Na edição de ontem da Única, Clara Ferreira Alves gasta em boa consciência a sua crónica a perorar contra a Zara, como é moda corrente politicamente correcta.
Vai dizendo que o produto é bom e barato mas... tão bom e tão barato que quem compra só pode saber muito bem que fica a dever a crianças asiáticas cuja força de trabalho é vilmente explorada pela marca.
A solução é optar por outras marcas, devidamente nomeadas, de entre as de fama de luxo internacional.
Também zurzindo contra a exploração de trabalhadores asiáticos, António Barreto repisa a sua boa consciência na edição de hoje do Público, a respeito da verdadeira praga que são as lojas de chineses em Portugal.
O problema surge da falta ou dificuldade de limpeza de flutes, de champanhe, e de cálices de Porto com assinatura de mediático autor.
Depois de ir aos melhores centros comerciais e mercearias finas, armazéns caros e vidreiros recomendados, a solução aparece mesmo à mão, numa loja chinesa perto de si, como há em tudo o que é beco, avenida ou rua.
Trata-se do indispensável escovilhão, ex-libris esquecido mas da maior utilidade para bem arquitectados serviços de louça.
Resta dizer que também ainda os há nas feiras, nas praças e na mais remediada imaginação de qualquer cabo de colher e esponja de lavar a loiça.
Mas voltando ao cerne da questão, os nossos cronistas jametinham dito que no mais finório pano cai a nódoa asiática.
E a plebe precisa de ler e saber, de quando em vez, que gente fina é outra coisa.
Chinesices à parte ... !
PS – sorry, links não há, que são reservados a assinantes e pagos...
PS2 – é claro que António Barreto escreve certeiro quanto ao preconceito acerca do comércio chinês estabelecido em Portugal: dados divulgados pela Câmara de Comércio Luso Chinesa demonstram que os tecidos, calçado e bugigangas que poderiam fazer perigar a produção nacional têm afinal peso bem reduzido nas contas da nossa balança comercial com a China, incluindo as regiões de Hong Kong e Macau, com margem para desenvolver mas muito baseadas na compra e venda de máquinas eléctricas e mecânicas...
PS3 – também a questão, relevante, do trabalho efectuado em condições injustas em todo o mundo, merece um comentário substantivo: sem dúvida que o caminho é lutar contra a exploração, em todas as comunidades como no nosso país; mas o boicote só por si nada resolve, sendo necessário pressionar os respectivos governos e empresários, bem como apoiar as organizações internacionais relevantes, no sentido da promoção do comércio justo e de melhores condições para os trabalhadores e para as sociedades em geral, lá como cá, na óptica da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável; glosando Almeida Garrett, é bom ter consciência e questionar quantos milhões de seres humanos é preciso manter pobres para proporcionar luxos ainda que tão subtilmente ostentados como os dos cronistas que hoje calharam na rifa do Ditos !!!
observacoes sao bem vindas
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