2007-04-27
2007-04-16
excepção à regra
as regras, bem sabemos, são para cumprir
mas há excepções
uma das regras das excepções é o exagero de excepções à regra
os sinais de trânsito, por exemplo, destinam-se a disciplinar a utilização das vias rodoviárias, por onde circulam veículos, pelo que consistem em imagens, essencialmente, embora haja, naturalmente, excepções
a opção por imagens tem a ver com a uniformidade e universalidade que permitem leitura e interpretação directa e imediata do respectivo conteúdo, evitando equívocos ou hesitações e consequentes acidentes ou demoras
em suma, os sinais de trânsito devem proporcionar completa apreensão do seu significado num relance, à velocidade da circulação rodoviária - e, já agora, a todos os utilizadores da via pública
por isso as imagens são, por regra, extremamente explícitas, baseadas em:
- formas geométricas, simples e de cores fortes, certamente não por acaso se usa o vermelho para exprimir perigo e proibição e o azul para obrigação;
- números, para limites de velocidade, etc
- símbolos, convencionais mas em geral figurativos, embora estilizados ou letras (H...), portanto sempre bem expressivos
o recurso a textos (palavras...) é assim uma excepção
para além dos avisos indicativos de locais, apenas em casos de pequenas indicações ou a título de excepção à regra expressa pelo sinal propriamente dito: excepto Carris, excepto moradores, excepto trânsito local, excepto dias úteis, pares ou ímpares ou das tantas às tantas horas, em espinha, excepto cargas e descargas, excepto portadores de título especial, excepto acesso a obras ou ao nº tal, excepto tomada e largada de passageiros, excepto veículos autorizados, e assim por diante
sempre há uns mais discursivos: "ao abrigo do artº 50º do Código da Estrada" - estacionamento interdito em frente ao portão do vizinho...
ora, actualmente proliferam sinais carregados de chapas complementares com textos sucessivos: "excepto trânsito local" + "das 22.00h às 06.00h" + "bombeiros"
por vezes, quando se consegue concluir a leitura dos complementos já se ultrapassou o sinal e eventualmente já foi praticada infracção... ou não, depende do conteúdo das excepções remanescentes!
talvez sinalizando, também, esses excessos de excepções, o sinaleco retratado neste post atentou no esquecimento das regras em prol da lembrança das excepções
é que se não há regra sem excepção, também não deveria haver excepção sem regra
observacões são bem vindas
orientação
2007-04-11
pontes
era uma vez uma ponte
quem quer que conte ?
então conto: lá para os idos finais de 70, anos 1800, ia um comboio a passar e a ponte caiu, quem sabe se lá ia algum conde...
quem quer que conte? então conto: a tragédia levou os escoceses à boa reacção, iniciando nova construção logo em 1883, depois de se considerar que o túnel oferecia maior risco
e mãos à obra, com o objectivo de substituir a travessia ferroviária por uma estrutura, digamos, indestrutível, a Firth of Forth Rail Bridge, no estuário do rio Forth, em Quensferry, perto de Edimburgo, na Escócia
o esquema construtivo desta ponte - Firth of Forth Bridge - é fantástico, quer do ponto de vista da solução construtiva quer do aspecto final, ainda hoje imponente
a mesma silhueta elegante, o característico M alongado e um extenso tabuleiro suspenso no ar, pendurado a 70 metros acima da água, a poder de engenhosos cabos suportados em poderosos pilares
num relance, só o cinzento é diferente da cor férra da nossa ponte, gémea um bocadinho maior, um nadinha imperceptível à vista
afinal, neste particular o ditador que a grei ainda há dias escolheu televisivamente teve visão de futuro, isolou o país mas não deixou Lisboa demasiado isolada da margem irmã
hoje tem outro nome, livre da má fama e do narcisismo do instituidor da PIDE, da censura e da fraude, passsando a usar o simbolismo da urgência revolucionária e o calendário da democracia restaurada: 25 de Abril, passam agora 33 anos
e, jametinhamdito, é um gosto a liberdade percorrê-la a pé
maior gosto ainda, é percorrê-la em busca de um novo record de solidariedade !!!
quem quer que conte ?
então conto: lá para os idos finais de 70, anos 1800, ia um comboio a passar e a ponte caiu, quem sabe se lá ia algum conde...
quem quer que conte? então conto: a tragédia levou os escoceses à boa reacção, iniciando nova construção logo em 1883, depois de se considerar que o túnel oferecia maior risco
e mãos à obra, com o objectivo de substituir a travessia ferroviária por uma estrutura, digamos, indestrutível, a Firth of Forth Rail Bridge, no estuário do rio Forth, em Quensferry, perto de Edimburgo, na Escócia
o esquema construtivo desta ponte - Firth of Forth Bridge - é fantástico, quer do ponto de vista da solução construtiva quer do aspecto final, ainda hoje imponente
em 1964 foi inaugurada nova ponte, a Forth Road Bridge, durante algum tempo a maior ponte suspensa da Europa... até à inauguração da ponte sobre o Tejo, entre Lisboa (Alcântara, tinha que ser) e Almada
quase igual à nossa!
a mesma silhueta elegante, o característico M alongado e um extenso tabuleiro suspenso no ar, pendurado a 70 metros acima da água, a poder de engenhosos cabos suportados em poderosos pilares
num relance, só o cinzento é diferente da cor férra da nossa ponte, gémea um bocadinho maior, um nadinha imperceptível à vista
a maior diferença é a travessia ferroviária: a nossa foi realizada há alguns anos, já nos esquecemos do transtorno das obras, completando o projecto inicial; na Escócia, não foi prevista ...
afinal, neste particular o ditador que a grei ainda há dias escolheu televisivamente teve visão de futuro, isolou o país mas não deixou Lisboa demasiado isolada da margem irmã
hoje tem outro nome, livre da má fama e do narcisismo do instituidor da PIDE, da censura e da fraude, passsando a usar o simbolismo da urgência revolucionária e o calendário da democracia restaurada: 25 de Abril, passam agora 33 anos
e, jametinhamdito, é um gosto a liberdade percorrê-la a pé
maior gosto ainda, é percorrê-la em busca de um novo record de solidariedade !!!
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PS - quase esquecia: Queensferry discute hoje o problema das portagens, em £ibras, e a necessidade de uma nova travessia ... ferroviária !
PS - quase esquecia: Queensferry discute hoje o problema das portagens, em £ibras, e a necessidade de uma nova travessia ... ferroviária !
e a nossa ponte, mesmo se projectada para o futuro, também já tem companhia no estuário do Tejo, baptizada com um nome que já aguentou mais de 500 anos, Vasco da Gama
mas a nova travessia não contempla a ferrovia, talvez o assunto volte à agenda, sobretudo se a Ota der bota, eh eh !!!
observacões são bem vindas
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