras, no Parque dos Poetas, como em Algés, em movimentada rua comercial e de acesso a terminais (multimodais, ficará bem dizer???) de transportes, um conjunto de estátuas de que munícipes e visitantes se podem orgulhar, a benefício de todos; um exemplo
c) e em Lisboa, onde estão as estátuas dos nossos tempos ? a Sophia ? Eugénio de Andrade ? os vivos - António Ramos Rosa ? Pomar ? um deserto
observacoes sao benvindas
desta feita, porém, por via de raro acesso de humildade e porque António Vilhena acertou na “mouche”, o jametinhasdito vai agora inteirinho para um poeta … vivo !
em coluna simpática do Público de hoje, 16 de Setembro, António Vilhena conclui que “Somos um país que trata melhor os mortos que os vivos” ! ! !
é bem verdade, excepção feita à enérgica acção atribuída ao Marquês de Pombal, vai para 250 anos
talvez nos outros países seja também assim…
mas é bem verdade que muitos estranham justas homenagens a almas vivas!
é o caso da estátua erguida a Manuel Alegre, em Coimbra
pese embora a coincidência temporal do tema envolvendo o processo das eleições presidenciais ou mesmo a venerável e meritória acção política, antes e depois da instauração da democracia em 25 de Abril de 1974, é mais do que legítimo e dignificante uma cidade honrar os seus, os ilustres, os homens de bem, os poetas
como diz António Vilhena, é a exaltação da vida, da poesia, da liberdade e da tolerância !
ou da luta em busca da afirmação de tais bens e valores !!
vivam, pois, os poetas !!!
PS - se é que um post aguenta outro post, apetece referenciar outras estátuas:
a) no Marquês de Pombal, a estátua do próprio encima um soberbo Sebastião José de Carvalho e Melo no alto de imponente pedestal, central, leonino e sobranceiro às largas vias de Lisboa que desembocam – cadê as colunas ? – no templo do estuário do Tejo; já a de Camilo Castelo Branco, um simples e mortal literato, é figura pequenina como ele e nós, num jardinzinho, rasteira e quase desapercebida, confundindo-se humildemente com os pedestres transeuntes de sempre; um contraste
b) em Oeiras, no Parque dos Poetas, como em Algés, em movimentada rua comercial e de acesso a terminais (multimodais, ficará bem dizer???) de transportes, um conjunto de estátuas de que munícipes e visitantes se podem orgulhar, a benefício de todos; um exemplo
c) e em Lisboa, onde estão as estátuas dos nossos tempos ? a Sophia ? Eugénio de Andrade ? os vivos - António Ramos Rosa ? Pomar ? um deserto
observacoes sao benvindas
2005-09-14
seca
no Ceará, como em geral no Nordeste Brasileiro, a seca é uma terrível condicionante da vida
quando o período anual de chuvas traz humidade e pecipitação dentro ou acima da média histórica, a alegria, a jovialidade e o optimismo inundam benfazejamente as caras, os corações e as despensas
se chove pouco ou nada, é a apreensão, preocupam-se as vivalmas, baixa-se o tom e os gastos - é que o problema pode ser o início de um ciclo de seca e então caducam os cajueiros, secam as represas, ressentem-se bolsos e barrigas
à parte um litoral verdejante e até exuberante de águas, com fontes nas praias e lagoas de nascentes, o território em geral é relativamente agreste e desarborizado, seco
no entanto, dizem, diz a vox populi e vê-se exemplos diversos, basta furar uns metros e aparece água - o subsolo é rico em recursos hídricos, há grande margem para generalizar a sua ponderada exploração aos cearenses e a outros Estados nordestinos
pergunto: então porquê a míngua de água ?
percebe-se que falta o dinheiro, mas não se percebe porque faltam os apoios e faltam os programas públicos para obras de instalação de furos
pois se há dinheiro para mensalões e para os políticos terem casas de luxo no litoral, nas ilhas e noutros paraísos brasileiros...
responde o motorista do caminhão: "a seca é mais é política!"
lá, como cá, jametinhamdito !!!
