a leitura é um fascínio
como exprimia um campeão de xadrez, a propósito do seu jogo, dizendo que permite aprender com os erros ... dos outros
ai de quem não aprenda com os erros próprios...
mas a leitura é especialmente enriquecedora para a aprendizagem - e esta é a principal arma biológica de que dispõe a espécie humana
os livros são um artifício armadilhado para nos proporcionar simultaneamente os vectores da aprendizagem, o exercício intelectual e o prazer da decifração de mensagens, códigos, enredos, mistérios, romances, histórias, aventuras mil
ler, pois!
mas "quem quer aprender, tem que andar ao ler", diziam os antigos
e a blogosfera complementa exemplarmente o acesso ao conhecimento, digamos, perene, que os livros representam
os "postais" e "comentários" são imediatamente apelativos, quase sem regras, voluntários e de interessante dinamismo, embora se esqueçam mais facilmente que um livro
e então um bom livro, daqueles com quem estabelecemos uma relação cúmplice, de leitura sôfrega, quantas vezes aqui em segredo, escondido dentro de nós enquanto o sorvemos e desvendamos
ah! um bom livro...
oferecer um livro é dizer que queremos um amigo
emprestar um livro... jametinhasdito, só mesmo a um amigo!
e se não podemos oferecer nem emprestar, mas queremos um amigo, recomendamos um livro!
confidenciamos o que estamos a ler...
ou partilhamos o nosso top 5 ou 10, em jeito de rede pesqueira de amizades
e a amizade é salvífica, reciprocamente
por isso há que agradecer as boas recomendações, pessoais, nos jornais, dos comentadores que tais, bloguisféricas e outras mais
o Ditos dá também conta de leituras, embora actuais: “A magia do sensível”, de David Abram, Gulbenkian; “Os últimos dias de Camões”, de Guillaume de la Chapelle, Climepsi; “A casa do sal”, de Cristina Norton, Dom Quixote; “Linda Inês ou o grande desvairo”, de Armando Martins Janeira, Pássaro de Fogo; e “A lógica da sentença”, de José da Costa Pimenta, Petrony
boas leituras
;->>>
PS - livro especialmente interessante é o que está exposto no Museu da Água, até meados de Setembro: "Livro de Pan II", exposição peculiar de J. Rosa Guerra, muito recomendável
um verdadeiro percurso referencial, eis a essência nobre de mais este magnífico "Livro"
para além do gosto pela arte e do profundo respeito pelo seu papel na dignificação da vivência humana, o "Livro de Pan II" representa igualmente os caminhos da introspecção, da reflexão em múltiplos sentidos, da meditação prática em que respira a arte a que J. Rosa Guerra nos vem habituando
e os laços recíprocos da arte e da psicologia são benfazejos à desalienação do artista como à de todos com quem partilha as suas referências e criatividade
imperdível então é subir os degraus de ferro por entre os maquinismos e mecanismos da Museu da Água, e saciar a sede de leitura mesmo onde seriam dispensáveis as palavras
mas elas estão lá!
e para as fruir e compreender não é preciso saber ler nem escrever
eh eh ...
observacões são bem vindas
2007-07-27
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1 comentário:
Argumentonio deixa-nos sempre sugestões culturais, num quase serviço público, que é digno de registo e apreço. A blogosfera agradece.
Júlio
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