2007-02-17

António José Teixeira

estranho que o DN demore a noticiar a substituição da Direcção, apenas dedicando hoje umas linhas, em papel, ao agradecimento aos leitores e à expressão da justa convicção do bom trabalho feito em termos de qualidade e credibilidade

António José Teixeira teve muito pouco tempo, como vai sendo reiterada regra no DN, e é bom que se proporcionem condições a quem dirige um jornal, como é de boa visão assegurar em qualquer outro projecto ou funções

aguardemos as explicações mas jametinhasdito que salta à vista a casuística em vez de estratégia empresarial e planeamento de decisão como o respeito pelos leitores exige a quem detém um jornal ou a quem tem Clientes

talvez a direcção editorial e os leitores do DN sejam as primeiras vítimas da recente remodelação do Público

mas faz bem lembrar que, em geral, o êxito da navegação precisa mais de estabilidade e rumo certo do que de instáveis mudanças de direcção

é certo que as decisões são de responsabilidade de quem as toma, porém o DN é um património valioso demais para bruscas bolinas

e Portugal precisa de bons ventos de leitura, bem como de informação credível e de qualidade



observacões são bem vindas

1 comentário:

Anónimo disse...

António José Teixeira é justamente realçado no post. Indivíduo naturalmente simpático, culto e arguto, é suficientemente sóbrio para defender ideias mais do que vender vaidade pessoal. Parece-me um homem consensual, cordato, que denota sageza nos assuntos que aborda e interrelaciona bem os temas.
Estou convencido de que a sua saída tem principalmente a ver com o desnorte que as administrações da maioria dos períódicos estão a sentir em face das quebras de vendas. Contudo, um menor número de exemplares vendidos acaba por ser uma combinação natural de vários factores, como a oferta maciça de diários gratuitos - até um jornal desportivo! -, a existência de múltiplos meios de informação televisão e Internet, principalmente) e, num determinado sector, a quebra de nível de vida, que faz com que determinadas despesas sejam suprimidas.
O próximo director do DN também verá possivelmente a sua cabeça rolar dentro de menos de um ano. Este tipo de crise veio para ficar. Por outro lado, se todos os jornais se virarem para o lado populista, perderão decerto ainda mais leitores.