observacoes sao benvindas
quando o período anual de chuvas traz humidade e pecipitação dentro ou acima da média histórica, a alegria, a jovialidade e o optimismo inundam benfazejamente as caras, os corações e as despensas
se chove pouco ou nada, é a apreensão, preocupam-se as vivalmas, baixa-se o tom e os gastos - é que o problema pode ser o início de um ciclo de seca e então caducam os cajueiros, secam as represas, ressentem-se bolsos e barrigas
à parte um litoral verdejante e até exuberante de águas, com fontes nas praias e lagoas de nascentes, o território em geral é relativamente agreste e desarborizado, seco
no entanto, dizem, diz a vox populi e vê-se exemplos diversos, basta furar uns metros e aparece água - o subsolo é rico em recursos hídricos, há grande margem para generalizar a sua ponderada exploração aos cearenses e a outros Estados nordestinos
pergunto: então porquê a míngua de água ?
percebe-se que falta o dinheiro, mas não se percebe porque faltam os apoios e faltam os programas públicos para obras de instalação de furos
pois se há dinheiro para mensalões e para os políticos terem casas de luxo no litoral, nas ilhas e noutros paraísos brasileiros...
responde o motorista do caminhão: "a seca é mais é política!"
lá, como cá, jametinhamdito !!!
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2005-09-13
contas
um sortido:
- o Governo jametinhadito que nomeou Oliveira Martins, ex-Ministro do Partido Socialista, habitual comentador abonatório do Governo do Partido Socialista em colunas de jornais e noutros meios de comunicação, deputado e Vice-Presidente da bancada parlamentar que na Assembleia da República defende o Governo do Partido Socialista para presidir ao Tribunal de Contas, órgão que julga e fiscaliza a actividade e as contas do Governo do ... Partido Socialista;
- o Presidente da República jametinhadito que confirmou a nomeação governamental;
- o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, jametinhadito que
"Não é por os diversos presidentes da República ou altos cargos do Tribunal Constitucional terem origem partidária que deixam de ter isenção no seu desempenho.”;
- em seu político blog causa-nossa, o Professor Vital Moreira jametinhadito que “Guilherme de Oliveira Martins é uma pessoa cuja competência, qualificações e independência pessoal são inatacáveis, e que exercerá - não haja dúvidas acerca disso -- o cargo de presidente do Tribunal de Contas com impecável autoridade e isenção. Mas o Governo, ao nomear um deputado da sua bancada parlamentar, mesmo se independente, para tal cargo, expõe-se facilmente à crítica das oposições. Por princípio, deveriam ser evitadas as transferências directas do campo governamental para órgãos independentes cuja função principal é controlar... o Governo.”;
ora, as qualidades do nomeado e as boas expectativas que sobre elas se alentem em nada relevam para aferir do critério de escolha para o exercício de funções de julgamento, fiscalização e controlo do Governo do Partido Socialista de um paladino, protector e legítimo defensor do Governo do Partido Socialista
e o óbice não se resume ao problema da crítica da oposição nem de que se deveriam evitar semelhantes promiscuidades, nem é desculpado por não exigir a lei que se nomeie um magistrado de carreira ou sequer a falta de mais apertado regime legal de incompatibilidades, nem tão pouco é compensado por razões de competência e probidade do nomeado - é o mínimo, pudera... é exactamente isso o que se deve exigir e se espera de qualquer membro de qualquer organismo público
a questão é que dos pontos de vista político, democrático e ético, se afigura ilegítima, errada e nociva esta nomeação
e tais ilegitimidade, erro e danos desvalorizam e afectam a idoneidade do Tribunal de Contas e do Governo, do fiscal e do fiscalizado, e dos respectivos titulares, mas também atinge o Presidente da República, Jorge Sampaio, apóstolo, general do Partido Socialista, que é suposto ser árbitro e colocar-se num plano acima da sectarização partidária, sempre, mas em especial e sobretudo na área do seu próprio partido político
neste caso, o Governo não afrontou uma classe, corporação ou interesse específico ilegítimo, antes conseguiu cair na plena unanimidade – à excepção, claro está, da cegueira, cujos contornos rebrilham de definição, dos seus acólitos mais aferroados ou dependentes – e não apenas do sector da oposição político-partidária
é que as críticas mais irrefutáveis que recaiem sobre a actuação de Presidentes da República e Juizes do Tribunal Constitucional é precisamente a sua excessiva identificação com o Partido político que os apoia ou nomeia
e aos Presidentes de Tribunal, Governos e Presidentes da República, exigem-se boas contas
observacoes sao benvindas
- o Governo jametinhadito que nomeou Oliveira Martins, ex-Ministro do Partido Socialista, habitual comentador abonatório do Governo do Partido Socialista em colunas de jornais e noutros meios de comunicação, deputado e Vice-Presidente da bancada parlamentar que na Assembleia da República defende o Governo do Partido Socialista para presidir ao Tribunal de Contas, órgão que julga e fiscaliza a actividade e as contas do Governo do ... Partido Socialista;
