2008-09-07

they can't

hoje terminou o pseudo silêncio do PSD, desde sempre entrecortado, jametinhasdito, por ... uma primeira paginazinha semanal no "Espesso", já para não falar na omnipresente histeria acrobática de tantos barões, muitos dos quais sem nada de jeito a assinalar

e que trunfos sairam da universillyada laranja ?

denúncias disto, queixumes daquilo, um que outro reconhecimento do que tem sido feito, o imperioso alerta para a conveniência de mudança de políticas - tresandando a pedido instante de mudança de partido... - e a habitual promessa de enriquecimento para todos com o PSD no poder

é pouco

sem entusiasmo, sem fé, sem mensagem, sem alternativas concretas, sem descredibilizar ainda que parcialmente os actuais governantes, sem se prevalecer de qualquer crédito indiscutível, assim também não é por esta via que a oposição se constitui em verídica proposta de alternância - que até pode suceder, pese a aparente improbabilidade, mas sem que se vislumbre algo mais que a mera rotação partidária, alguma ideia, algum valor, qualquer centelha

há, todavia, um grito positivo: a passagem do discurso em que Manuela Ferreira Leite apela ao fim do sectarismo partidário, único ponto autocrítico desta antiga dirigente partidária, talvez sem margem de manobra para poder e querer (ou mesmo crer?) muito mais

incrivelmente, depois de criticar o esforço controleiro do partido do Governo, Manuela Ferreira Leite finda a sua tão aguardada intervenção sem abrir a porta às perguntas da comunicação social

em que ficamos ?

além de assim se enredar em manifesta incoerência, será possível conceber tabu mais apagado ?

acham mesmo que assim chegam lá?





observacões são bem vindas

1 comentário:

Anónimo disse...

E o objectivo é mesmo chegar lá, ou deixar o PS exausto e descredibilizado a fazer muitas das coisas que o PSD também faria se estivesse a governar? Pelo menos o jeito da MFL é esse. Se fosse o Flopes a coisa fiava de outra forma!
Presentemente não existe grande margem de manobra para os partidos, condicionados que estão pela UE e pela globalização financeira. Podem actuar no campo da fiscalidade e, quanto ao resto, ficam com a mission quase impossible de mudar as mentalidades: menos corrupção, melhor justiça, transparência em todos os actos que não são secretos, educação com maior verdade e rigor, menor mistura de privado com público.
Um chefe de partido que seja salvador da pátria? Só se for auto-proclamado. Afinal, o problema não é dos políticos que fazem promessas, mas sim dos que nelas acreditam.
Um abraço, António, e folgo muito por encontrar farta escrita pelo Ditos depois da minha pausa de Agosto. Vou ler os restantes posts.
jmco