2010-11-11

à vela

foram agorinha mesmo publicados os resultados das eleições intercalares para os órgãos estatutários da Federação Portuguesa de Vela, de que o Ditos dá conta com excepcionalíssima actualidade - à hora deste web log, a notícia ainda não consta de nenhum órgão de informação...

parece estranha a forma de divulgação dos resultados eleitorais na página da FPV:

«Resultados das Eleições Intercalares realizadas ontem, 10 de Novembro, nas cinco regiões do país.

Assembleia Geral - 42; 5 brancos; 2 nulos
Presidente - 41; 5 brancos; 2 nulos
Conselho de Justiça - 41; 5 brancos; 2 nulos
Conselho Fiscal - 41; 6 brancos; 2 nulos
Conselho de Arbitragem - 41; 6 brancos; 2 nulos
Conselho de Disciplina - 41; 6 brancos; 2 nulos»

quem foi então eleito? jametinhasdito!

alguma descodificação poderá revelar que era uma lista única (mas qual?) e que por isso teve uma inevitável vitória, aliás expressiva... para os votos... expressos!!

seria sinal de calmaria? a calmaria seria bom sinal?

ná!

nesta magnífica modalidade, calmaria e tempestade podem deixar tudo à deriva, é preciso reunir boas condições de vento para navegações seguras, prazenteiras e que nos levem a algum lado, de preferência para e por onde queremos ir

mas vão turbolentos os ventos da Vela, na meteorologia institucional e federativa - a FPV perdeu o estatuto de utilidade pública desportiva, por falta de adaptação dos respectivos estatutos à lei, sobretudo porque a legislação reforça regras de democraticidade que muitas federações não cumprem e é também o caso do futebol, que no entanto e por agora não é para aqui chamado

arribemos ao tema: as eleições intercalares em questão foram marcadas para ontem após a marcação de eleições, para 20 de Novembro, pela nóvel Federação de Vela de Portugal, em processo de constituição - prova de que há ventos agitados na Vela em Portugal - enquanto contestação "excêntrica", isto é, de fora, sendo certo que não deverão existir duas federações nacionais da mesma modalidade, tanto mais que as verbas (? sempre as verbas!) de apoios estão a ser geridas pelo Comité Olímpico Português, por determinação governamental

oxalá os ventos permitam à Vela portuguesa, de tradição e condições extraordinárias, rumar ao bom porto das excelentes navegações, de democratização de um dos poucos desportos que se podem praticar quase sem limite de idade, em contacto harmonioso com a natureza

o azimute só pode ser a dignificação da modalidade!!!

;_)))

observações são bem vindas ;->>>

3 comentários:

Anónimo disse...

Pois é facil, à boa maneira democrática e resumidamente é assim:
Uns gajos ganharam as eleições
Outros gajos perderam as eleições
Os gajos que perderam andaram a tentar demitir os outros (com a ajuda do sec. estado que tutela a coisa...)
Os gajos que ganharam tiveram até que ir para tribunar dirimir a coisa, sendo que o tribunal lhes deu razão e disse ao tal sec estado para se portar bem.
Como último recurso e como é de bom tom em democracia, falhadas as outras tentativas, os gajos que perderam formaram outra federação e está o caso resolvido...

Percebeste? Eu também não!

Abraços,

F.

Anónimo disse...

Como se costuma dizer, António, onde há dois portugueses há três opiniões. Depois, cada um tende a navegar para seu lado. É filme que já passou várias vezes neste cinema.
jmco

Sofá Amarelo disse...

Qualquer dia já nem ventos haverão quanto mais casamentos vindos do cluster do mar, que deveria ser bem português, mas a deriva já é tanta que Portugal já nem sabe se está na Europa, virada a Atlântico ou navegando sem leme, tal qual a Lua no Espaço 1999... e aqui já não há Vela que nos valhe porque os ventos cósmicos são movidos a vácuo!