- o Presidente da República jametinhadito que confirmou a nomeação governamental;
- o líder parlamentar do PS, Alberto Martins, jametinhadito que
"Não é por os diversos presidentes da República ou altos cargos do Tribunal Constitucional terem origem partidária que deixam de ter isenção no seu desempenho.”;
- em seu político blog causa-nossa, o Professor Vital Moreira jametinhadito que “Guilherme de Oliveira Martins é uma pessoa cuja competência, qualificações e independência pessoal são inatacáveis, e que exercerá - não haja dúvidas acerca disso -- o cargo de presidente do Tribunal de Contas com impecável autoridade e isenção. Mas o Governo, ao nomear um deputado da sua bancada parlamentar, mesmo se independente, para tal cargo, expõe-se facilmente à crítica das oposições. Por princípio, deveriam ser evitadas as transferências directas do campo governamental para órgãos independentes cuja função principal é controlar... o Governo.”;
ora, as qualidades do nomeado e as boas expectativas que sobre elas se alentem em nada relevam para aferir do critério de escolha para o exercício de funções de julgamento, fiscalização e controlo do Governo do Partido Socialista de um paladino, protector e legítimo defensor do Governo do Partido Socialista
e o óbice não se resume ao problema da crítica da oposição nem de que se deveriam evitar semelhantes promiscuidades, nem é desculpado por não exigir a lei que se nomeie um magistrado de carreira ou sequer a falta de mais apertado regime legal de incompatibilidades, nem tão pouco é compensado por razões de competência e probidade do nomeado - é o mínimo, pudera... é exactamente isso o que se deve exigir e se espera de qualquer membro de qualquer organismo público
a questão é que dos pontos de vista político, democrático e ético, se afigura ilegítima, errada e nociva esta nomeação
e tais ilegitimidade, erro e danos desvalorizam e afectam a idoneidade do Tribunal de Contas e do Governo, do fiscal e do fiscalizado, e dos respectivos titulares, mas também atinge o Presidente da República, Jorge Sampaio, apóstolo, general do Partido Socialista, que é suposto ser árbitro e colocar-se num plano acima da sectarização partidária, sempre, mas em especial e sobretudo na área do seu próprio partido político
neste caso, o Governo não afrontou uma classe, corporação ou interesse específico ilegítimo, antes conseguiu cair na plena unanimidade – à excepção, claro está, da cegueira, cujos contornos rebrilham de definição, dos seus acólitos mais aferroados ou dependentes – e não apenas do sector da oposição político-partidária
é que as críticas mais irrefutáveis que recaiem sobre a actuação de Presidentes da República e Juizes do Tribunal Constitucional é precisamente a sua excessiva identificação com o Partido político que os apoia ou nomeia
e aos Presidentes de Tribunal, Governos e Presidentes da República, exigem-se boas contas
observacoes sao benvindas
2005-09-11
ao trabalho
em artigo interessante, fundamentado e positivo editado no Público, sexta-feira 9 de Setembro, o conhecido empresário André Jordan jametinhadito que Portugal tem a rara felicidade de dispor de políticos de excepção, exemplificando com diversos países vivendo maiores dificuldades na matéria
enfim, é uma abordagem digna esta de realçar a mais valia oferecida aos portugueses para escolha do mais alto magistrado da nação, uma vez que poderão optar por personalidades capazes, aptas para o desempenho e exigências requeridas, de reconhecidos méritos, provas dadas, susceptíveis de aportar ao país as ideias e o alento necessários
cumpre também notar que André Jordan, inteligentemente, salienta que se trata de indivíduos excepcionais, muito acima da sofrível mediania do panorama que a generalidade dos políticos representa
mas comprova a sua tese com os ex-chefes de governo de Portugal que ocupam altos cargos internacionais
a propósito das próximas eleições para as funções de Presidente da República e referindo-se a Cavaco e Soares, André Jordan identifica os principais aspectos que considera relevarem da acção do próximo Presidente da República:
- reforma do Estado e segurança social, através da consensualização orçamental plurianual - e que Sampaio não conseguiu, apesar dos esforços;
- o combate à corrupção, em particular da que grassa nas autarquias - e, acrescente-se, que vem bem ao de cima no esgar de muitos recandidatos aguerridos e empedernidos de interesseiro apego ao poder;
- a regionalização, tema em que Portugal é excepção na Europa - acrescente-se, ainda, que se impõe como imperativo de racionalização de recursos e talvez a última chance de alguma viragem no actual desordenamento do território, de que os incêndios são mero afloramento;
- fazer valer a interessante posição de Portugal no mundo, verdadeiro ponto de ligação entre a Europa, os países do Atlântico e os países em desenvolvimento, prosseguindo a dignificação da cultura lusófona
ou seja, há trabalho a fazer e há gente para o fazer
ao trabalho, pois !!!
