Gustavo, o furacão, assolou as Caraíbas e ameaçou os Estados Unidos da América do Norte, causando avultados estragos.
A maior fatia da atenção mediática foi direitinha para Nova Orleães, onde medidas excepcionais apressaram o êxodo e forçaram a precaução, mesmo perante o enfraquecimento da força dos ventos ciclónicos e a diminuição da graduação da sua perigosidade, o que se justificava ainda assim face aos dramáticos efeitos de anterior catástrofe com idêntica origem, então o tufão Katrina, persistente na memória de muitas vítimas e familiares.
Desta feita, as coisas correram melhor, apesar de tudo. Mas o 'apesar de tudo' encerra graves perdas em diversos países, habitualmente fustigados nesta época do ano com este género de tempestades e para as quais é difícil ou mesmo impossível constituir defesa segura e perene.
São pois bem vindas as ajudas.
Dos Governos de cada país, naturalmente e em primeiro lugar, o que infelizmente nem sempre sucede a tempo e horas ou com a eficácia necessária.
Pelo que é sempre de assinalar quando a ajuda vem do exterior.
Em regra, a partir de países de maior capacidade económica ou com presença habitual nos cenários em que a ajuda humanitária acontece, como é o exemplo de muitos países da União Europeia, os nórdicos sobretudo.
Ou também a partir de países com afinidades políticas relevantes ou interesses nas regiões afectadas.
Portugal tem já uma tradição de veraneio em Cuba e em todos os anos, no fim do Verão, os noticiários lembram quantos turistas temos nas zonas afectadas, por vezes com pungentes entrevistas telefónicas ou no palco das chegadas do aeroporto de Lisboa.
Recentemente, também demandamos Cuba em busca de cirurgias, como é o caso de algumas especialidades de oftalmologia.
Neste contexto, o gesto altruísta de Timor Leste tem um merecido jametinhadito de júbilo: ai quem me a Cuba !!!
Oxalá o Haiti e outros países castigados pela época de temporal consigam também atrair a solidariedade necessária a apaziguar o sofrimento das populações e apoiar a reconstrução, material e emocional.
Timor é um pequeno país, também carente, mas ao procurar exprimir o imperativo de ajudar no momento da catástrofe, quando é preciso, mesmo lá de tão tão longe, vem demonstrar ao mundo que os hemisférios não são suficientes para afastar a boa vontade e a fraternidade humanas, dando o exemplo da possibilidade imensa que é o arquipélago da solidariedade universal
observacões são bem vindas