2020-02-28
é falsa ou maioritariamente falsa, por isso para o Polígrafo é... verdadeira ;(
o Ditos volta às manhas do jametinhasPolígrafo, com uma verificação contraditória inacreditável: desta feita, considera "verdadeira" uma «informação factual imprecisa geralmente classificada como "falsa" ou "maioritariamente falsa"»
ora, de harmonia com o livro de estilo do Ditos, com obrigações de comentar comentadores, verificar verificadores e assim esmiuçar e especificar as análises tentadas ou logradas:
1 - o vídeo publicado é real, sem manipulação de imagens, embora parcial, por captar apenas uma parcela e de viés da operação em apreço;
2 - a legenda está gramaticalmente correcta: há dragagem de sedimentos e a sua transposição para o mar, ou seja, o português entende-se;
3 - há uma desvirtuação do conteúdo e significado, através da expressão «[...] "directamente" para o mar», que sendo verdadeira poderá indiciar ou insinuar que haveria outra forma de realizar a deposição dos sedimentos no mar, eventualmente através de uma passagem prévia ou estacionamento intermédio nalguma instalação "depuradora", para filtragem, tratamento ou descontaminação;
4 - a publicação do vídeo omite informação disponível da maior relevância para a compreensão das imagens, uma vez que o município comunicou oportunamente as condições da operação, realizada regularmente, sob autorização da autoridade ambiental, após avaliação de impacto e nos termos definidos no licenciamento
por tudo isto, a deturpação pretendida e conseguida pela publicação é grave mas a "valoração" do dito «Polígrafo» evita chegar à conclusão óbvia, pois apesar da "atribuição" de "verdadeiro" como veredicto final, certo é que reconhece a falsidade na qualificação da factualidade e a ausência da contextualização que se impõe, pelo que se justificaria outra conclusão: há falsidade
sim, a publicação é "fake news", verdadeira é que nunca
mas convenhamos, ainda pior do que a falsidade da publicação é a sua replicação acrítica em inumeráveis partilhas sem nenhuma verificação e sem nenhum fundamento
já para não falar do pavoroso conteúdo da caixa de comentários: um chorrilho de precipitações, preconceitos, generalizações indevidas e asneiras, uma lástima
como já se referiu no fb, muitas pessoas prescindem dos mínimos de higiene, deixam correr a verborreia em torrente imparável, sem distinção entre o trigo e joio, sem limpeza das ervas daninhas do terreno
e se bem sabemos o que acontece às plantações onde grassa a erva daninha, também assim vai o fb e muitas páginas das redes digitais, algumas só de joio, sem nenhum cereal, só ervas daninhas amontoadas e incontroláveis
mas há esperança: é de louvar a publicação, na mesma página que difundiu tais «fake news», da análise feita pelo dito "Polígrafo"
apesar da péssima e contraditória conclusão, sempre é alguma coisa no sentido correcto
importa ainda assinalar que em matéria de vírus, também nas redes digitais é de evitar a praga e quanto mais longe melhor, safa!...
porém, alguém imagina que os tais comentadores, partilhadores e replicadores acríticos vão também divulgar esta correcção?
o melhor é não apostar
observações são bem vindas
obrigado ;_)))
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