observacoes sao benvindas
enfim, é uma abordagem digna esta de realçar a mais valia oferecida aos portugueses para escolha do mais alto magistrado da nação, uma vez que poderão optar por personalidades capazes, aptas para o desempenho e exigências requeridas, de reconhecidos méritos, provas dadas, susceptíveis de aportar ao país as ideias e o alento necessários
cumpre também notar que André Jordan, inteligentemente, salienta que se trata de indivíduos excepcionais, muito acima da sofrível mediania do panorama que a generalidade dos políticos representa
mas comprova a sua tese com os ex-chefes de governo de Portugal que ocupam altos cargos internacionais
a propósito das próximas eleições para as funções de Presidente da República e referindo-se a Cavaco e Soares, André Jordan identifica os principais aspectos que considera relevarem da acção do próximo Presidente da República:
- reforma do Estado e segurança social, através da consensualização orçamental plurianual - e que Sampaio não conseguiu, apesar dos esforços;
- o combate à corrupção, em particular da que grassa nas autarquias - e, acrescente-se, que vem bem ao de cima no esgar de muitos recandidatos aguerridos e empedernidos de interesseiro apego ao poder;
- a regionalização, tema em que Portugal é excepção na Europa - acrescente-se, ainda, que se impõe como imperativo de racionalização de recursos e talvez a última chance de alguma viragem no actual desordenamento do território, de que os incêndios são mero afloramento;
- fazer valer a interessante posição de Portugal no mundo, verdadeiro ponto de ligação entre a Europa, os países do Atlântico e os países em desenvolvimento, prosseguindo a dignificação da cultura lusófona
ou seja, há trabalho a fazer e há gente para o fazer
ao trabalho, pois !!!
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2005-09-09
água benta
Ao mesmo tempo que se queixam da seca, os autarcas algarvios preparam-se para licenciar a construção de mais uns 30 campos de golfe, cada um dos quais consome água por 8000 pessoas".
Miguel Sousa Tavares, comentador, PÚBLICO, 9-9-2005
As oito piscinas municipais do Algarve vão continuar encerradas “até existirem condições hidrológicas que permitam a reabertura” e a água do abastecimento de 31 campos de golfe – equivalente ao consumo de 60 por cento da população algarvia – “provém de furos e não da rede pública”, “trata-se de iniciativa privada, que tem que ser incentivada na região”.
Macário Correia, presidente da Junta Metropolitana do Algarve, METRO, 6-6-2005
pelo que jametinhamdito, ninguém está interessado em consenso em bom senso ou em qualquer senso
obviamente nem a iniciativa privada pode esgotar recursos escassos incontroladamente – e para o impedir e vigiar servem as leis e os órgãos de gestão pública – nem os legítimos interesses de piscinas e campos de golfe se confundem ou sobrepõem à reserva de fornecimento de água para consumo público, interesse de natureza diversa e gozando de protecção superior mas todos sujeitos a ponderação e juízos de adequação, sem necessidade de anulação das actividades económicas que sustentam a vida das populações e o país
no entanto, perdendo facilmente o fio à meada e a desejável análise cuidada, informada e consequente, de parte a parte prefere-se radicalizar posições, eventualmente para mera satisfação de egos inflados, venda de jornal, gestão de imagem individual... afinal interesses próprios bem menos legítimos !??
em tempo de seca, precisamos de água mas também de moderação e sentido de compromisso !
observacoes sao benvindas
Miguel Sousa Tavares, comentador, PÚBLICO, 9-9-2005
As oito piscinas municipais do Algarve vão continuar encerradas “até existirem condições hidrológicas que permitam a reabertura” e a água do abastecimento de 31 campos de golfe – equivalente ao consumo de 60 por cento da população algarvia – “provém de furos e não da rede pública”, “trata-se de iniciativa privada, que tem que ser incentivada na região”.
