José António Barreiros, já aqui "dito", recentemente, colocou a questão do anonimato, debate que entretanto se acendeu
a questão concreta na origem do tema é a errada interpretação de António José Barreiros a uma observação (crítica?) de um leitor, a quem não perdoou o anonimato;
o leitor veio depois a identificar-se e evidenciou o equívoco de António José Barreiros, que não voltou ao tema; mas ficou a interpelação do anonimato na net, mais exactamente na blogosfera, evocando as modernas catacumbas, expediente com que, alega José António Barreiros, muitos se esconderão dos outros e de si próprios, por efeito de dissimulação
ora, creio que Platão desceu à catacumba … para inventar a filosofia, oferecendo então uma resposta onde os políticos, os militares e os religiosos falharam !
talvez não seja de enjeitar liminarmente a visita à catacumba
por isso, arrisco humildemente:
- e se numa crónica ou num comentário forem referidos factos e os meios da sua comprovação ?
- ou exposta uma hipótese com o respectivo raciocínio ?
- e se for lançada uma dúvida ?
- um alerta ?
- e se for analisado um passo ou uma conclusão de uma crónica ou comentário ?
um argumento valerá por si ?
uma dedução precisará de dono, reconhecido e autenticado ?
será assim tão decisivo o grau de identificação ou anonimato ?
também é de reconhecer que não custa nada fazer o dito cujo sign in; nem escrever o nome
obviamente essas desculpas não colhem, se a opção por algum grau de anonimato é inteiramente compreensível, a complexidade do sistema ou a preguiça do sujeito não são explicação aceitável
mas a atribuição de dissimulação é abusiva: desde sempre as “cartas à Direcção” – forma perfeitamente legítima de interacção com o jornal, jornalistas, cronistas, editoria ou com o mundo em geral – divulgaram comunicações de autores “devidamente identificados”, apresentando-se portanto publicamente sob anonimato
e assenta mal à interrogação sincera que procura aprender em vez de ter já por respondido o que se propõe equacionar
além disso, jametinhamdito que ao menos por Deus os anónimos serão tão ouvidos quanto os demais ...
sempre é um favorzinho !?
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