2010-08-15
a gosto
2010-08-12
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra!
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Ou seja, férias!
E a leitura de intervalo das leituras de férias, de onde foi emprestadado o web log de hoje, é um abençoado "Fernando Pessoa, Quando fui outro", Alfaguara, Julho 2010, antologia em boa hora organizada pelo jovem (pois, 1961 ...) romancista brasileiro Luiz Ruffato, com brevíssimo e suculento prefácio das mãos de Inês Pedrosa!!
A mais seremos obrigados ?
Se bem jametinhamdito, a muito mais!!!