Macário Correia, presidente da Junta Metropolitana do Algarve, METRO, 6-6-2005
pelo que jametinhamdito, ninguém está interessado em consenso em bom senso ou em qualquer senso
obviamente nem a iniciativa privada pode esgotar recursos escassos incontroladamente – e para o impedir e vigiar servem as leis e os órgãos de gestão pública – nem os legítimos interesses de piscinas e campos de golfe se confundem ou sobrepõem à reserva de fornecimento de água para consumo público, interesse de natureza diversa e gozando de protecção superior mas todos sujeitos a ponderação e juízos de adequação, sem necessidade de anulação das actividades económicas que sustentam a vida das populações e o país
no entanto, perdendo facilmente o fio à meada e a desejável análise cuidada, informada e consequente, de parte a parte prefere-se radicalizar posições, eventualmente para mera satisfação de egos inflados, venda de jornal, gestão de imagem individual... afinal interesses próprios bem menos legítimos !??
em tempo de seca, precisamos de água mas também de moderação e sentido de compromisso !
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2005-09-07
quase elementar
Beato
afinal Solnado tinha razão, sempre há petróleo...
falta-nos o Pessa para um certeiro "e esta, hem?"
o caso é que, das reservas de Portugal, cedemos petróleo aos americanos
realmente parece impensável mas ainda bem que assim é, os EUA solicitaram ajuda perante a tragédia de uma catástrofe natural - e foi possível verificar que muitas ajudas foram disponibilizadas
neste ponto, só Pacheco Pereira vê núvens no escuro e acha importante enfatizar até à náusea que a comunicação social zurze sobre as falhas das autoridades dos EUA quanto a prevenir a acorrer à tragédia ou sublinhando que os EUA são a maior potência mundial porque... "a esquerda" está contente com o sucedido !??
a ajuda portuguesa representa de algum modo um elevado grau de abstracção e sofisticação da nossa sociedade, afinal baseada na confiança, nos mercados e no direito
de facto, reconhecidamente Portugal é muito mais dependente de petróleo que os EUA, um dos grandes produtores mundiais; mesmo as reservas da ajuda estão armazenadas na Alemanha...
no entanto, para além da destruição de vidas e bens em consequência da devastação do furacão Katrina, a zona afectada - o Golfo do México - é base de inúmeros campos de extracção de petróleo, por enquanto desactivados
e os EUA são os maiores consumidores de petróleo, pelo que há um défice real momentâneo muito grave para o funcionamento da economia dos EUA
nas trocas e baldrocas dos mercados mundiais, talvez o nosso petróleo nunca chegue a viajar e a ajuda seja concretuizada apenas mediante operações contabilísticas de saldos e transacções face à movimentação de outras reservas, armazenadas noutros países ou ainda a extrair noutros campos petrolíferos
a ironia é que, segundo recomendação agora vinda a público, o presidente dos EUA jametinhadito que é necessária a contenção do consumo de petróleo
mas não mandou racionar... talvez aconselhado por gurus financeiros que protegem os mercados contra alarmes e alterações bruscas, de efeitos nefastos sobre as expectativas e sobre a confiança
por um lado, é medida compreensível face às circunstâncias; por outro, mais vale tarde que nunca pois desde há anos, vem-se agravando um fosso entre os EUA e os países que prosseguem uma política tendente a estabelecer mundialmente metas de redução de consumos energia, sobretudo a produzida a partir de combustíveis primários, já para não falar da sistemática renitência dos EUA quanto à adesão ao Protocolo de Quioto, sendo o consumo de petróleo precisamente a principal fonte de emissões poluentes que os países signatários pretendem racionalizar
mas a racionalidade é uma batata, para os creacionistas dos EUA, Bush incluído
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falta-nos o Pessa para um certeiro "e esta, hem?"
o caso é que, das reservas de Portugal, cedemos petróleo aos americanos
realmente parece impensável mas ainda bem que assim é, os EUA solicitaram ajuda perante a tragédia de uma catástrofe natural - e foi possível verificar que muitas ajudas foram disponibilizadas
neste ponto, só Pacheco Pereira vê núvens no escuro e acha importante enfatizar até à náusea que a comunicação social zurze sobre as falhas das autoridades dos EUA quanto a prevenir a acorrer à tragédia ou sublinhando que os EUA são a maior potência mundial porque... "a esquerda" está contente com o sucedido !??
