2019-07-19

«Quite a chant»: "send racism back"?


os recentes casos de incitamento ao ódio racial atestam bem: Claude Lévi-Strauss já não mora aqui, o Conde Joseph Arthur de Gobineau ainda anda por aí...

num discurso de campanha para a perseguida reeleição, o presidente dos Estados Unidos da América do Norte, Donald John Trump, instigou os seus apaniguados a aconselhar os críticos, e em particular quatro congressistas eleitas, a deixarem o país

a reacção dos instigados seguiu o incitamento à letra, em prolongados e repetidos cânticos racistas: "send her back, send her back, send her back"...

o episódio caiu mal a muitos mais do que os críticos e vários apoiantes do candidato à reeleição presidencial apressaram-se a desmarcar-se da réplica demencial do crescendo sectário que erigiu o apoio popular alemão ao racismo nazi, de trágica memória

seguiu-se a tentativa de controlo dos danos, com os funcionários da campanha a assegurar contraditoriamente que Donald John Trump não entoou os cânticos, não os ouviu bem e impediu a sua continuação ao retomar rapidamente o discurso

bom, o discurso não foi retomado rapidamente, as imagens exibem o instigador a saciar-se demoradamente com o efeito automático da instigação

e ao retomar o discurso, persistiu na instigação

«Quite a chant», jametinhasTrumpDito

;(((



ps - o "efeito automático", a julgar pelo historial conhecido no recrudescimento nazi, poderá infelizmente atingir outras proporções, oxalá este discurso seja repelido a tempo de se evitar a repetição do desastre racista que ainda hoje envergonha a Humanidade

ps2 - a Constituição dos Estados Unidos da América do Norte é paradigmática para muitos ordenamentos jurídicos e as soluções políticas e judiciais que se encontrarem para lidar com o problema da galvanização sistemática e eleitoralista das multidões e do eleitorado terão por sua vez reflexos sistémicos, ou seja, a gravidade e a impunidade que parecem bafejar os odientos prevaricadores poderão extravasar o território, a vida e a imagem de quem viola os direitos humanos com base em indignos preconceitos racistas, porventura contagiando países terceiros

ps3
- conforme ficou bem expresso em todo o texto acima, este jametinhasDito refere-se exclusivamente à situação política do candidato à reeleição presidencial norte-americana e, evidentemente, não respeita ao caso Maria de Fátima Bonifácio/João Miguel Tavares/Marcelo Rebelo de Sousa, estamos entenDitos?


observações são bem vindas, obrigado ;_)))

2019-07-04

sal alheio a fazer estátua

https://www.dn.pt/opiniao/opiniao-dn/pedro-tadeu/interior/chico-buarque-ensinou-o-que-10926786.html
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o Ditos veio aqui parar por acaso (reenvio de replicações por correio electrónico) e por curiosidade: a repetição referia a publicação do texto no "DN" mas sem a respectiva ligação, vulgo "link" e importava saber se também o blog replicado era replicador e tinha o mesmo desplante, agora confirmado

ora, o texto em apreço já tinha sido lido, quando foi publicado, na página do Diário de Notícias na internet, aberta aos leitores mas gerando um tráfego em função das consultas, partilhas e reacções diversas, através das diferentes aplicações das redes digitais - ora, esse tráfego, mensurável e auditável, constitui um indicador base para o modelo de negócio do jornal, à semelhança do que acontece com muitos órgãos de comunicação social e aplicações ou plataformas das redes digitais, como os blogues, incluindo este sob comentário

o que agora interessa é ter a consciência de que se alguém for buscar um escrito ou seja o que for a bolso alheio, toda a gente percebe de pronto a usurpação: há furto; e se for para fazer negócio com o produto furtado, a censura ainda é mais evidente, impõe-se, de notória e por forte impressão; mas indo buscar o mesmo escrito ou seja o que for a página ou plataforma digital alheia, afinal um bolso electrónico, além de muitos não descortinarem razão de reprovação de tal conduta, ainda se tornam alegres coniventes e vá de reproduzir ilicitamente a reprodução ilícita, fingindo não perceber a falta de ética de tal procedimento e fazendo vista grossa aos prejuízos causados a terceiros, os detentores dos direitos e toda a respectiva cadeia de valor

numa amostragem muitíssimo reduzida, neste relance, as publicações deste blog são essencial e maioritariamente (ao Ditos calhou 4 em 4, aleatoriamente, quer dizer, esta publicação e 3 recentes) foram reproduções de conteúdos alheios, do que se viu sem um comentário, análise ou crítica nem indicação da ligação utilizada para os retirar da página a que pertencem, ou seja, o leitor não é reencaminhado para a página de quem tem o trabalho, a inteligência e os custos para realizar o sobredito conteúdo, por essa via privando audiência(cliques, partilhas, reacções, etc.) e receitas aos produtores e detentores legítimos, evidentemente necessárias para contratar, manter e pagar ordenados a jornalistas e outros profissionais, enfim para remunerar o trabalho, a criatividade e o talento de quem produz o conteúdo aqui apropriado, bem como para recompensar o investimento e amortizar os diferentes custos, como as instalações, máquinas, equipamentos, software e tudo mais que não cai do céu, incluindo os direitos de autor e serviços de agência que aos órgãos de comunicação social sérios são inevitavelmente cobrados

mas atenção, ainda que o plágio ou reprodução não seja (não é preciso confirmar, aceita-se que o não seja) a totalidade da actividade da jametinhasDita "estátua", certo que, além de privar os autores dos seus legítimos direitos, via remissão para a respectiva página, faz negócio disso, em publicidade (audiência) e outras receitas, nomeadamente através de uma "ajuda" pedida aos leitores do sal alheio

safa!..


observações são bem vindas

obrigado ;_)))