as línguas em que nos entendemos são sempre benvindas e o futebol tem esse especial condão
de facto, jametinhamdito que há mais países na FIFA, a organização mundial do pontapé na bola, do que na ONU, uma colectividade de menor aderência de nações com as quotas em dia
há dias Timor Leste foi admitido à cidadania da bola, o 206º país a entrar; a ONU não chega a tanto
entretanto, as competições prosseguem o seu curso, sendo que as selecções nacionais do Brasil, de Portugal e de Angola (é difícil conceber outra ordem...) estão apuradas para o próximo campeonato do mundo, em 2006, na Alemanha
é festa lusa, concerteza, mais rija em Angola, desde logo pela novidade mas também pelo grau de dificuldade e pelo inesperado do feit
Pepetela bem agoirou, certeiro, porque há muito de injusto na esperada repartição desigual dos benefícios da participação de Angola no mundial
mas um povo em festa é sempre melhor que aos tiros, à míngua ou a carpir
em jeito de exemplo, se palestinianos e israelitas praticassem mais a rivalidade futebolística, crê-se, dedicariam menos energia à destilação do ódio, pois no futebol o adversário é a camisola de cor diferente e não o seu atlético portador
na Libéria, o conhecido futebolista George Weah disputa as eleições presidenciais, está mesmo a caminho da segunda volta com a reputada economista Ellen Johnson Sirleaf
Weah é um velho conhecido dos portugueses por via de episódio menos edificante envolvendo agressões recíprocas a um colega de profissão; mas além de destacado praticante do seu ofício, venceu também títulos de fair play
e pode bem ser o alento de concórdia, motivação e aproximação aos padrões internacionais de que tanto precisa o massacrado povo liberiano
observacoes sao bem vindas
2005-10-18
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