Wangari Maathai, cientista e governante queniana, ontem laureada com o Prémio Nobel da Paz, luta desde há décadas por causas antigas, hoje designadas genericamente por “sustentabilidade”.
É o próprio desenvolvimento sustentável que é nomeado, com a coincidência feliz do reconhecimento de uma mulher africana que de há muito e laboriosamente vem desenvolvendo uma intensa luta pela preservação da biodiversidade como pressuposto de melhores condições de vida para os africanos, em especial para as mulheres africanas, visando o equilíbrio do planeta em geral mas com aposta clara na viabilidade ecológica, cultural e económica.
Nessa luta, Wangari tem combatido nos planos científico, social e político, na oposição e no poder, permanecendo em campanha pelos direitos humanos e por um Monte Quénia verdejante, semeando a paz em cada árvore plantada para transmitir um mundo condigno às novas e futuras gerações.
Mais mulheres: o Nobel da Paz, em 2003, tinha sido atribuído a uma advogada iraniana, Shirin Ebadi; também ontem, o Nobel da Literatura premiou a romancista e dramaturga austríaca Elfriede Jelinek.
Sem feminismos, vai um jametinhasdito contra a prepotência patriarcal que – em muitas sociedades, actualissimamente – além do mais vem destruindo o mundo e o ameaça, rarefazendo os bens naturais e promovendo a barbárie em sua disputa, comprometendo o presente e o futuro da humanidade e do acesso universal a uma vida culta, pacífica e fraterna.
África, Mulher, Árvore, Paz ... é um sonho !!! mas será só ilusão ? será demais sonhar o sonho a perdurar ?
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