dia 4 deste Setembro, terça-feira passada, Eduardo Cintra Torres articulava no Público sobre um relatório publicado pela ERC - Entidade Reguladora da Comunicação Social - a respeito do tratamento noticioso dado aos diferentes candidatos nos principais telejornais durante o período que antecedeu as eleições intercalares de Lisboa
no artigo, o crítico analisa o trabalho da ERC e aponta diversos aspectos e várias incongruências: que o relatório não foi pedido por ninguém; que escolheu o critério do tom desfavorável das notícias para concluir que António Costa foi o mais atingido; e que omitia os dados sobre qual o candidato com mais referências favoráveis, suspeitando que seria precisamente António Costa
dia 5, ontem, Estrela Serrano, na qualidade de vogal da ERC, escreveu um artigo de página inteira criticando o crítico, recorrendo expressivamente a ataque, catilinária, ignorância, estilo caceteiro, desonestidade intelectual, etc., etc., etc., num avolumar de adjectivos pejorativos sobre a pessoa, o profissionalismo, o trabalho e a opinião do crítico
hoje, dia 6, o Público volta a conceder espaço a Eduardo Cintra Torres, que se pronuncia contra a linguagem utilizada por Estrela Serrano e faz a sua avaliação dos factos sob comentário
possivelmente o pingue-pongue (este, o Público tem outro, institucionalizado, entre 2 jornalistas da casa) continuará
no essencial - e esta nota foi pensada logo após leitura da reacção da vogal - o crítico tem razão: Estrela Serrano afirma
ipsis verbis que a ERC tem o poder estatutário de produzir o relatório, confirmando inteiramente que não foi pedido por ninguém, como Eduardo Cintra Torres afirmou; que o relatório omite os dados sobre o tom favorável das notícias, tal como o crítico apontou; e ainda que efectivamente as referências recaíram na sua maioria sobre António Costa, exactamente como o crítico antecipou
ou seja, a vogal da Entidade Reguladora recorre a um jornal para criticar Eduardo Cintra Torres com termos agressivos, deselegantes e totalmente infundados
mas comprova factualmente as afirmações do crítico e confessa precisamente a principal nódoa apontada ao relatório, matéria sobre a qual o crítico anunciou a sua desconfiança e denunciou justamente a omissão
com o seu artigo no Público, a vogal revela que Entidade Reguladora dispunha dos dados bem como da respectiva análise estatística mas não os divulgou no relatório concebido para o efeito
só o fez em reacção à denúncia pública de um crítico, em artigo de jornal de mau gosto e transbordando ressentimento
Estrela Serrano zurze a pessoa e o trabalho do crítico mas admite os factos e a omissão sob crítica !
má via para as funções da Entidade Reguladora da Comunicação Social, que por este caminho não se dá ao respeito
faz o mal e a caramunha !!
jametinhadito !!!
observacões são bem vindas