2010-06-03

os deuses e as vozes



mestre no relato factual que distingue o jornalismo competente, rigoroso no estudo como deve ser um historiador e imaginativo como só um criador autêntico é capaz, João Aguiar, que hoje partiu para as leituras eternas, dignificou as letras portuguesas com o seu labor bem inteligente, bem humorado e bem escrito, em especial denunciando e satirizando a mesquinhez que temos infelizmente demasiadas vezes por companhia, de que é último exemplo o seu mais recente livro, "O Priorado do $ifrão"


exímio artífice e defensor da nossa língua, dos valores da Pátria e de uma sociedade menos preconceituosa e mais fraterna, o autor da magnífica "trilogia" constituída pelas obras «A voz dos deuses», em 1984 a vários títulos pioneira, «A hora de Sertório» e «Uma deusa na bruma», ofereceu-nos um excelente referencial na área do romance histórico em busca das raízes da nossa identidade lusitana

faz falta uma voz assim

para os leitores mais novos lembrou-se do fascínio da juventude, independentemente das idades, por mistérios e aventuras, que ensaiou com talento e resultado nos continuados das séries
"Sebastião e os mundos secretos", "Pedro & Companhia" e "Bando dos quatro", a saber, Catarina, Carlos, Álvaro e Frederico

faz falta um Tio João assim




observações são bem vindas ;->>>

2 comentários:

Sofá Amarelo disse...

Mais um génio português que passou quase despercebido e a sua morte não mereceu mais que uma passagem em rodapé nalgumas televisões. Ele não fazia parte do lobby da cultura, logo, aplica-se a regra três simples. A ele como a muitos outros portugueses que neste momento estão a fazer mais por Portugal que a maior parte dos senhores que aparecem nas TVs em horário nobre.

Obrigado, João Aguiar!

Anónimo disse...

Sempre gostei muito de João Aguiar e tenho quase todos os livros dele.

Sai caro ser-se independente, pelo menos por cá.