mudados tempos e vontades
grudados ventos, tempestades
por demais o mesmo se alevanta
o engano em passos pinta a manta
e por força de ficar tanto na mesma
anda o povo a correr como uma lesma
oxalá o rasto cole, frise e humedeça
o demagogo e os pés lhe ponha na cabeça
sempre andava um pouco mais ladino
á onde voa alienando o nosso destino
resta a voz, a esperança, a união, a poesia
e, quiçá, o voto a escorraçar a aleivosia
ou mesmo o que se impõe tão fortemente:
ir sem medo à luta, denunciar, cerrar o dente
um novo dia inteiro, um novo Abril, é já merecido
que o primeiro, se então fez luz, é já esquecido
apre, jametinhasdito!
glosa ao Prof. Adelino Maltez
observações são bem vindas obrigado ;_)))
2 comentários:
Abril em Julho! A manta está debutada e com nódoas de tanto ter andado pela relva. É urgente a poesia para voltar a abrir as portas que Abril abriu!
E Parabéns por tão ditosos e longos ditos!
Os parabéns são também meus, António. E tão merecidos quanto um novo Abril se torna cada vez mais urgente.
jmco
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