o Forum Mulher, onde todos podemos falar, perguntava hoje a que razões se poderá atribuir a diminuição, em cerca de 17%, do número de vítimas mortais nas estradas portuguesas, entre 2003 e 2004
só por si, a pergunta contém algumas respostas preocupantes
é que não se sabem as razões
de facto, desconhecem-se as causas dos acidentes rodoviários
e quando se conhecem, tardam ou não chegam as conclusões
uns culpam tudo e todos, outros os condutores, outros a falta de educação e civismo, outros a falta de visão ou de visibilidade, muitos culpam o excesso de velocidade, as manobras perigosas, a má qualidade das estradas, a má sinalização, o mau tempo, o azar, todos cheios de razão
e continuamos sem saber porquê
falta o estudo imediato e sistemático das causas de cada acidente, com resultados públicos, identificando os indícios, as causas prováveis, as circunstâncias relevantes
no IP 4 aumentou o número de acidentes e mortos no mesmo período
são os condutores ? o civismo travou no IP 4 ? a educação escolar ultrapassou o IP 4 a grande velocidade ?
sabe-se que o tráfego aumentou e é muito superior aos pressupostos na concepção do projecto
terá separadores centrais ? curvas suaves e abertas ? declives moderados ? inclinações laterais em função das leis da inércia ? parte importante da sinalização está nos sucateiros de alumínio ?
um senhor do Governo abriu o Forum e jametinhadito bla bla bla bla, é prova da aposta certa do Governo (?) na educação (??), no reforço das multas e (???) na fiscalização
um palpite: a proliferação de rotundas, desde que sinalizadas, contribuem para menos acidentes e menos graves - evitam ou diminuem as situações de choque frontal, frequentes nos cruzamentos
outro, talvez mais significativo quanto à redução da gravidade dos danos: os automóveis estão cada vez mais seguros !
mas continuam a ser perigosos e o perigo que representam continua a ser desconsiderado - é hoje fácil instalar, de fábrica, tacógrafos em todos os veículos
uma espécie de caixa negra do automóvel, encarregando cada um da sua própria fiscalização, preventivamente mas também para apuramento tão inequívoco quanto possível de responsabilidades
contra o consumo desenfreado de combustível
contra a caça à multa que continua a entreter uns quantos à custa da vida muitos
contra o abuso imoderado da velocidade - apenas sujeito a controlo em situações de extrema singularidade: envergonhada e cobardemente, com os agentes escondidos ou dissimulados; quando não haja outros veículos em circulação para evitar a margem de erro; em locais propícios, como longas estradas sem trânsito; ou seja, o controlo acaba por ser feito quase só nas situações menos perigosas
esquecendo o controlo nos locais onde o perigo acontece e se desenlaça em acidente
mas está fora do alcance imediato !
quem iria impor o uso generalizado de tacógrafos, a fiscalização preventiva e pedagógica, a formação precoce, a educação para a acalmia do tráfego, a identificação dos responsáveis pela concepção, manutenção, monitorização e sinalização das vias, a alteração das técnicas e dos materiais da sinalização, a expertize dos técnicos envolvidos ? ? ?
observacoes sao benvindas
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário