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2009-06-29
2009-06-27
nem cheirar
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2009-06-22
opusler
sobre leituras, vai um respigado de uma entrevista, publicada a 13 de Junho de 2009 no jornal "i", ao padre José Rafael Espírito Santo, o líder do Opus Dei em Portugal, realizada por um seu ex-aluno:
[perguntado se leu Saramago]
«Saramago? francamente, eu uma vez comecei a ler um livro de Saramago e desisti à segunda página.
Qual?
"O Memorial do Convento". Ali há uma intenção desde a primeira página de transmitir determinados conceitos. Vê-se como é uma distorção da realidade.»
digamos que se algo pode distorcer a realidade é julgar um livro ao chegar à segunda página – eventualmente e para quem esteja de bom coração, a terceira página poderá proporcionar novos modos de ver!
certamente a leitura completa de um livro permitirá, além da indispensável visão de conjunto, conhecer melhor os conceitos transmitidos, o que eles representam e quanto deles se apresenta simbolicamente
precisamente para suscitar uma visita às linhas e entrelinhas que só amplia o poder benéfico da reflexão, em confronto pleno com as experiências (de vida e de leituras outras) do leitor
ainda quanto à leitura, a entrevista prossegue:
«Desencorajam a leitura de livros que ponham em causa a fé católica?
Qualquer pessoa que lê um livro convém que antes se informe. Procura-se aconselhar as pessoas que se informem e vejam se precisam de ler um livro que possa pôr em causa as suas convicções. A fé não é uma questão de inteligência. Há pessoas muito inteligentes que não têm fé e outras menos que têm.»
informar-se antes de ler?
jametinhasdito!
de facto a leitura é transformadora, dá a conhecer e faz reflectir, numa simbiose entre o que nos é mostrado pelo que está escrito e aquilo que a nossa reflexão íntima nos revela
estamos e não estamos sós na leitura, há uma orientação mas relevante é o papel destinado ao leitor
daí o perigo da leitura, para quem concebe o mundo sem a luz da livre revelação interior de cada um
então haverá uma entidade ou uns senhores, que sabem e dizem aos outros o que devem ler e o que devem não ler
como saber a quem e por quem é conferida semelhante autoridade?
e se a autoridade lhes advém de lerem livros só até à segunda página, o caso está muito enquinado, faltam a fé e a inteligência mas também a humildade, essenciais para uma aprendizagem mútua, construtiva e libertadora
como a que nos oferecem leituras múltiplas, diversificadas e abertas ao surpreendente
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ps – instrutiva também é a leitura completa da entrevista, designadamente no que se refere ao excelente papel de parideira e dona de casa subidamente reservado às mulheres naquela obediência, coisa assim abaixo do medieval
2009-06-12
15 anos
e vão 15 anos !
ao princípio o nome parecia periclitante, cai não cai…
mas já lá vão 15 anos de Associação Cais, de Solidariedade Social e sem fins lucrativos, procurando contribuir para melhores condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco
objectivos de mérito: colocar na ordem do dia as temáticas relacionadas com a Pobreza e Exclusão social; potenciar o trabalho em parceria e rede; valorizar os beneficiários (utentes) do sistema social enquanto elementos críticos e activos; desenvolver e implementar estratégias de intervenção social adequadas às necessidades das populações alvo, pessoas muitas das quais “sem abrigo”
nos cruzamentos da cidade, os persistentes vendedores da revista disputam a atenção dos automobilistas com os distribuidores de jornais gratuitos e há um mês passaram a usar chapéu vermelho !
a revista Cais continua magnífica, de retorno muito acima do custo (2 euros, que revertem para os vendedores) e sempre com iniciativas de interesse
- 18 de Junho, Fnac Chiado: 15 Anos, 15 Contos - Lançamento e Exposição de ilustrações;
- 23 de Junho, \CCB, Tertúlia “Portugal Desigual” debate a Revista CAIS e o seu papel na sociedade portuguesa;
- 2 a 5 de Julho, no Seixal: Final do Campeonato Nacional de Futebol de Rua, entre 15 equipas vencedoras dos distritais
actividades e projectos não faltam, tem havido voluntários e apoios mas bem se vê que não chegam, nunca são de mais e basta olhar à nossa volta só há boas razões para apoiar a Cais !!