a ajuda portuguesa representa de algum modo um elevado grau de abstracção e sofisticação da nossa sociedade, afinal baseada na confiança, nos mercados e no direito
de facto, reconhecidamente Portugal é muito mais dependente de petróleo que os EUA, um dos grandes produtores mundiais; mesmo as reservas da ajuda estão armazenadas na Alemanha...
no entanto, para além da destruição de vidas e bens em consequência da devastação do furacão Katrina, a zona afectada - o Golfo do México - é base de inúmeros campos de extracção de petróleo, por enquanto desactivados
e os EUA são os maiores consumidores de petróleo, pelo que há um défice real momentâneo muito grave para o funcionamento da economia dos EUA
nas trocas e baldrocas dos mercados mundiais, talvez o nosso petróleo nunca chegue a viajar e a ajuda seja concretuizada apenas mediante operações contabilísticas de saldos e transacções face à movimentação de outras reservas, armazenadas noutros países ou ainda a extrair noutros campos petrolíferos
a ironia é que, segundo recomendação agora vinda a público, o presidente dos EUA jametinhadito que é necessária a contenção do consumo de petróleo
mas não mandou racionar... talvez aconselhado por gurus financeiros que protegem os mercados contra alarmes e alterações bruscas, de efeitos nefastos sobre as expectativas e sobre a confiança
por um lado, é medida compreensível face às circunstâncias; por outro, mais vale tarde que nunca pois desde há anos, vem-se agravando um fosso entre os EUA e os países que prosseguem uma política tendente a estabelecer mundialmente metas de redução de consumos energia, sobretudo a produzida a partir de combustíveis primários, já para não falar da sistemática renitência dos EUA quanto à adesão ao Protocolo de Quioto, sendo o consumo de petróleo precisamente a principal fonte de emissões poluentes que os países signatários pretendem racionalizar
mas a racionalidade é uma batata, para os creacionistas dos EUA, Bush incluído
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2005-09-05
iraquianas - direitos quando?
segundo voz amiga e parceira (involuntária...?) do Ditos, consta que saíu no Expresso (sim, lê-se de quando em vez apesar de boicotadas as compras desde o injusto e buxista despedimento de João Carreira Bom, por sebosa decisão de José António Saraiva) uma declaração interessantíssima feita por um ex-responsável da CIA especialista em assuntos do Médio Oriente, colaborador de algumas das mais importantes revistas de Relações Internacionais… bem, em suma, um intelectual americano, com responsabilidades políticas, pelo menos no passado, de que abaixo se transcreve só a pérola, extraída do original publicado na página acima referenciada:
"MR. GERECHT: Actually, I'm not terribly worried about this. I mean, one hopes that the Iraqis protect women's social rights as much as possible. It certainly seems clear that in protecting the political rights, there's no discussion of women not having the right to vote. I think it's important to remember that in the year 1900, for example, in the United States, it was a democracy then. In 1900, women did not have the right to vote. If Iraqis could develop a democracy that resembled America in the 1900s, I think we'd all be thrilled. I mean, women's social rights are not critical to the evolution of democracy. We hope they're there. I think they will be there. But I think we need to put this into perspective."
ou seja, Mr. Gerecht jametinhadito que os direitos das iraquianas (e os dos iraquianos? ah! ninguém lhe perguntou...) são completamente irrelevantes para o processo do saque do petróleo, digo, da Constituição e da democratização do Iraque!!!
ainda bem que não há petróleo no Beato!
observacoes sao benvindas
"MR. GERECHT: Actually, I'm not terribly worried about this. I mean, one hopes that the Iraqis protect women's social rights as much as possible. It certainly seems clear that in protecting the political rights, there's no discussion of women not having the right to vote. I think it's important to remember that in the year 1900, for example, in the United States, it was a democracy then. In 1900, women did not have the right to vote. If Iraqis could develop a democracy that resembled America in the 1900s, I think we'd all be thrilled. I mean, women's social rights are not critical to the evolution of democracy. We hope they're there. I think they will be there. But I think we need to put this into perspective."
ou seja, Mr. Gerecht jametinhadito que os direitos das iraquianas (e os dos iraquianos? ah! ninguém lhe perguntou...) são completamente irrelevantes para o processo do saque do petróleo, digo, da Constituição e da democratização do Iraque!!!
ainda bem que não há petróleo no Beato!
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