sempre relevante mas de realçar em época de crise e quando tudo em volta quase paralisa, Loures inaugura o seu novo Hospital, para melhores serviços de saúde às populações e, em processo participativo, homenagear Carolina Beatriz Ângelo
médica, foi a primeira mulher portuguesa a operar no Hospital de S. José, em Lisboa, e dedicou particular atenção aos temas de saúde das mulheres
militante republicana, foi também activista pelos direitos humanos, em especial das mulheres, e distinguiu-se na defesa do direito de voto, que exerceu em 1911, contra o statu quo e aproveitando hábil interpretação da injusta lei que assegurava aos homens o exclusivo da escolha política eleitoral - diga-se que a sua iniciativa foi acolhida pela justiça portuguesa, por decisão do ilustre magistrado João Baptista de Castro, que em boa hora sentenciou:
«Excluir a mulher [...] é simplesmente absurdo e iníquo e em oposição com as próprias ideias da democracia e justiça proclamadas pelo partido republicano.»
precisa-se, ainda hoje, desta clarividência, contra a discriminação injusta que subsiste, nas mentalidades e em muitas instituições, para além do bom senso e do direito
e, jametinhamdito, do activismo combativo mas inteligente de mulheres como Ana de Castro Osório, Adelaide Cabete e Beatriz Ângelo
observações são bem vindas obrigado ;_)))
nota: o título do post é também inspirado no discurso de lançamento da primeira pedra, em que a Presidente da Comissão se refere ao novo hospital como «uma luz, um farol»
1 comentário:
Um farol para a saúde, que bem precisa de todos os faróis acesos!
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