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2009-06-09
sempre em festa
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2009-06-07
votos contados
partidos | % | Lugares |
PPD/PSD | 31.77 | 8 |
PS | 26.59 | 7 |
BE | 10.68 | 3 |
CDU (PCP-PEV) | 10.62 | 2 |
CDS-PP | 8.39 | 2 |
Outros | 11.95 | 0 |
Total | 100 | 22 |
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2009-06-03
campanha europeia
e o Ditos (re)entra na campanha para as eleições europeias, que em Portugal se realizam daqui a 3 dias, num domingo 7 de Junho de insondáveis geometrias também partidárias e eleitorais
para começar, uma declaração de interesses, de resto já antecipada - o Ditos aposta na Europa!
por várias razões:
- porque onde a terra acaba e o mar começa é por inteiro território europeu, aliás, como dizia o Poeta, o seu rosto!
- mas também porque o desígnio de Portugal sempre foi ser de todo o mundo e, portanto, Europa incluída!!
- e também por acreditar que valeram bem a pena (!!!) os esforços de quem conseguiu acabar com o isolamento de Portugal na Europa e no mundo, integrando o País na mais relevante experiência de integração regional de que há memória sob a égide da paz e ainda pelos consideráveis e recíprocos benefícios económicos e de coesão social e política da nossa participação na União Europeia e no Euro
mas ainda porque há um futuro melhor a prosseguir, um passado a respeitar, um presente a conquistar, porque é preciso lutar contra a obscuridade e contra a xenofobia, porque há uma carta de direitos humanos a efectivar, porque há novas identidades a alcançar sem descaracterizar o que é primordial ao nosso ser e sentir de Nação mais antiga da humanidade, por vezes sob condições muito adversas que os nossos antepassados souberam superar e transmitir, e há que passar a mensagem às novas gerações, contra a indiferença, a dissolução e a abstenção, dando a cada um os meios, mos incentivos e as oportunidades para construir a fortaleza interior a que se referia o Português e Europeu Francisco de Holanda
também por causa disso e embora pouco disso tenha sido ouvido na campanha em curso, o Ditos tem um candidato preferido para mandar para longe - com efeito, muito se confirmou de há tempos para cá e Nuno Melo, cabeça de lista, dirigente partidário do CDS/PP e membro da Comissão Parlamentar de inquérito ao designado caso BPN, tem feito uma exemplar gestão eleitoral da agenda de comunicação das investigações em que participa, tudo conduzindo em benefício da sua candidatura e sem olhar a elementares princípios de hombridade, de ética política e de civilidade eleitoral, ou seja, conseguiu exceder as péssimas previsões que mereceu
efectuado o registo de interesses, importa assinalar brevemente o que a campanha tem oferecido a pequenas deambulações urbanas, pequeníssimas deambulações televisivas e alguma atenção à comunicação social ouvida e lida, on line incluída: no essencial, nada de novo!!
o que há de novo parece irrelevante - uns cartazes com rostos novos e siglas indecifráveis, algumas sem mais prostradas no chão à porta do metropolitano, que não construíram um mínimo de mensagem reconhecível junto do eleitorado, outros cartazes escurecidos entretanto tentativamente branqueados, mais umas cachaporradas nos candidatos do PS à boa maneira dos desiludidos do PREC, o BE continua a apoiar a ETA e numa deriva palavrosa encantatória de quem se quer deixar encantar por desarrimados arroubos de regresso a nacionalizações de vários sectores, o PC mantém-se militantemente esconjurado em coligação (azul!) descomunizante de quem não reparou na queda do muro de Berlim, vai para uma eternidade, como certos crentes durante séculos não admitiam os movimentos siderais da Terra
e pouco mais
a incomodidade do PPD/PSD no seu próprio fato é antiga e a xenofobia securitária do CDS/PP já fede
ah... o Partido da Terra (?) apresenta como joker o movimento Libertas - seja lá o que seja, apresenta-se como (sic) «o único partido que é totalmente devotado a construir uma União Europeia melhor para si. A Libertas é o único partido que é pan-europeu. Isto significa que quando vota por Libertas está a votar por um partido que pode efectivamente trazer uma verdadeira possibilidade de tornar a UE mais aberta e responsável»
jametinhasdito: e responsável… está convencido? além da linguagem cuidada e exemplar, tipo bué da fixe, pode não aspirar a ter grande votação mas anuncia muita devoção!!!
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2009-06-01
soquete
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