2011-04-26

Sophia à linha


ou falemos ainda sobre a Páscoa: importa ouvir os Mestres, neste caso, a BNP jametinhadito, a Mestra Sophia !


















ps - Sophiateca... ou Sophiaweb?

ps2 - «O 25 de Abril foi dos momentos de máxima alegria da minha vida. Foram dias que vivi em estado de levitação. Isso aliás aconteceu a muita gente. E está dito no poema que escrevi: «Esta é a madrugada que eu esperava/ O dia inicial inteiro e limpo/ Em que emergimos da noite e do silêncio/ E vivos habitamos a substância do tempo».
De facto fiquei em êxtase e foi como eu vivi. Mas ao mesmo tempo foi uma ocasião perdida, de uma maneira terrível, talvez porque não está na natureza das coisas cumprir aquilo que o 25 de Abril prometia... É um pouco como a adolescência que tem em si imensas possibilidades que depois se vão malogrando.
Há no entanto uma conquista positiva: estamos num estado democrático – não há prisões políticas, não temos colónias, não somos um povo colonizador, somos um povo que ajudou a criar liberdades e independências. Apesar de tudo, há um serviço de saúde melhor. Há outra atitude. Mas houve uma possibilidade de criar um tipo de sociedade diferente que não foi possível, mas também porque ninguém quis, ou muito pouca gente quis...»

ps3 - [...] «Chegar a uma praia dá-me sempre uma certa embriaguez. Além disso a praia lava-me, renova-me, recria-me, fisicamente, moralmente, espiritualmente.»

;_)))



observações são bem vindas

3 comentários:

Ana disse...

Obrigada por recordares as palavras de Sophia e também aquela fotografia. Se Bem virmos encontramos com certeza uma janela assim. Depois a praia...

Sofá Amarelo disse...

A Sophia era mar e do mar fez a sua vida e a sua poesia....

By Me disse...

Sophia de Mello...a poetisa da minha infância e adolescência...

o 25 de Abril foi um momento apoteótico...a grande conquista da liberdade.que aos poucos foi mirrando...naturalmente que entre o antes e o depois ...há diferenças...mas o cravo precisa de água...

A praia...a proximidade do mar...daquela linguagem lavada....e limpa...aquele som rouco...das marés...o vai-vém...que lambe a areia franjada e as gaivotas ...levam o espírito com elas num voo rasante...

A fotografia ...está excelente!