2010-05-17

e calou-se

mas primeiro deu por bem rezingar contra a Lei que a assembleia aprovou e voltaria a aprovar, já aprovada também pelo Tribunal Constitucional, ao menos de entre (tacticamente, o preceito sobre a adopção não foi oferecido à apreciação) as alíneas que o Cavaco não fugiu a submeter à fiscalização preventiva de constitucionalidade!

expressas, coerentemente e de modo fundamentado, as razões da sua opinião contrária, Cavaco decidiu-se a dar a bênção ao casamento homossexual, por dois motivos - um, de ordem prática e de quem aprendeu com vetos anteriores em que foi desfeiteado pela insistência da maioria parlamentar; outro, mais rebuscado e porventura de leitura múltipla: em tempo de crise, importa particularmente unir os portugueses!!

ora, nada melhor para unir os portugueses que o casamento - e agora sem discriminação de género, passando a permitir-se o casamento entre portugueses e portugueses como entre portuguesas e portuguesas, enfim, deixando o sexo de importar, para efeitos legais do matrimónio civil...!!!

mas se tudo está bem quando acaba bem, certo é que não podemos saber como é que as coisas correm, pese embora a primeira reacção, sofrida mas vitoriosa, de Helena Pinto, deputada do Bloco de Esquerda, tenha sido de regozijo porque - e eis o jametinhasdito deste post - a promulgação presidencial vem assegurar a felicidade de muitos cidadãos...



observações são bem vindas ;->>>

2 comentários:

Sofá Amarelo disse...

Cavaco estava num dilema: criar mais uma 'distracção' ou (mesmo indo contra os seus próprios argumentos) dar o 'sim' e deixar os portugueses livres para debater a crise! E debatê-la, os portugueses podem fazê-lo... também antes do 25 de Abril não era proibido falar contra Salazar, o que era proibido era poder de organização e de manifestação. Quer dizer, mais de duas pessoas podia ser manifestação... Agora, todos os portugueses podem falar sobre a crise mas... duvido que a vida desses portugueses se altere por isso....

Anónimo disse...

Distração maior são as comissões de ética
caramba! quando é que aquilo acaba?
prendam-no, mas acabem e vão trabalhar