2008-01-28

gujarati



"Sou a névoa da manhã
e a busca da tarde.
Sou o vento na copa das árvores
e as ondas contra o penhasco.
Sou todas as ordens de seres,
e galáxias girantes,
a inteligência imutável,
o ímpeto e a deserção.
Sou o que é e o que não é.
Tu que conheces Jalaludim.
Tu, o Um em tudo, diz quem sou.
Diz: eu sou tu."

Rumi Jalaluddin
a secção "onde está a Ditosa" começa o ano em grande estilo !


mas com uma pistazinha, também para homenagear quem se lembra do Ditos !!


obrigado !!!












observacões são bem-vindas

2008-01-23

árvore

mas por falar em contemplação, há quem entenda do assunto com a elevação e a espiritualidade de um ano renovado em cada dia

há dias, a crónica de Faíza Hayat versava sobre como renascemos nas árvores que nos rodeiam; do tremendo abraço de árvore tratava também o magistral e místico "A um deus desconhecido", de John Steinback; outros artistas, poetas, pintores, a consagraram como elemento salvífico e vivificador, a modos que divino, telúrico e mágico...

desde que o mundo é mundo, sempre os humanos - e não só - alimentaram e alimentaram-se do fascínio prodigioso, do encantamento e do sagrado que há na árvore, na sua força, quietude e pulsão, enraizada à nutrição da terra, que por sua vez sustenta em cooperativa alquimia

contemplação, então:

«Cada árvore é um ser para nós
Para ver uma árvore não basta vê-la
a árvore é uma lenta reverência
uma presença reminiscente
uma habitação perdida
e encontrada
À sombra de uma árvore
o tempo já não é o tempo
mas a magia de um instante que começa sem fim
a árvore apazigua-nos com a sua atmosfera de folhas
e de sombras interiores
nós habitamos a árvore com a nossa respiração
com a da árvore
com a árvore nós partilhamos o mundo com os deuses»

António Ramos Rosa
In edição in-líbris, ilustrada por fotografias de Paulo Gaspar Ferreira e por um CD de sons gravados em Belgais com a participação de Pedro Piquero Ferreras e o Rebanho da Catarina


observacões são bem-vindas

2008-01-20

Mercúrio aqui tão perto




vai daí os americanos engendraram maneira de fazer chegar a mensagem a Mercúrio, o tórrido planeta que afinal é também muito frio


também para o mundo terráqueo há realidades assim, de contrastes improváveis, de lados ocultos insondáveis


mas para começar o ano é supimpa desvendar a outra face de Mercúrio, descobrir-lhe as caretas, as carecas e as crateras - uma há, senão mais, que até telefone tem!


começa-se o ano com esperança e votos de mudança, mesmo quando se aspira ou recomenda à serenidade, virtude suprema que confere outra valia à ideia de justiça mas também estado contemplativo de relativa indiferença pois a amorfia tem igualmente a sua serenidade


é caso para dizer - ou por outras palavras, jametinhamdito: serenidades há muitas e faces ocultas também!!


e siga a dança!!!



observacões são bem-vindas